Who is Josicreuda?

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Realmente, não queria acreditar, que meu próprio irmão foi capaz de me expulsar, sem nem sequer se arrepender, sendo que ele é o culpado de tudo. Entendo seu lado, travesso e pilantra, eu não poderei mudar o seu jeito, e nem ninguém, pois ele já nasceu assim, e assim permanecerá, a não ser que aconteçam milagres (Risos). Não acho justo o que ele fez, ele já havia compromisso, e agiu totalmente fora do normal. Já é bem grande, mas está agindo como uma criança, irresponsável e sem juízo. Não estou com a consciência pesada, pois fiz o que era certo, se dependesse dele, ele nunca falaria a verdade... Agora, fazer o que ele fez, eu nunca faria, não chegaria a esse ponto. A conclusão é que, ele sim é um traidor!
Olhei em seus olhos, completamente em prantos, esperando que fosse mudar de ideia, ou que fosse apenas mais uma pegadinha do mesmo, mas não, era verdade, ele me tocava para fora, frio e seco. Poderia gritar, ligar para meus pais, e tentar enfrenta-lo, mas não tentei nada, pois senão depois a culpa vai cair sobre mim, como sempre. Virei-me de costas, e ele não soltou nenhuma palavra, então, tomei coragem, destranquei a porta, e sai para a calçada. Não fazia ideia de onde iria, de como essa situação ficaria, e como nossos pais reagiriam após souberem sobre a discussão.
Sem atitude, andei em círculos sobre a calçada, tentando segurar o choro, mas não obtive resultado, ele insistia em cair. Então, me encolhi encostada na parede, sentada no chão, com a cabeça baixa e os braços cruzados. Foi quando escutei um barulho, e imediatamente levanto o rosto e vejo um carro estacionando bem em frente da casa da vizinha, duas garotas bem vestidas desceram, e neste momento vi Laura abrindo o portão e convidando ambas para entrarem, a mesma saiu para a calçada e abriu o porta malas do carro, tirando de lá, duas grandes malas, e levando-as para o quintal da casa, foi quando ela me viu, e fez uma expressão indecisa, como se entrasse ou saísse para falar comigo:

-Prima, vêm! -Gritaram as duas garotas, impacientes.

-Esperem! -A vizinha gritou, saindo novamente para a calçada e indo em minha direção.

Limpei as lágrimas logo, e me levantei, surpresa:

-O que aconteceu? -Ela pareceu preocupada.

-Nada, meu irmão me expulsou de casa, só isso. -Engoli o choro.

-O que? -Ela aumemtou seu tom, notei que ficou furiosa.

-Calma, não precisa se exaltar. -Tentei acalma-la.

-Me desculpe mas ele é um tremendo de um irresponsável! -Ela murmurou sem um pingo de paciência.

Ri de lado e então a mesma continuou...

Onde você pretende ficar então? -Ela colocou a mão sobre a testa.

-Sinceramente? Não sei... Posso passar a noite em claro aqui mesmo, ninguém irá se importar.

-Chega de ser dramática! Por que eu me importo... -Ela sussurrou, sorrindo.

Tive vontade de apertar suas bochechas, mas me contive, hihi...

Pronto! Nenhuma palavra foi precisa para rolar aquele clima constrangedor do tipo fala ou não fala, e apenas ficamos nos encarando e rindo feito duas bobas... Quando de repente gritos de vozes familiares quebraram o gelo.

-Primaaaaaa! Cadê você? -Aparentemente eram as duas frescurentas daquelas meninas, e ao olhar direito, tive certeza, eram elas, encostadas na grade do portão, esperando que Laura voltasse... Ao nos verem, os olhos de ambas arregalaram como se estivessemos fazendo algo errado...

-Olha, minhas primas... -Um homem de vestimentas rasgadas interrompeu sua fala, passando feito um fucarão em frente de nós, nos afastamos, mas o mesmo aproximou-se depressa puxando o braço de Laura com força, sem reação, puxei seu outro braço, fazendo com que ele puxasse com ainda mais força. Já nem sabia mais o que estava acontecendo. Puxa daqui, puxa dali, puxa de lá... Repetindo, puxa daqui, puxa dali, e de lá, olha criei uma músiquinha hihi! Voltando a realidade, movimentei a cabeça dispensando esses pensamentos inúteis, e continuei puxando a moça, olhei ao redor da vizinhança e para minha surpresa todos, todos nossos vizinhos já estavam do lado de fora de suas casas, alguns observavam pela janela, e outros pela sacada dos prédios, e havia até aqueles motoqueiros que paravam a moto para olhar, imagina a loucura? Pois bem, nem sei como estou viva para contar! Vejo as "Supostas" primas de Laura tentando saltar o portão, e fazendo lider de torcida, eu não vi isso, juro que não. -Pensei. Quando de repente:

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