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Fechei os olhos com força, e comecei a me virar lentamente. Quando julguei ter dado meia volta e estar virado para a cama, tremendo de medo, abri os olhos de uma vez.
E não ví ninguém na cama.
Aonde em menos de um minuto estava uma menina branca de medo, me pedindo para olhar se tinha alguma coisa
(alguém)
no armário, agora havia desaparecido, e dentro do armário, o que seria o monstro que minha priminha na cama estava com medo era na verdade...
Era na verdade minha prima.
Na hora, nem pensei duas vezes: peguei minha prima e a levei para o meu quarto. Deitamos eu e ela na minha cama e eu comecei a acalmá-la, já que ela devia ter ficado com medo depois de eu ter a tirado bruscamente de seu quarto.
E então, depois de um pequeno espaço de tempo, dormimos.
Acordei na manhã seguinte, com o Sol entrando pela janela, e a primeira coisa que fiz foi procurar por Joana;
Não estava no quarto.
Já devia ter acordado, eu pensei, e foi tomar o café; de fato, já havia.
Encontrei-a sentada na mesa, comendo um sanduíche e bebendo um achocolatado.
- E ai Joana... - Eu disse, calmamente - Tudo... Tudo bem?
- Tudo jóia - Ela respondeu, feliz - Você dormiu bem, Pedrinho?
A pergunta dela me estranhou
- O... Quê? - Perguntei, meio sem jeito.
- Você dormiu bem? - Repetiu ela, mais alegre do que nunca.
- Como assim, Joana? - Eu retruquei, agora começando a ficar atordoado.
- Como assim o quê?
- Nós dormimos juntos ontem, não lembra?
- Acho que não, Pedrinho.
A resposta dela me deixou realmente asusstado.
- Mas Joana... Como assim?
- O que foi? - Ela disse, começando a me estranhar.
- Nós dormimos juntos ontem... Eu fui até o seu quarto... Você tava dentro do armário... Eu levei você para o meu quarto, e aí nós dormimos juntos... Não lembra?
- Acho que não, Pedrinho.
Como diabos ela não lembra?
- Não estou... Não estou entendendo... - Eu disse, atordoado.
- Pedrinho, olha só - Ela disse, pacientemente - existe uma coisa que chama sonho. E essa coisa, não sei se você sabe, é bem normal - Disse ela, e depois deu um risinho.
Pensei um momento sobre isso. Não. Eu tinha certeza, não tinha sido um sonho. Simplesmente não tinha. Tinha sido real demais.
- O que... O que você ficou fazendo então? Antes de dormir? - Eu perguntei
- Fiquei mexendo no celular, um pouquinho - Ela respondeu, indiferente - E depois, fui dormir. Só isso. E você?
- Não... Não pode ser - Fui, então, para o banheiro e lavei meu rosto.
Teria sido realmente um sonho? Teria tudo realmente, de fato, passado dentro da minha cabeça? Não, não podia... Tinha sido real demais para ser um sonho... Se ao menos eu tivesse alguma forma de provar que tudo havia de fato acontecido...
E então, me lembrei: A mensagem! A única razão pela qual eu fui até o quarto de Joana noite passada! Ela me chamou por mensagem!
Então, com esse pensamento na cabeça, corri para o quarto para buscar meu celular. Apanhei-o, ao chegar no quarto, e procurei minha conversa com Joana.
De fato, ela tinha me mandado uma mensagem. Porém, para meu espanto, a mensagem não dizia o que eu achava
(Tinha certeza)
que tinha dizia. Não era um pedido de Joana para eu ir no quarto dela.
Dizia, simplesmente, Adeus.

FIM

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⏰ Última atualização: Jul 20, 2017 ⏰

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