Não sei como estou nesse lugar, nem quando cheguei ou o porquê. Mas eu simplesmente estou de pé, bem aqui com árvores de cerejeira em volta de mim, um chão com folhas de outono e um céu com aquelas nuvens tão brancas que você consegue configurar uma figura em sua mente.
O sol brilhoso batia levemente sobre o chão, deixando o ambiente ameno e ao mesmo tempo esquentando minha pele. Esquilos desciam e subiam pelas árvores que nem o ar. Passarinhos procuravam palha para fazer seus ninhos. Borboletas e abelhas pousavam nas flores das árvores, e as nuvens... Oh, são as coisas mais doces do ambiente. Voam pelo ar com essa forma de algodão doce branquinho que nem neve.
Esse lugar era simplesmente... Um sonho! Mas... Onde eu estou? Como eu estou aqui? E como eu saio?
Comecei a passear por ele, apreciando a vista, mas ao mesmo tempo preocupada. Sentei-me no chão, em frente a um lago azul que nem o céu. Então palavras passaram pela minha cabeça:
" A vida é uma peça de teatro, mas não permite ensaios. Por isso cante, chore, dançe, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."
Minha mãe dizia isso...Essa frase é fala de Charles Chaplin, e minha mãe sempre repetia para ela mesma ou para mim como se fosse uma mensagem.
"Posso ter defeitos, viver ansiosa e ficar irritada algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo e ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta." (Augusto Cury)
Minha mãe... Sempre dizia isso para ela mesma, quando estava triste. Quando era criança, não etendia o porquê, e nem agora. Mas eu sei que isso significa algo. Talvez eu também esteja passando por uma crise. Talvez isso seja um conselho ou algo do tipo.
Deitei no chão, fechei meus olhos e respirei fundo...
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Fui abrindo meus olhos, e me encontrei dentro de uma sala branca, com uma cortina a frente. Olhei para o meu braço e percebi que estava tomando soro provavelmente. Tentei me levantar, mas o que eu senti foi uma dor tremenda na barriga. Então eu me lembrei do acontecido. Na verdade não tudo, apenas a parte do quarto e da facada na barriga.
Entrei em desespero! Eu não tinha ninguém conhecido e nem nada, e quando eu olhei em volta, eu percebi que tinha um garoto loiro dormindo na poltrona. Era o Matthew. Mas o que ele estava fazendo ali? Fiquei pensativa por uns segundos, mas a única coisa que eu fiz foi sorrir... Então... Ele ficou ali o tempo todo?
Nunca imaginei uma cena desssas, por isso fiquei surpreendida. Deitei minha cabeça no travesseiro e fiquei o observando. Uns 3 minutos depois ele abriu os olhos olhou para mim e disse:
- Luna? Você tá bem? OH graças a Deus você tá bem.
- Sim... To com dor, mas... Parece que to melhor ao mesmo tempo - Disse sonolenta.
Matthew se levantou, botou as duas mãos no cabelo e começou a andar pela sala com preocupação e ao mesmo tempo feliz.
- Luna! Você dormiu por dias eu fiquei preocupado e...
- PERA AÍ! Você disse que eu dormi por dias?
- Sim... Na verdade nem foi tantos dias, foi dois e meio.
- QUE? Você tá brincando ne?
- Nem um pouco? - Ele me olhou sério - Luna, você foi encontrada desmaiada no corredor cheia de sangue. Ninguém encontrou pistas no seu quarto além dos rastros de sua ferida, bom... Minto. Eles encontraram sim.
- Como assim? Que pista? - Eu olhei para ele incrédula.
- Uma máscara preta jogada no chão, só isso. Mas o que eu realmente estou preocupado é o que aconteceu com você? Logo depois que você saiu do meu quarto...
- Bom... er... - Eu tava tentando inventar uma história, mas eu não to conseguindo. Eu acho que posso confiá-lo, então vamos lá Luna - Acontecer que...
Fomos ( fui) interrompida pela enfermeira que entrou no quarto.
- Bom dia Senhorita Brooklin, como está? - Ela abriu um sorrizo olhando para mim. Obrigada, sua vaca.
- Vai bem e você, senhorita... er - Olhei no crachá dela - Amber Lavinia?
- Bom, eu estou trabalhando, então...
- E eu estou no hospital, então acho que eu não estou bem certo? - Olhei cínica para ela. Ela não me parecia uma enfermeira comum. Chegou muito alegre hum ( Eu sei lá).
O matthew apenas observava com sombrancelhas arqueadas, querendo rir da situação.
- Bom, não importa, aqui está o seu café. Tenha uma boa manhã e qualquer coisa aperte este botão. - Ela apontou para um troço vermelho da cama.
Depois disso ela foi embora e eu olhei pro Matthew. Ele não disse nada.
- O que foi? - Perguntei para ele.
- Você é assim mesmo? Meio doidinha?
- Eu? Doidinha? Acho que você ficou tempo demais em um ambiente branco. Não sabia que isso causava efeitos colaterais.
- Aff Luna. Você sempre consegue ser irônica mesmo no hospital! - ele deu uma risada e eu também - Mas continue o que você estava falando.
Fiquei observando o café da manha bosta que eu ia ter que comer: Uma maça dura ( naaaaooo), um pão velho e... um suco de... Pera? Depois dizem que os jovens são doidos.
- Bom... Aconteceu que quando eu fui sair do seu quarto e ir para o meu, eu entrei no meu quarto, começei a procurar meu carregador, e um homem entrou na janela...
- Janela? Não é meio alto?
- CONTINUANDO... Ta ele entrou sim na janela. Você acha que foi daonde? Da privada?
- Não...
- CONTINUANDO, não, não foi da privada, mas tudo bem. Aí ele falo para eu entregar alguma coisa que eu não ouvi, aí quando eu disse "que?" para ele, ele tacou uma faca em mim.
- Foi isso? Mas e o homem?
- Ar er, eu sei lá cara, eu tava mais preocupada com a minha morte. - Menti praticamente tudo, mas eu não posso falar para ele, e não vou explicar o porquê.
- Hum, então ele deve ter fugido, mas como ele entrou pela janela no quinto andar?
- Cara, você acha que eu vi ele entrando? Eu sei lá, voando, pulando, nadando se arrastando.
- Você parece muito mal humorada, Luna tem certeza que você tá bem? - Ele deu um olhar preocupado, e eu não disse nada, apenas começei a comer o café.
Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que a enfermeira vaca entra de novo e diz:
- Senhorita Brooklin você tem visita. - Ela disse preocupada.
- Quem?
- Dr. Fábio da CIA - Quando ela disse isso Matthew tomou um susto e me olhou incrédulo, como se eu tivesse culpa.
- Er - Comecei falando - Tem como ser daqui a 5 minutos?
- Não. Ele diz ser urgente.
Matthew me olhava mais confuso do que nunca na vida dele e eu? Super híper normal, se não tivessem duas caras me olhando com certa duvida.
- Mande-o Entrar, por favor.
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Ready or Not, I'll be with you
Teen FictionLuna, uma jovem de 17 anos, sofre com a morte de seus pais dez dos 14 anos e meio. Sempre teve uma vida solitária e triste, até que finalmente se muda e começa a morar em um colégio. Conhece pessoas nova,e lida com um ambiente novo e consequentement...