✖Relato✖
"Olá, meu nome é Mitch, e a história que venho a lhes contar ainda assombra minha mente e me faz passar repetidamente os fatos procurando um sentido, uma resposta, um por quê".
Eu tinha acabado de terminar um relacionamento e estava extremamente mal, com tudo isso, acabei perdendo meu emprego e tudo foi ficando cada vez pior. Comecei a beber e muito, estava sempre em bares e quase todas as noites ali estava eu, cambaleando pelas ruas e acabando por dormir num lugar qualquer. Diversas vezes fui parar no hospital por excesso de álcool, na minha ficha tinha colocado meu irmão Edwin como contato numa emergência, claro que, depois de isso praticamente virar rotina ele acabou me fazendo ir morar com ele por um tempo até as coisas melhorarem. Eu concordei, sabia que seria bom pra mim e eu eventualmente sairia daquela força. Estava tudo indo bem e eu estava otimista com meu futuro e ter Edwin perto de mim me fazia bem, eu amava ter ele por perto.
A partir da segunda semana coisas estranhas começaram a acontecer. Constantemente eu era acordado de madrugada por barulhos vindos de fora, a princípio acreditava ser apenas um guaxinim ou algo assim então eu ignorava. Depois que isso se repetiu por toda aquela semana, decidi falar com Edwin sobre isso, mas estranhamente, segundo ele, não existiam guaxinins na região. Eu comecei a estranhar e a ficar com uma certa curiosidade e medo, porém fui para o mais sensato e cheguei a conclusão de que era qualquer outro animal e eu estava apenas exagerando. Isso continuou por mais alguns dias até que numa noite eu pensei ter ouvido minha janela abrindo e um estrondo, como se alguma coisa tivesse entrado no meu quarto. Levantei-me abruptamente e olhei em volta, mas não havia nada. Na manhã seguinte, Edwin largou a xícara de café quando me viu. Ele ergueu um espelho perto e eu me vi. Eu tinha um corte enorme na minha bochecha esquerda, eu estava tão confuso quanto Edwin, não conseguia chegar a uma conclusão do porquê disso. Acabei sendo levado para o hospital para levar pontos e depois de alguns exames o médico chegou e disse que eu devia ser sonâmbulo, "Claro" pensei, fazia sentido, mas meu momento de alívio durou pouco, pois logo em seguida ele me mostrou algo que fez o meu sangue esfriar. Minha camisa foi levantada e pude ver um corte enorme na região onde ficam os rins. Meus olhos arregalaram. "Você de alguma forma perdeu seu rim esquerdo na noite passada. Nós não sabemos como. Desculpe Mitch." ele disse. Eu não conseguia entender, era tudo tão confuso, como, como que eu perdera o meu rim? Eu preferi acreditar que era tudo um sonho e que eventualmente isso tudo iria acabar, porém o que estava prestes a acontecer era demais para a minha sanidade. Era cerca de meia-noite, quando acordei para ver uma visão verdadeiramente horrível. Eu estava cara a cara com uma criatura usando um capuz preto e máscara azul escura, sem nariz ou boca, olhando para mim, a pior parte, a coisa que fez meu estômago enrolar e me fazer suar frio era o fato de que ela não tinha olhos, apenas vazias órbitas negras, era como se todo o mal estivesse naquela escuridão, e ela me encarava. Eu queria gritar, mas não conseguia, meu corpo estava completamente gélido, era tudo muito real pra ser um sonho. Eu não sei por que decidi fazer isso, mas rapidamente peguei a câmera que estava do lado na minha cabeceira e tirei uma foto, qualquer que seja aquela coisa, se fosse real e eu sobrevivesse iria querer ter alguma prova de que isso realmente aconteceu, e que eu não estava perdendo a cabeça. Assim que soltou o flash a criatura pulou em mim e pressionou uma de suas mãos na minha cara como se tentasse me afundar, e então ele começou a arranhar meu peito, rasgando minha camiseta e depois minha pele, fazendo de tudo para chegar aos meus pulmões. Neste momento eu percebi, era real, era tudo real e era ele, ele quem pegara meu rim. A partir daí comecei a lutar pela minha vida, chutei minhas pernas freneticamente até ele perder o controle e cair da cama. Levantei e corri o mais rápido que pude em direção da porta, enquanto pelo canto do olho, já no corredor, vi Edwin tentando entender o que estava acontecendo. Como eu queria ter parado e avisado ele, levou ele comigo, mas eu estava aflito, não conseguia pensar, só conseguia correr. Finalmente sai da casa e corri, corri até não poder mais, corri até meus pulmões não aguentarem, corri até minhas pernas começarem a doer, até eu acabar por cair no chão vencido pelo cansaço. Eu não sei o que houve, mas acabei desmaiando ali.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Creepypastas
Horror┗ Creepypasta é o nome dado para as histórias de terror ou lendas urbanas que são divulgadas através da internet. Esta é uma palavra em inglês, formada a partir da junção do termo "creepy", que significa "arrepiante" ou "assustador", com a expressão...