Capítulo 9

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Pov. ariadne
São 8 da noite, acordei agora e não consigo parar de pensar no que me espera hoje. Dirijo-me ao mini frigorífico no meu quarto e retiro uma bolsa de sangue bebendo-a toda de uma vez, acordo sempre cheia de fome. Tomo um banho de espuma prolongado para relaxar um pouco. Não faço a mínima de que roupa usar, mas vou optar por um vestido preto de alças que me fica justo e um pouco acima do joelho com os sapatos altos de agulha pretos. Quanto à maquilhagem prefiro levar uma coisa leve, que para mim significa rímel, lápis, batom encarnado arroxeado e um pouca de sombra preta. Bebo mais uma bolsa de sangue antes de sair de casa, quero tar em perfeitas condições não vá acontecer algo que não espere.

Vou no meu belíssimo porsche, na semana passada hipnotizei o senhor da escola de condução para me dar a carta de condução. Ao chegar faço o que gregário me indicou, reconheço que o barman é um vampiro também, nós somos capazes de nos identificar pelo cheiro. Ao entregar-lhe o cartão este aponta para a porta perto do balcão, pego no meu whisky e dirijo-me para lá. Ao entrar paço por um corredor que dá origem a uma pequena divisão onde se encontram os cacifos dos empregados, mais adiante há outra porta e suponho que seja aí que me devo dirigir, nesta está escrito "não entrar".
Bato a porta e não oiço resposta, passado um bocado uma vampira abre-me a porta, esta era realmente bela com o seu cabelo loiro curto por baixo da orelha, olhos azuis e um corpo magro mas esbelto dentro de um vestido vermelho igual ao meu, é que eu não podia ter mais pontaria. Ao dar-me passagem olho para o homem sentado na cadeira atrás da secretaria com os pés em cima da mesa. Suponho que seja gregario, não me impressionou tanto como esperava, é um homem relativamente simples, cabelo castanho pelos ombros, olhos da mesma cor e quanto ao corpo é magro e pouco definido. Ao levantar-se reparo nas suas roupas que não podiam ser mais básicas, umas calças de fato pretas com uma camisa simples
Branca.
- Ariadne minha filha estou feliz por teres aparecido senta-te por favor.- diz-me indicando-me a cadeira em frente à sua secretária.
-boa noite- digo simplesmente, não sei qual a maneira adequada de me apresentar mas de uma coisa eu sei se ele pensa que vai mandar em mim está muito enganado.
- hmm vejo que apresentas uma personalidade forte, mas a partir de hoje terás de me prestar obediência.
-desculpe mas está enganado eu não farei tal coisa.- Solto um riso sarcástico.
-ah claro veremos em breve, agora diz-me quem te transformou?
Já me tinha perguntado várias vezes acerca disto porque nunca encontrara marcas de dentes, quando perguntava à dona Laura se sabia algo a cerca do assunto ela desviava a conversa e tornava-se misteriosa.
-Não tem nada haver com isso e mesmo que lhe quisesse dizer não poderia porque não o sei.
-Todos sabemos quem foi o nosso criador, criamos laços íntimos com ele, e garanto-te que quando descobrir quem te criou ele será castigado, segundo as nossas leis só se pode transformar humanos sobre o consentimento de um superior e como eu sou o desta região e nada me foi pedido a teu respeito, ele ou ela será um desertor das nossas regras e merece ser punido.- confesso que a sua expressão era um pouco aterradora, não tinha dúvidas de que ele o encontrasse ou a ela pois na realidade nem isso sabia.
-como queira isso para mim não tem importância.
-vejo que me trarás problemas com esse teu mau feitio. Agora será que me podes dizer quais as habilidades que já consegues dominar mais ou menos?
-todas.
-ahahah és um pouco convencida não? Isso não é possível.
-então teste-me. - eu já lhe devia ter virado costas e ir embora mas não me apetece arranjar uma guerra com um superior dos vampiros.

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