a fúria

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Ao ver minha mãe na porta observando aquela cena que pra ela devia ser grotesca ,eu me levantei rápido e o pau do pedreiro saiu de dentro de mim com o pau quase mole ,e minha mãe começou a chorar e foi pra cima do pedreiro batendo nele e gritando coisas do tipo ( "você estuprou meu filho" "eu vou te matar" "você machucou o meu bebe") eu me coloquei a frente do pedreiro e gritei "mãe foi eu que quis" e na raiva minha mãe paralizou e derrepente bateu com a mão em minha cara e fez a seguinte pergunta " você gosta de homens Bruno?" Eu chorando e com a mão no rosto com a dor do tapa repondi "sim, sim mãe eu gosto de garotos ,eu sou gay mãe" e senti mais dois tapas no meu rosto e ela mandou eu entra e jogou o dinheiro dos dias trabalhados na cara do pedreiro e disse que não queria ver ele nunca mais.
Eu fui direto pro meu quarto e fechei a porta e logo em seguida vi a porta se abrindo , era minha mãe com uma cinta na mão e ela começou a me bater e bateu por muito tempo e ao se cansa de me bater ela se ajoelhou no chão e chorando disse " você não pode fazer isso comigo, você não é essa coisa" .
Eu chorando disse a ela "mãe eu sou gay e não posso mudar isso", e minha mãe chorando me deu duas alternativas.
"Ou você vira homem ou pode sair da minha casa."
E eu comecei a colocar minhas roupas em uma mochila e peguei o pouco de dinheiro que eu ainda tinha guardado e fui em direção a porta e chorando eu disse "mãe eu te amo ,mas dentre as alternativas eu escolhi a que é certa" e sai de casa correndo deixando pra trás minha mãe chorando e deixei pra trás minha casa e minha vida ao lado de Minha família.
Eu acabei entendendo que a fúria da minha mãe não era a toa, não era errado ,ela simplesmente não queria que eu sofresse.
Mas eu fiz a minha escolha e tinha que começar a viver minha vida, e sabia também que não seria fácil ,mas teria que fazer meu futuro e eu estava sozinho a partir de agora.

o garoto de programaOnde histórias criam vida. Descubra agora