A nossa realidade

De volta para casa

Ano de 2008

Estava ansiosa demais, e com isso não consegui dormi direito só de saber que daqui algumas horas eu voltaria para casa. Levantei as seis da manha feliz pela hora ter finalmente passado e eu poder me levantar e agilizar as ultimas coisas para a viajem.

- Bom dia meu amor! - Rachel entrou em meio quarto com o sorriso estampado, ela tanto quando eu estava louca para voltar já que nas férias ela conheceu Mickey seu novo namorado que coincidentemente morava perto da casa dos meus pais.

- Bom dia! - Disse me alongando já de pé.

- Pensei que te encontraria já tomada banho e pronta para decolar!!!

Ri de seu entusiasmo.

- Se eu me levantasse na hora que eu realmente queria você iria me chamar de sonâmbula.

Rachel começou a falar sobre os planos que ela e meu pai estavam tendo para mim em Los Angeles, mas não estava interessada nisso agora. Fui em direção a janela do meu quarto e avistei a vista do Rio de Janeiro pela ultima vez. Sentiria muitas saudades da minha terra natal, mas já estava na hora de voltar para casa há alguns anos percebi que a relação dos meus pais estava estável, ele tinha parado de beber e conseqüentemente não agredia mais minha mãe. Ele agora se dedicava ao trabalho e depois que minha mãe o perdoou ele fazia de tudo para compensar o tempo perdido com ela e queria que eu fizesse o mesmo, o perdoasse, demorou um pouco para acreditar em todo esse milagre, pois ele não vinha nas férias me ver somente minha mãe. Ela dizia que ele tinha receio de eu rejeitá-lo como fiz no dia que vim para o Brasil abraçando minha mãe e virando as costas para ele no aeroporto. Mas resolvi perdoá-lo e voltar para casa vi o quanto minha mãe estava feliz e queria que eu compartilhasse de tudo que eles haviam conseguido nesses cinco anos, e eu também queria mais que tudo, voltar para casa, para meus pais, meus tios Lautner e rever meu melhor amigo Taylor.

Ser brasileira era um orgulho esse país tão lindo seria eternamente minha paixão, mas ser criada nos EUA também tinha seu lado bom, e nascer em um lar de uma estilista cinematográfica e um roteirista de hollywood fez nascer em mim a paixão pelo cinema, pela atuação e por esse mundo mágico no qual eu estava tão envolvida, mas passar esses cinco anos no Brasil foi muito bom. Especializei-me com cursos maravilhosos de atuação, me formando em arte cênicas. Trabalhei em novelas, comerciais, em teatro e era a garota propaganda da Calvin Clain do Brasil. Era reconhecida no meu país pelo meu trabalho ganhei meu dinheiro e tinha minha própria renda sem a ajuda dos meus pais, mas confesso que ser filha de quem eu era ajudava bastante.

Rachel sempre foi minha empresaria com a ajuda do meu pai, mesmo sendo um pouco mais velha do que eu sempre foi muito responsável e dedicada meus pais sempre confiaram muito nela. E quando ela resolveu vir para o Brasil comigo e rever nossa família aqui, sua irmã, minha mãe ficou menos preocupada. Aqui ela se especializou ainda mais no seu ramo e sempre se dedicou demais a minha carreira, eu era a sua única sobrinha e ela sempre gostou de cuidar de mim até mesmo quando era pequena e achava que eu era uma boneca que ela podia brincar quando eu era um bebe.

- Sério estou realmente preocupada com você. - Minha tia disse com a testa franzida me avaliando.

- Por quê? - Perguntei assustada saindo dos meus devaneios

- Estou a horas falando com você e você não responde garota! - Ela disse gargalhando.

- Estava pensando em tudo o que aconteceu nesses últimos anos. E doida para voltar para casa.

- Percebi. Ela disse me passando meu passaporte. Rachel será que está tudo mudado?

- Como assim? A casa, os amigos?