A garota dos contos de fadas

Capítulo 1

"Os irmãos, animados com a nova descoberta, logo começam a se preparar para a chegada de Pan:

- Rápido! Abra logo a janela, Wendy

- Calma Miguel, já estou indo!

- Vamos pessoal! Daqui a pouco Peter estará aqui

- Tudo bem, João, vão todos para os seus lugares, vou chamar ele!

- Não demore Wendy, estarei aqui com Miguel te esperando

Wendy abre as gavetas do quarto, e, acende as velas, como a velha lenda dizia, e sussurra pela janela:

- Peter Pan, eu sei que você está aí. Apareça!

Após Instantes, todas as chamas do quarto se apagam, e, na janela, lá está ele:

- Quem é você? - Pergunta recuando para trás

- Ora, ora, ora, sou exatamente aquele que você procura, minha cara...Wendy

- Como você sabe meu nome?

- Não está óbvio? Eu sou Peter Pan, sei de absolutamente tudo

- Como reza a lenda, você poderia nos levar para a terra nunca? - diz Miguel

- Nos salve da realidade Pan! Não nos deixe crescer! Este mundo é cruel até demais, nos salve enquanto ainda temos tempo- grita João

- Em uma coisa eu concordo jovem, o mundo pode ser muito cruel, é inteiramente feito de covardes, pessoas que riem da desgraça alheia. Ninguém merece viver assim, acho bom que vocês estejam prontos.

- Prontos para quê?

- Para ir para a terra do nunca!

Num piscar de olhos, Peter Agarra os três e sai voando pela janela."

(relógio toca)

- Bom, parece que o tempo passou rápido, não é mesmo?

- Pode ter passado para a gente, mas não para Peter Pan!

- Já está na hora de dormir, querida, boa noite Angeline.

- Boa noite minha Ama, não se esqueça de voltar aqui amanhã para continuar a história.

- Pode deixar, agora trate de dormir, antes que a sua mãe se chateie.

A criada sai do quarto e apaga as luzes.

Angeline foi sempre uma menina muito sonhadora e distraída. Achava que poderia fazer qualquer coisa que quisesse com apenas o poder de sua imaginação, era como seu pai sempre dizia para ela, antes de falecer "tudo acontece por um motivo, minha cara, nada é impossível, só basta você acreditar".

Ela era fascinada por histórias, principalmente por contos de fadas.

Todas as noites, saia sem a permissão da mãe e buscava por eles, Angeline sempre achou que contos de fadas realmente haviam acontecido, ninguém pode ter uma mente tão aberta para poder criá-los.

Afinal, por quê não pensar desta maneira? O homem cria essas histórias, onde criaturas místicas correm soltas, e a magia está por todos os lugares, para quê criar uma história se não podemos dar vida para ela? Era essa mesma pergunta que Angeline fazia todos os dias.