We should say goodbye

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Lauren POV

Assim que fui tirada daquele van, pude ver o lugar em que eu estava destinada a passar um longo tempo. Era todo acizentado com a pintura falhada, algumas janelas com partes quebradas, manchas esquisitas na nas paredes, guardas gigantes na porta. Parecia uma prisão. Como meus pais puderam me mandar pra esse lugar?

Comecei a ser puxada para dentro daquele lugar. Porque eu tinha quer ser puxada pra todo lugar? Eu poderia muito bem andar sozinha.

Assim que entrei me senti como se a minha liberdade tivesse sido arrancada a força de mim. Tinha incontáveis corredores todos com paredes brancas, parecia que eram intermináveis.

"Nova paciente. Faça a ficha dela." Um dos homens altos que me segurava avisou a moça que estava atrás da mesa da secretária.

"Nome? Idade?" Ela perguntou, ríspida.

"Lauren. Lauren Michelle Jauregui. Dezessete anos." Respondi, engolindo em seco.

"Qual seu tamanho de roupa?" Continuou ela, me encarando por aqueles pequenos óculos em seu rosto.

"Eu não sei." E eu realmente não sabia.

A mulher terminou de me fazer um monte de perguntas que eu não fazia ideia onde seriam usadas, mas finalmente acabou. Uma outra mulher que usava um vestido branco até o joelho, provavelmente uma das enfermeiras do local começou a me levar entre aqueles imensos corredores. Avistei um monte de portas, todas iguais. Estavam todas fechadas, e pareciam que tinham uma segurança incrível como se fosse pra eu ficar presa dentro delas e nunca mais sair.

"O seus horários serão entregues pra você em breve." Disse a moça, praticamente me empurrando pra dentro do quarto e me jogando uma roupa e dois pares de pantufas. "Coloque-a. Próxima vez que te ver, quero que esteja vestida e com as roupas antigas entregues." Assim, com essas últimas palavras me fechou dentro daquele cubículo que eu chamaria de quarto.

Havia somente um cama, com lençóis brancos como tudo naquele lugar, uma mesa de cabeceira com um abajur aparentemente velho. Este era meu quarto, era isso que eu tinha.

Tirei calmamente minhas roupas, já que teria o maior tempo do mundo nesse inferno. Troquei-me para a confortável porém horrível camisola azul de bolinhas e a pantufa cinza.

Deite-me naquela cama que aliás o travesseiro não era um dos melhores. Pensei comigo mesma, eu não poderia ser fraca, eu não iria ser, eu tentaria passar por essa situação de um jeito consciente, o que seria meio irônico já que eu estava em um hospício.

Dinah POV

Meus pais me levaram para casa depois daquele dia que passamos na delegacia. Estava certo, eu iria para um reformatório por supostamente ter matado o meu amigo, mas eles não sabem da verdadeira história. Mas meus amigos mentiram, não me ajudaram. Nunca esperei isso deles, mas era assim que as coisas funcionavam. Meus pais não falaram comigo, não foram ao meu quarto, nem olharam na minha cara. No dia seguinte, bem cedo, fui acordada por gritos de levanta bem altos em meus ouvidos, era um homem que tinha uma cara que me assustava um pouco. Meus pais estavam na porta observando toda a cena sem nenhuma expressão. Este homem começou a me puxar para fora de meu amado quarto e me levar escada abaixo para o lado de fora da casa. Ele colocou algemas em meus pulsos de um jeito bruto. Vi um carro grande, mas para uma van na porta e comecei a ser arrastada pra lá dentro. Sem nem me despedir, ou poder me preparar psicologicamente para isso.

Truth Or Dare (Verdade Ou Consequência) Onde histórias criam vida. Descubra agora