Truth Or Dare (Verdade Ou Consequência)

It has more to happen

Dinah POV

Havia passado muito tempo que eu estava vivendo nesse inferno. Eu não sabia mais quem eu era, não lembrava mais da minha vida antiga, eu não tinha mais amor no coração. Só pensava na vingança. Vingança contra aqueles que diziam ser meus amigos, mas me apunhalaram pelas costas nas primeira oportunidade.

Ainda me lembrava da promessa de Normani, naquela manhã que eu estava sentada no banco da delegacia. Eu lembrava. Eu ainda tinha esperanças.

Estava fazendo a limpeza diária de um dos banheiros imundos daquele lugar quando ouço a portar ser aberta com força e um homen de olhos e cabelos castanhos escuros e pele morena aparecer na minha frente.

"Quem é você?" Perguntei, continuando meu trabalho.

"Você não me conhece ainda, mais vai querer conhecer. Sou Noah." Ele respondeu, me encarando.

"Não me importo."

"Eu sou o primo da Normani. Acho, que você vai sim, se importar." Assim que ele disse isso, parei o que estava fazendo para prestar atenção.

"Então ela estava certa." Disse, não acreditando.

"Normani nunca quebra suas promessas." Ele disse, feliz.

"Porque nunca te vi trabalhando aqui?"

"Eu trabalho em outra área. Mas, isso não importa. O que é importa é como vou te tirar daqui."

"Então... Isso vai mesmo acontecer? Eu vou sair daqui? Mas... Não vão me procurar? E..." Fui interrompida.

"Isso tudo Normani te explicará. Eu vou te tirar daqui, apenas. O plano é o seguinte, meia noite, em ponto, você avisará o guarda dos corredores que está passando mal e precisa ir ao banheiro urgente, ele irá te acompanhar, fique lá dentro até ver meu sinal. Sairemos pelas portas dos fundos, por um caminho que só funcionários tem a chave. Normani estará te esperando na rua de trás. Quero que saiba que isso pode arriscar eu perder meu emprego e ainda ser preso por ajudar você a escapar, então faça tudo que eu mandar." Ele terminou e saiu do banheiro, não me deixando perguntar nada mais.

Eu ia sair daqui, e eu iria me vingar.

Lauren POV

Eu estava sentada na sala de lazer daquele lugar novamente, como todos os dias esse horário, jogando xadrez com uma senhora de tipo uns oitenta anos que demorava uns cinco minutos para resolver que peça iria mover. As pessoas desse lugar se divertiam de um modo esquisito, ficavam paradas encarando a parede, uns apenas cantavam músicas esquisitas por horas e horas e eu, bom, tentava me enturmar. Eu não era louca. Eu não deveria estar aqui. Isso está me matando, esse lugar não é para pessoas com problemas mentais, acho que a verdadeira intenção é te deixar uma doente mental. Esse lugar é todo branco, sem cor alguma, e você fica horas sem fazer nada, não existe atividades interessantes, não pode fazer contato com pessoas de fora. Deveria ser proibido qualquer pessoa vir para esse lugar.

Lá estava eu, esperando a mulher a minha frente tomar a decisão de qual seria sua jogada quando algo, ou melhor, alguém chamou minha atenção. Havia uma moça de cabelos e olhos castanhos, magra, vestida toda de branco, poderia ser uma das enfermeiras daqui, mas não era, eu reconheceria aquela garota em qualquer lugar. Camila. Ela estava aqui.

Ela me olhou, deu um sorriso rápido e voltou a conversar com a mulher na sua frente. Isso fez um sorriso abrir automaticamente. Fazia tanto tempo que não via alguém conhecido, que ver ela foi como mil fogos de artifícios estourando dentro de mim.

Camila começou a caminhar calmamente em minha direção, e levantei sem me importar em deixar a senhora jogando sozinha. Eu queria abraça-la e tudo mais, porém me contive, isso poderia estragar com tudo.