Capítulo 2

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"Uma dor estranha me acorda, estou suada, dolorida. Tento me levantar, mas ele me empurra e me segura na cama. Sinto algo me rasgando por dentro, mas não consigo identificar o que é. Ele deita sobre meu corpo, aquele peso me incomoda, tento sair de baixo, mas ele forte e me prende com seu corpo. Socorro!"

Já são 19h30min, está na hora de ir trabalhar. Queria ter a sorte de ter apenas clientes iguais ao de ontem, um cara cheiroso, limpo, e que tem dinheiro pra pagar pelo menos um quarto.
O bar onde encontro maioria dos meus clientes está lotado. Me sento na única mesa vazia, corro os olhos no bar procurando Sam, o barman, finalmente o encontro servindo uma rodada de cerveja, ele me olha e sorri.
- O mesmo de sempre, Hadassinha, querida?- seus olhos verdes brilham com a piadinha interna.

- O de sempre, Samizinho.- digo numa vozinha de criança.

Sam entra no bar dando pulinhos, nem se preocupa mais em disfarçar. Lembro quando ele morria de vergonha quando o apresentava para uns clientes. Agora Sam tem um emprego digno, e eu continuo aqui.

- O que uma moça tão nova e tão bonita faz num bar como esse?- O sussurro do cara, dono numa cabeleira preta e olhos castanhos, me tira dos meus devaneios.

- Nada que lhe diz respeito.- falo ríspida.

- Ei, calma. Só queria ser gentil.- diz ele igual a um adolescente que leva bronca.
Ele se senta na cadeira a minha frente.
- Posso pagar um Martine?

- Prefiro cerveja.- ele me olha desanimado.

- Sim, pode.- sorrio.



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