A injustiça

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Recentemente, fomos visitar meu priminho que está internado no hospital, e finalmente recebemos a notícia de que ele irá talvez ser liberado ainda essa semana, isso se correr tudo em ordem. Hoje na escola, uma nova aluna, causou polêmica, pelo motivo de seu jeito estranho e seu visual diferente. A garota é completamente estranha, ela estava vestida com uma saia transparente, e uma camisa regata, tudo fora do padrão do uniforme do colégio, seu cabelo estava amarrado para cima, parecia estar duro feito uma pedra, acho que ela sobrecarregou ele com um quilo de creme. Ela me encarava, e eu quase não resistia de tanto rir, tampava a mão com a boca tentando evitar. No horário do intervalo, ela desastradamente foi se servir no refeitório e derramou todinho o arroz que estava na bandeja, a coordenadora ficou uma fera, e logo tomou a atitude precipitada de dar uma ocorrência a garota, que não se satisfez e acabou xingando-a. Logo no primeiro dia de aula da garota, ela agita a escola inteira, não dúvido que leve uma suspensão. Fiquei na minha, mas quando menos esperava, a coordenadora me chamava, do lado dela estava a menina nova, que ria sem parar:

-Lilla foi você que quebrou a maçaneta da porta do banheiro? -Ela me perguntou.

-Não, minha mão não é de aço para conseguir quebrar. -Respondi.

-Como você ousa a falar deste jeito? -A coordenadora me puxou me levando a diretoria.

Chegando lá, a diretora estava sentada numa poltrona, com o nariz empinado, como se lá fosse o "trono" dela. Elas se entreolharam, e eu tentei sair de fininho, mas não deu certo.

-Confesse! Foi você que quebrou! -A diretora se enfiou na conversa.

-NÃO FUI EU QUE QUEBREI, ESTÁ SURDA? -Me revoltei.

-LILLA MARY VOCÊ ESTÁ TRÊS DIAS SUSPENSA DO COLÉGIO! VAMOS CONVOCAR SEUS PAIS, JÁ NÃO CHEGA QUEBRAR A MAÇANETA AINDA SE ATREVE A FALAR DESTE JEITO? -A diretora gritou.

Aposto que já sei quem foi que quebrou, a garota nova, pelo visto ela não vai com a minha cara mesmo, ainda coloca a culpa em mim.

-Diretora eu já sei quem foi! -Admiti.

-Também sabemos, VOCÊ!

Eu reviro os olhos e saio sem permissão, porque tudo que acontece ao meu redor tem de ser minha culpa? Me revolto e desço ao pátio, indo em direção da garota:

-Qual é, na boa?

-Menina sai de perto de mim, você não sabe com quem está lidando. -Ela olhou com nojo.

-Não adianta me olhar de cabeça aos pés, você também é imperfeita.

Quando estou indo beber água, depois da quase discussão, avisto meus pais parados na porta do pátio, me fulminando com os olhares.

-EU JURO, NÃO FUI EU.

-Tem provas? -Se intrometeu a tia da limpeza.

Meus pais me puxaram, minha mãe nem sequer deu um sorriso, fui para casa morrendo de vergonha, e todos ao meu redor me olhando com cara de cegonha.

                       ---♥---

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