Capítulo 34

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Enquanto eu beijava ele, minha cabeça só gritava "burra, burra, burra" mas meu coração entrava em conflito por não saber o que era certo ou errado. Quando dei por mim, eu já estava na cama, com ele beijando meu pescoço e roçando aquela barba por fazer, me causando arrepios.

Não sei bem como consegui, mas por um momento de sanidade eu levante da cama dizendo que eu não podia, e comecei descer as escadas pra cozinha.

Logo ele veio atrás de mim.

- Não pode? Vai pro inferno, você não pode me deixar nesse estado. - disse e olhou pra baixo

Não pude conter a risada quando realmente vi que o estado dele não era dos melhores para ser abandonado na cama.

Ele riu também e voltou a me beijar e me colocou em cima do balcão da cozinha.

- Não pode ser assim, você praticamente ta me prendendo aqui, você me bateu, você ta sendo ridículo, e estupido, e grosseiro, e um baita filho da puta.

- E você não foi ridicula? Criança? Grosseira? 

- Fui também mas..

- E eu também fui, agora podemos deixar a dr pra depois que eu foder você? - disse beijando meu pescoço

- Não Eduardo, você me bateu.

- Que saco Manuela, eu bati mesmo, desculpa, eu perdi a cabeça, você me irrita mas eu amo você caralho, parece que tem problema mental e não entende as coisas.

- E a Monique?

- Eu to com ela só por causa do meu filho, aquela lá é outra filha da puta.

- Hm....

- Manuela.. Para de marra. Vamo fica numa boa, só agora, vai logo.

Fiquei encarando ele e não pude resistir aquela carinha de pidão, puta que pariu, eu realmente amava aquele moleque desgraçado.

Ele saiu jogando tudo o que tinha na bancada no chão, fazendo o maior barulho.

- Shhhh, a Cecilia ta dormindo.

Ele sorriu e fez uma carinha linda de "eu tinha esquecido". 

Assim que eu percebi que eu queria aquilo tanto quanto ele, me deixei entregue ao momento e comecei tirar a blusa dele e puta merda, eu tinha esquecido como ele era gostoso.

Comecei dar vários chupões em seu pescoço e arranhar suas costas, e em questão de poucos momentos nossa roupa estava jogada no chão e eu só conseguia gemer igual uma doida e morder seus ombros a fim de abafar meus gemidos e lembrar que em nenhum outro lugar do universo, alguém foderia tão bem quanto ele. Ele conhecia meus melhores pontos e minhas maiores fraquezas, sabia exatamente como me levar ao ápice do prazer, e eu cheguei nessa conclusão depois de ter meu terceiro gozo apenas ali, na bancada da cozinha.

Assim que ele gozou, ele tomou um folego e me pegou no colo, me levando pro banheiro e tomamos banho junto como há muuuuuuuuuuito tempo não tomávamos, ele foi esfregando cada parte do meu corpo, porque eu alegava que eu tava muito cansada pra isso, e não tinha nada melhor do que sentir as mãos dele acariciando cada centimetro meu. Logo depois do banho, coloquei uma camiseta dele e deitei na cama do quarto do D2.

- Sentia falta dessa casa, me traz boas lembranças.

- O dia que tu virou mocinha - disse dando gargalhadas

Comecei bater no peito dele e ele quase não se mexia, até que ele cansou dessa brincadeira e segurou meus braços e rolou pra cima de mim.

- Eu te amo, sua cretina. Não vai mais embora, porque nem que seja pra eu te prender na porra dessa casa, agora eu não vou ficar mais longe nem de você, nem da minha filha.

- Se eu quiser ir embora, eu vou ta?

- Para de baguetar o momento caralho.

Comecei a rir.

- Eu vou ficar, nem que você não queira.

Ele sorriu e começou beijar meu pescoço, minha testa e logo deitou no meu colo.

- Eu queria ter visto você parecendo uma baleia orca.

- Nossa, você é tão gentil, puta que pariu, eu fiquei uma gordinha linda tá? - dei uma pausa e comecei a rir - eu lembro que perto da Cecilia nascer, toda vez que eu espirrava, eu fechava as pernas porque eu achava que ela ia escorregar ou eu ia explodir.

Ele deu risada 

- Posso te fazer uma pergunta? Na moral mermo..

- Faz..

- Você ficou com alguém lá?

- Só uns beijinho, nada demais. Minha vó ficava inconformada com a minha falta de interesse nos rapazes de lá, alguns eram bem legaiszinhos, mas não conseguia me ver com ninguém.

- Hm...

- E você? Quer dizer, fora a Monique...

- Passei o rodo naquele morro.

- Bom saber Eduardo, seu filho da puta.

- Adoro ver você irritadinha.

- Problema seu.

- Mas fiquei com geral porque você num tava mais no meu morro né, eu ia fazer o que? A culpa foi tua mané.

- Minha? Ah ta, eu que sai dando uma de coelho e engravidando geral né lindo.

- Ah.. essa parte foi mancada minha mermo.

Ficamos em silêncio por um boooooooooom tempo, acho que acabei dormindo e só acordei com o D2 me cutucando com a Cecilia no colo.

- Que foi?

- Sei lá, ela tava chorando.

Assim que peguei a Ceci, vi que ela tava morta de sono ainda, coloquei ela no meio da cama, deitei de um lado e do D2 do outro e nós três capotamos de tanto dormir. 

Acordei no outro dia com o D2 me encarando.

- Que foi? Nunca viu?

- Não, otária.

Comecei a rir e beijei ele, logo a Ceci levantou e eu fui ensinar ele a dar banho nela. 

- Você não tem que ir pro morro não?

- Tenho.

- O que cê ta fazendo aqui ainda?

- Ah sei lá... Não queria deixar vocês aqui.

- Pode ir, ficaremos bem. 

Pisquei pra ele e fiquei brincando com a Ceci quase o dia todo. Parei só pra fazer o almoço dela e colocar ela pra dormir. 

Não demorou muito a noite caiu e o D2 chegou. Eu tava sentada la fora, com o pé na piscina porque não tinha nada melhor pra fazer e fiquei pensando em como as coisas tinham mudado pra mim. Tava viajando tanto nos meus pensamentos que nem vi quando ele chegou do meu lado.

- Pensando no que?

- Sei lá, em tudo.

- Ham... Também pensei muito hoje, tá ligada?!

- Em que?

- Sei lá, em tudo - disse imitando minha voz.

Mostrei a lingua pra ele e ele chegou mais perto de mim.

Ele beijou meu pescoço e sussurrou bem baixinho:

- Otária, tu quer casar comigo?


Me apaixonei pelo dono do morro [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora