Capítulo 45

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- Posso saber o que o senhor está fazendo aqui? - perguntei cruzando os braços.
- Filha eu.. - disse.
- Filha o Caralho, pra você é Janine e olhe lá. - disse o fitando.
- Jany! Não exagere - Mamãe se intrometeu
- Ah tá, fica ai com seu amorzão. - disse me atirando no sofá e mamãe me encarou com tristeza e reprovação. Ficaram cochichando e depois a porta fechou se.

- Janine Ferraz! Posso saber que comportamentos são esses? Eu não te dou o direito de você me abusar entendeu mocinha? - disse num tom alto.
- Desculpa, ele me irrita - disse a encarando. Mamãe nunca falou assim antes.
- Eu não pedi satisfação, dá próxima fica de castigo, entendeu? - perguntou e fiz que sim com a cabeça. A campainha tocou e saltei para abrir a porta.

- Amor - disse o abraçando.
- Anjo - disse e entraram.
- Boa noite Elsa.. Quer dizer, Marina - disse e as duas riram. Mamãe é assim, ela grita até onde pode. Mas logo sorri.
- Pode me chamar de Elsa, não tem problema. Lamento pelo sucedido - disse a abraçando e as duas sorriram.

- Boa noite sogrinha - Dio disse dando um beijinho na bochecha de mamãe.
- Boa noite meu querido, espero que gostem do Jantar - disse.
- Eu trouxe refri pra gente - Dna Vanessa disse tirando da sacola.
- Nem precisava - Mamãe sorriu sendo gentil, porque todas as mães tem que ser gentil né, excepto para conosco, os filhos.

Mamãe me puxou para um canto..

- Convidei seu p.. o Tiago para jantar e quero que você peça desculpa pelo modo como lhe tratou, entendeu? - disse e fechei a cara.
- Não mesmo. Qual é mãe? Eu não gosto dele, por favor - disse.
- Pelo menos aceite que ele é seu pai, não precisa conversar com ele, ao menos peça desculpas - disse
- Fazer o quê né! - disse zangada. Fui sentar com o Dio na sala e lembrei que ninguém tinha avisado ao papai e a Jacy.
- Mãe, você avisou ao pai? - perguntei.
- Sim, combinamos ontem - disse mexendo a panela. Bufei e subi. Jacy estava dançando com os fones no ouvido.

- Jacy. Psiu. Feiaaa - disse e nada de ela responder, fui lhe cutucar e só ai ela deu conta da minha presença.
- Estava com o volume da música muito alto, desculpa - disse e revirei os olhos.
- Deu pra ouvir - disse rindo - Dna Vanessa, Dio e o..o - disse.
- O? - perguntou ansiosa.
- É o Tiago, vêm jantar aqui. O Tiago ainda não chegou mais os outros já - disse e ela tirou o pijama e pós um vestido rosa bebé simples, fez um coque e descemos. Infelizmente o Tiago já estava la embaixo quando descemos. Sorriu e apenas baixei a cabeça, Jacy sorriu lhe de volta, Pftt.

- Podemos jantar então - Mamãe disse pondo a comida na mesa. Todos fomos comer.

Reparei que o Tiago e a Vanessa não paravam de cruzar os olhares. Que porra. Quando acabamos de comer, tiramos a mesa enquanto os homens tomavam café. Dio não tomava porém ficou a acompanhar e a olhar. Depois de tudo feito, sentei me nas escadas com o Dio.

- Babe - disse o fazendo olhar para mim.
- Sim Anjo? - perguntou sorrindo.
- Você por acaso reparou na sua mãe e no.. Tiago?- perguntei pensando se era coisa da minha cabeça.
- Sim. Vi - disse e sorriu - O Destino faz as coisas de um jeito que ninguém pode imaginar - disse rindo.
- Pois, é sempre esse Caralho chamado destino. - disse e ele riu.
- Não insulta a ele, ele pode te ferrar ainda - disse rindo e eu ri. Mamãe veio falar connosco.
- Ainda bem que você está feliz. Agora vá fazer o que eu disse - disse num tom firme.
- Aff, Amor já venho tá? - disse e beijei a bochecha dele. Apenas sorriu e continuou sentado.

O Tiago estava ali a conversar com a Vanessa, fodeu tudo. Ele me viu parada e sorriu, apenas continuei o olhando e ele pediu a Vanessa para esperar, depois veio ter comigo.

- Fi..Jany, você quer falar alguma coisa ? - perguntou.
- Ahm, sim Tiago - disse e seu sorriso se desfez, Pensou que fosse te chamar de pai né, otário. - Eu queria pedir desculpas, pelo modo como falei contigo - disse sem olhar pra ele.
- Não tem problema filha - disse e fervi.
-EU já disse pra não me chamar de filha - disse e ele baixou a cabeça.
- Desculpa, foi um impulso - disse.
- Já me perdoou? Obrigada, podes continuar a conversa com a minha sogra - disse e ele ficou triste, bem triste.

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