A nossa realidade

O tempo passa.

     Emily

Acordei radiante em minha cama. Virei-me para ver meu amor dormindo e me deparei com seus olhos abertos me encarando e um sorriso amplo em seu rosto, não pude deixar de imitar o seu sorriso.

- Bom dia. – Sussurrei.

- Bom dia. – Ele disse me puxando para ele.

Enrosquei-me em seu corpo e ele gemeu em meu ouvido. Fiquei mole com sua mão apertando meu quadril, ele me puxou para cima dele sentindo sua ereção  me encaixando perfeitamente. Ele me deixou livre para minhas caricias enquanto me movia, minhas mãos desenhavam seu tórax perfeito me inclinei para beijar seu peitoral e vi seus olhos abrirem e fecharem como se estivesse delirando. Não demorou muito para ele tomar o controle da situação nos mudando bruscamente de posição, ele me tomou com paixão, com loucura. Não demorou muito para explodirmos de êxtase.

Deitamos um do lado do outro com nossas respirações totalmente alteradas, ficamos em silencio até voltarmos ao normal.

- Uau! Eu quero se acordado todos os dias assim. – Ele disse divertido se virando para me encarar.

Sorrir olhando para o teto e me senti corar.

- Você fica linda vermelhinha sabia? – Ele disse ficando em cima de mim e me obrigando a manter contato visual.

- Para Tay. – Disse manhosa.

Seu sorriso abriu amplamente e seus olhos brilharam.

- O que foi? – Perguntei bagunçando o seu cabelo já bagunçado.

- Você não tem ideia da saudade que eu tinha de ter ouvir me chamando assim. Tay... Tay. Fala de novo vai? – Ele disse divertido e não pude deixar de rir.

- Tay... Meu Tay. – Disse carinhosa.

- Quando você falava Taylor toda séria ou com raiva de mim, eu ficava triste por achar que você nunca mais iria me chamar assim de novo. Que graça teria ter um apelido se a pessoa que o inventou já não usava mais. – Ele murmurou.

- Esquece isso. – O advertir. – é verdade foi eu que pus esse apelido em você não é? Por não conseguir dizer Taylor quando criança. – Disse sorrindo.

Ele ficou me olhando e seu sorriso nunca sumia. Eu sabia o que ele estava pensando e sentia, o mesmo que eu estava sentindo. Estávamos juntos novamente, e parecia um sonho, pois até ontem esse sonho parecia ser impossível.

- A musica de ontem... É linda, uma das mais bonitas que você já fez. – Ele disse carinhoso quebrando o silencio.

- É Para você, é tudo o que sinto. – Disse sincera.

- Eu sei. – Ele sussurrou. – É por isso que você vai conquistar milhares de pessoas além das que já te querem, pois você é muito talentosa e, além disso, canta com a alma que cativa, que mexe com a gente. Você tem um dom meu amor e eu estou muito orgulhoso de você. – Ele disse orgulhoso, e meu sorriso alargou. Eu o abracei e não pude deixar de chorar de felicidade por tê-lo de novo ao meu lado.

- Obrigada Tay, você não tem idéia de como suas palavras são importantes para mim. – Disse emocionada.

Sobressaltamos-nos com a batida na porta.

- Vocês vão ficar quanto tempo trancados nesse quarto? – Meu pai perguntou sério.

Olhei para Taylor assustada.

- Calma. – Ele sussurrou.

- Já estamos descendo tio. – Ele disse confiante.

- Tudo bem. – Ele murmurou.

Ouvimos seus passos no corredor e suspirei aliviada, fiquei com medo de ele querer que eu abrisse a porta naquele momento ou a arrombasse e jogasse o Tay pelado pela janela.

Tay se levantou e entrou em meu banheiro, me sentei na cama e fiquei o observando. Ele pôs a cabeça para fora do banheiro rindo.

- Se nós tomarmos banho juntos estaremos lá embaixo mais rápido. – Ele disse com malicia.

Levantei a sobrancelha, em descrença.

- Será? – Perguntei.

- Só tem um jeito de saber. – Ele disse vindo correndo até mim  me pegando no colo e me levando para o banheiro junto com ele.

Descemos a escada de mãos dadas meia hora depois, ambos com os cabelos molhados. Mesmo sabendo que meus pais sabiam de tudo o que aconteceu, não conseguia deixar de sentir vergonha.

Passei os olhos no piano e nos lugares onde espalhei as velas, nem um sinal da noite anterior. Maria deve ter dado a ordem de arrumarem tudo bem cedo, chegamos à mesa do café da manhã e arfamos juntos de surpresa. Toda a nossa família estava reunida, eles sorriam para nós e Makenna se levantou batendo palmas de tanto entusiasmo. Tay deu uma leve tapa em sua cabeça e ela riu.

- Bom dia para vocês também. – Disse radiante.

- Bom dia! – todos disseram juntos.

Tay puxou a cadeira para eu sentar a mesa e vi as mulheres de nossa família suspirarem, Makenna deixou escapar um risinho. Olhei para meu pai ele estava sereno e posso dizer que feliz também. Ele olhou para Tay e os dois sorriram um para o outro. Ninguém perguntou nada sobre a noite anterior, olhei para Tay e ele já estava olhando para mim. Ele pegou minha mão e nossos olhares conversavam. Será como se nada tivesse acontecido, não começaríamos do zero porque nosso amor nunca diminuiu, pelo contrario, ele nunca deixou de somar.