É, o junpei já sacou tudo como eu imaginava.
Bem, somos amigos a bastante tempo, e ele já esta cansado de me ouvir falar de Ryoumei o tempo todo. Então acho que é inevitável.
- Tia, terminei de lavar a louça. – falei puxando a cortina da cozinha que dava direto para o bar.
Minha tia tem um bar, e eu ajudo ela anoite.
- Ah, Ao, venha cantar um dueto comigo agora? – pediu um dos clientes frequentes da minha tia que sempre vinham beber após o trabalho.
- Se você cantar a parte da mulher, eu topo!
- Haha! Tudo bem!
- Como é que é? Então você está dizendo que o garotinho é melhor que eu? – ela falou enquanto tirava o cigarro dos lábios.
Essa é a minha tinha, ela ainda trabalha como 'mama'. É uma mulher incrível, mais velha, muito interessante, elegante e o que ela tinha de gentil, ela tinha de sinceridade.
Eu me orgulhava de ser seu sobrinho.
- Teruko-mama ainda é uma flor em seu auge! – falou o homem sorrindo e puxando o saco da minha tia.
- Olhe, dois homens bonitos chegaram! – minha tia disse me cutucando.
Ela me cutucou, justamente por que era Ryoumei entrando pela porta.
Eu corri até eles e os levei até uma das mesinhas.
- Ryoumei, seja bem vindo! – eu disse sorrindo.
Ryoumei se sentou na cadeira e me olhou.
Fora do templo, Ryoumei era quase que completamente diferente. Não usava o quimono mas sim uma blusa preta, jeans e jaqueta, e o cabelo que está sempre para trás no trabalho, agora estava levemente bagunçado.
Seu jeito despojado o deixava anos mais novo.
- Ei, você esta ajudando hoje.
- Ou, eu também existo. – reclamou Shuu que estava sentando ao lado de Ryoumei.
- Oh, boa noite Shuu. – falei.
- E de repente seu humor muda. – Shuu reclamou revirando os olhos.
Eu não entendi.
- Teruko! Queremos comer! – Shuu disse dando um sorrisinho brilhoso para minha tia.
Não era que Shuu fosse folgado, mas assim como Ryoumei, Shuu já era quase de casa.
- Não somos um restaurante... Ah, tanto faz. Você está alimentando bem a Chisuzu? – perguntou minha tia a Shuu em referencia a sua filha.
- Claro, a Chisuzu come como uma esfomeada. – ele respondeu.
- Sua toalha molhada. – falei, dando uma toalhinha para Ryoumei.
- Ryoumei, você vai comer também?- perguntei.
- Acabei de comer, então não. Só sakê e uns petiscos.
- Entendido! Um sakê tia!
- Ei! Para mim também! – reclamou de novo Shuu.
~~~~~~~~~~~*
Depois que estava tudo ajeitado, Ryoumei me chamou na mesa.
- Ao, minha irmã te mandou. – ele disse indicando a caixa de doces da padaria deles – São apenas sobras, como sempre.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu amor não é platônico (Romance gay)
Roman d'amourAo viveu a maior parte da sua infância indo vindo, do templo até sua casa, e isso por que Ryoumei, um 'padre' muito novo do templo, praticamente criou-o. Mas quando ele cresceu, seus sentimentos por Ryoumei cresceram de uma forma assustadora. Como...