Eu não queria que desse merda, mas estava na cara como um anuncio publicitário nos telões da Times Square. Quando Bret veio atrás de mim pedindo explicações eu não sabia o que fazer. Se eu mentisse ele provavelmente iria perceber, se eu não falasse nada, ele ficaria no meu pé pelo resto do mês, então eu disse meias verdades, falei que estava apaixonado por um babaca que só me fazia sofrer. Ele pareceu ter ficado incomodado no início, mas achei que fosse só pelo fato de que ele estivesse com raiva por eu não ter contado.
Brett era uma pessoa legal com ideias péssimas, ele não podia ver um problema que achava uma solução. Veja bem, na química sempre temos o solvente e o soluto, no caso eu era o solvente e ele era o soluto, e a solução já estava completamente saturada, ela estava supersaturada. Entenderam? Não?! Para ser mais prático, eu não precisava mais de outras solução que não fosse Brett, e o que ele fez? Ele me arrumou um encontro com outra pessoa, e o pior, era um encontro duplo.
Estávamos no cinema, típica cena de filme clichê onde o encontro acaba em um monte de merda. Não me leve a mal, não costumo falar palavrões, mas eu estava realmente muito puto.
Em outra ocasião eu teria conversado mais com o rapaz que estava ao meu lado, assistindo filme comigo, mas eu não conseguia parar de prestar atenção em Brett e no garoto que estava com ele, agarrados. Eu não tinha gostado do garoto de cara, ele era o típico garoto gentil e meigo, e ninguém gosta de pessoas assim, seria estranho se eu disse que queria que acontecesse um assalto e por uma fatalidade do destino o tal de Max fosse baleado no meio da testa?
-Esta tudo bem com você?
Eu me virei e dei meu melhor sorriso falso que podia dar.
-Claro Tom, estou ótimo.
Tom era legal, não forçava a barra, não falava demais e nem de menos, se eu tivesse em um encontro sozinho com ele até poderíamos ficar, mas Brett tinha que estragar vindo junto com seu par. Como eu iria prestar atenção no meu encontro, sendo que o motivo dos meus sonhos melados de adolescente estava a um metro de mim, se agarrando com um burguês de Malibu.
Eu não sei em qual momento parei de comer a pipoca e a transformei em uma arma contra os cabelos de Brett, ele não se incomodava, mas eu sabia que ele estava ficando impaciente, sempre que eu jogava um pipoca em seu cabelo ele passava a mão arrumando e coçava a cabeça.
Me corpo travou quando senti a mão calejada de Tom passando pelas minhas coxas, isso era estranho, ousado. Eu fiquei apenas olhando para aquela mão subindo e descendo pela minha coxa, sem qualquer reação aparente e parece que serviu de sinal verde para o rapaz, que me beijou.
Woow! -Eu pensei.
Eu não fiz nada, não correspondi, apenas fiquei com os olhos arregalados e os lábios grudados com os de Tom.
Posso dizer que meus olhos quase saltaram da orbita quando eu vi o corpo de Tom sendo levantado no ar e jogado no chão por Brett.
Puta Merda!
Pov Brett
Eu fui agressivo demais, acho que assustei todo mundo que estava em paz dentro do cinema, mas eu merecia um desconto, Okay?! Não era exatamente minha intenção bater em Tom até tirar sangue do seu nariz, eu só queria afastar ele de Michael. Eu apenas surtei, não gostei de ver ele sendo agarrado por um marmanjo, tudo bem, Tom era meu colega, mas acho que agora não seria mais.
-O que você fez garoto?! -Michael falou exaltado.
Ele veio caminhando em minha direção e eu achei que ia apanhar, mas ele me surpreendeu quando pegou minha mão e olhou para o meu punho roxo.
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Elastic Heart
Teen Fiction" Dylan olhou para os dois rapazes que lhe observavam de forma apreensiva. O garoto estava tendo que tomar. Escolher o melhor amigo e namorado que lhe conhecia a vida toda ou escolher Mason que era algo incerto, volátil e infantil. -Então Dylan? -Co...