Capítulo 1 - A QUEDA DA SACADA DO CASTELO

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Olá PettieS

Só para vocês terem o gostinho, eu irei liberar o primeiro capítulo dessa história hoje.

Quero que vocês me digam como está ficando.

Beijos e até o acompanhamento dessa fabula inteira aqui no Wattpad.

Não se esqueçam que o PRÍNCIPE SOMBRA tem um encontro com vocês aqui...

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Capítulo 1

A QUEDA DA SACADA DO CASTELO


Elaine

Aos dezessete anos eu posso dizer que eu vivi o pior pesadelo da minha vida.

Naquela tarde, eu estava com planos de cavalgar pela floresta próxima ao castelo. Escoltada por guardas severos que estavam apenas preocupados com a minha segurança porque eles recebiam moedas de ouros no final de cada mês.

Mas toda a minha fantasia de cavalgar sobre um belo cavalo branco havia sido desmoronada quando eu fui solicitada até a sala de visitas no palácio Real.

Quando eu cheguei ao local, o meu pai estava em pé, ao lado da minha mãe. O rei segurava uma carta na mão e olhava para ela ainda aberta entre os seus dedos.

O assunto empacou e nenhum deles parecia ter autoridade para começarem a falar. Desde então, eu tomei a frente com a minha voz desconfiada.

-Aconteceu alguma coisa?

Eles não responderam. O meu pai permaneceu olhando para o bilhete em sua mão e a minha mãe olhou para o meu rosto com o semblante preocupado.

-O que vocês estão escondendo de mim?

Dei um passo adiante, segurando a saia do meu vestido vinho com bordados dourados. O meu olhar amedrontado insistia em observar os meus pais na minha frente.

-Por favor! Falam! O que está acontecendo?

Mirei para a minha mãe. Ela era a minha amiga e não iria esconder nada de mim. Eu tinha plena convicção disso.

-Diga mãe! Por favor! O que os aflige dessa maneira?

A rainha olhou para o lado e encarou o rosto do meu pai. Ela não tinha permissão para falar alguma coisa comigo, mesmo sendo a minha mãe. Mesmo sendo a minha amiga.

-Eu...tenho uma notícia que pode não ser tão boa para você, minha filha...

Finalmente o meu pai começou. Eu voltei a olhar para ele e na sua imagem como um rei, o meu olhar parou e não desviou mais, enquanto ele continuava dizendo com uma voz pausada.

-Recebemos uma... carta de uma... província distante esta manhã e o rei de terras distantes pretende ...casar o seu filho com ....você...minha filha!

-Casar-me com um príncipe que eu nem conheço?

O encarei com choque.

-Você não irá permitir isso papai? Irá?

A resposta não veio rápido como eu desejava. Ela também veio de maneira destorcida para o meu desespero alargar.

-Eu não posso fazer nada para impedir isso... querida.

Sacudi a cabeça, em estado de choque. Faltava chão e estrutura para eu me manter de pé e encarar aquele compromisso como se eu estivesse recebendo uma jóia de diamantes em minhas mãos.

-Sinto muito querida!

O rei proferiu e desceu a sua cabeça. A minha mãe vendo que ele estava sofrendo também com essa decisão, ela logo o cercou e colocou a mão em seu ombro. Tentando confortá-lo.

-Não! Não! Não!!!!!

Exclamei sacudindo a minha cabeça.

-Vocês não podem me dar de bandeja a um estranho! Para um sujeito que eu nunca vi na minha vida e nunca ouvi falar!!!!

-Ele é...

O meu pai estava indo para falar a respeito da linhagem do príncipe, porém, eu virei ao lado e sai correndo com desespero através dos corredores do castelo. Segurava a minha saia com afobamento, quase tropeçando em sua barra.

Os meus pais permaneceram na sala, imaginando que eu estava correndo para me trancar em meu quarto. E atuando da mesma maneira, sempre que eu recebia uma notícia desagradável.

Em meu leito, eu sempre tinha permissão para chorar em paz e sozinha. Sem ter alguém para tentar enfrear as minhas lágrimas e dizer.

Não chore Alteza! As lágrimas não combinam com a beleza de seu rosto.

Os ruídos dos meus sapatos contra o solo do castelo eram estrondosos. Alguns guardas, em pé nos cantos das paredes, olhavam para mim, no entanto não se atreviam a deixarem os seus lugares sem alguma ordem, mesmo vendo a sua alteza correndo com grande afobamento para um acaso que talvez nem eu mesma soubesse.

Por fim, a minha respiração parou e depois acelerou ainda mais quando eu subi uma escada extensa e alcancei o alto da torre. A sacada mais alta do castelo.

Ainda segurando a ponta do meu vestido, eu olhei para baixo. Tudo abaixo dos meus olhos estava tão pequeno. Pareciam formigas congeladas.

Fechei os meus olhos e segurei as minhas lágrimas que desejavam descer pela minha face corada. Os meus cabelos longos e escuros estavam presos por uma trança jogada para o lado do meu ombro esquerdo.

Dei outro suspiro e abri os meus olhos. Aproximei a ponta da sacada com os meus pés e olhei para baixo novamente. Eu precisava por um fim ao meu desespero e também a idéia de que eu seria a esposa de um príncipe que eu não conhecia.

Eu nunca imaginei que eu teria esse triste fim. Sendo oferecida a outra província por interesse de ambas as partes. Tanto do reinado de me pai, quando do reinado do suposto príncipe que viria a ser o meu marido.

Enxugando uma lágrima com as costas da minha mão, eu olhei para baixo pela terceira vez. Em seguida virei o meu corpo ao reverso e fiquei de costas para a beira da sacada. Dei dois passos para trás e joguei o meu corpo contra o ar.

Comecei a cair lentamente para baixo, porém a velocidade foi aumentando, eu fechei os meus olhos porque eu não queria ver o fim da minha queda e onde o meu corpo iria parar após ele ter tocado a superfície plana.

No entanto, ainda descendo, eu abri os meus olhos e vi um ceifeiro, com a sua capa escura e também a sua foice. As suas asas escuras eram gigantescas.

Ele estava quase me tocando, querendo anunciar a minha morte.

Subitamente uma sombra escura sugeriu ao redor do meu corpo e me envolveu, me segurando para eu não cair no chão. O meu corpo foi erguido para cima novamente e o ceifeiro desapareceu logo em seguida.

Eu ainda estava amparada pela sombra que se formou abaixo do meu corpo e se transformou em um tapete que voava, mas esse tapete era em formato de sombra.

Tudo foi tão rápido, tão inesperado. Eu fechei os meus olhos e acabei desmaiando. Tudo ficou escuro, eu não consegui ouvir mais nada, além do próprio silencio da minha mente.

Eu havia cogitado a minha morte naquela tarde do alto da sacada do castelo, mas alguma coisa havia dado errado. Algo sobrenatural havia interrompido os meus planos.





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⏰ Última atualização: Oct 08, 2015 ⏰

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