Parte I

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N/A: Hello everybody! Como estão? Bem, essa fanfic é uma short que eu dividi em 4 partes, que vou ir postando no passar dos dias :) Espero que gostem!


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Eles não eram um casal comum, sabiam disso. Rose Weasley e Scorpius Malfoy sempre foram incompatíveis. Como a água e o vinho, e como o Sol e a Lua. Sempre competiram entre si e apostar em um relacionamento entre os dois nos tempos de Hogwarts era algo completamente insano e sem fundamento algum. E foi exatamente por esse motivo que eles chocaram a todos quando revelaram que estavam namorando, em meados do sétimo ano.

Ninguém, absolutamente ninguém, naquela época acreditou que aquela história de namoro entre os dois pudesse durar até o final do ano, afinal, eles sempre foram Rose Weasley e Scorpius Malfoy: aqueles que viviam duelando e tentando se matar pelos corredores.

Mas para a surpresa geral da nação – e para o completo desespero de Ronald Weasley – o namorico adolescente, iniciado por culpa dos malditos hormônios, durou dois anos e resultou em uma honrosa cerimônia de casamento. Sim, um completo seriado adolescente norte-americano, em que a mocinha fica com o cara mais irritante e galinha da escola – cujo qual se apaixona perdidamente por ela e muda para ser merecedor do seu amor.

Realmente lindo, eu sei. Mas não foi exatamente isso o que aconteceu. Apesar de estarem em um relacionamento sério e de amarem um ao outro muito mais do que a si mesmos, as discussões não cessaram. A única diferença que o matrimônio trouxe, eram que as reconciliações se tornaram mais tórridas, normalmente ocorrendo no tapete da sala, em frente à lareira, ou em cima da pia da cozinha.

Quando iniciaram aquela relação conturbada e cheia de altos e baixos, ambos acreditavam que todas as discussões terminariam sempre da mesma maneira: em uma calorosa noite de sexo em algum local estratégico e – supostamente – excitante da casa.

Mas por alguma razão desconhecida, aquela discussão estava sendo mais longa e ácida que o normal. E para Scorpius Malfoy, completamente ridícula e sem sentido. Estavam trocando insultos há mais ou menos meia hora, tudo porque ele teve a infeliz idéia de dizer que o vestido que ela havia escolhido para o aniversário do primo – que ocorreria na próxima semana – estava apertado.

– Você me chamou de gorda! – Ela bradou furiosa, enquanto procurava alguma coisa pelo quarto.

– Eu não chamei você de gorda! – Ele se defendeu. – Apenas disse que o seu vestido estava apertado, são coisas completamente diferentes! – Ele tentou explicar, completamente frustrado com toda aquela confusão.

– Eu vesti esse vestido há um mês, em um chá de sua avó! E adivinhe? – Ela perguntou irônica. – Você disse que eu estava linda! E se o vestido está apertado agora, significa que eu engordei. E QUE VOCÊ ME CHAMOU DE GORDA! – Ela gritou, sentindo seus olhos arderem devido às lágrimas. – Sabe o que você deveria fazer? – Ela perguntou de forma retórica, enquanto jogava o casaco por cima dos ombros. – Deveria correr até Wendy Thompson. – Ela disse de forma ácida e venenosa. – Talvez a sua secretariazinha, sendo mais magra e esbelta do que eu, possa lhe satisfazer pelos próximos cem anos da sua vida!

Scorpius revirou os olhos, pensando consigo mesmo que o drama mexicano iria começar mais uma vez. Se havia uma coisa que havia aprendido naqueles quase cinco anos de relacionamento – sendo que três deles de casamento – era de que não adiantaria de nada ele tentar se defender. Enquanto Rose estivesse surtada, ele sempre seria o culpado. Ponto final e fim de conversa.

Mas era impossível não notar que os ataques de Rose estavam ficando mais freqüentes e agressivos de umas semanas para cá, Scorpius pensou. Estava tão concentrado formando uma teoria para as causas dos surtos psicóticos de sua esposa, que se sobressaltou ao ouvir a porta do quarto bater. Impaciente, revirou os olhos mais uma vez, e caminhou a passos largos, abrindo a porta com força e andando pelo corredor, encontrando-a na sala.

– Quantas vezes eu vou precisar dizer que Wendy não chega aos seus pés? – Ele perguntou enquanto passava as mãos nos próprios cabelos, completamente nervoso. – Rose, foi você quem eu escolhi para dividir a minha vida, não ela.

Scorpius tentou observar a reação de Rose, mas notou que ela nem ao menos estava prestando atenção nele, parecia ocupada demais procurando alguma coisa na bolsa. E ele sentiu seu corpo retesar inteiro ao ver o brilho das chaves do carro – uma excelente invenção trouxa, mas que nas mãos de Rose se tornava uma máquina mortífera de primeira linha – nas mãos da esposa.

–Hey! Aonde você vai? – Ele perguntou ao vê-la pegar a bolsa e se dirigir para a garagem.

– Não é da sua conta, Malfoy. – Ela disse entre os dentes.

A realidade é que Rose Weasley Malfoy estava furiosa. Como se não fosse o suficiente ela estar com um problema suficientemente grande, Scorpius Malfoy resolveu cutucar a ferida a chamando de gorda.

Naquele momento, a única coisa que ela desejava era fugir, e sabia exatamente para onde quando jogou a bolsa pela janela do passageiro e contornou o carro, sentando no lugar do motorista. Ela sabia perfeitamente bem que Scorpius estava pendurado na porta, implorando para que ela abrisse. E uma parte dela queria que ela esquecesse tudo e terminasse aquela discussão ridícula da mesma maneira que eles sempre terminaram as outras: na cama. Mas a outra parte, uma completamente irracional que dominava seu cérebro, dizia que era para ela dar marcha ré e sumir. Seria bom para ele sentir um pouco de desespero.

E foi por isso que ela sorriu maléfica na direção de Scorpius antes de girar a chave na ignição e ouvir o ronco do motor. O rosto desesperado do marido pareceu lhe dar ainda mais motivação, o que fez com que ela desse a partida no carro sentindo um êxtase que nunca havia sentido na vida.

Se antes estava com vontade chorar de raiva, naquele momento, enquanto dirigia pelas ruas desertas de Londres, ela queria gargalhar. Já esquecida da briga e dos gritos, ela apenas se divertia enquanto imaginava o desespero do marido.

E quanto a Scorpius Malfoy, bem, ele encarava o local, agora vazio, em um misto de preocupação e raiva. Preocupação, porque Rose não era um exemplo a ser seguido no transito ( e porque ele tinha medo daquela invenção trouxa - preferia aparatar, com certeza), e raiva porque naquela noite eles não iriam para a cama. Indignado – e sem ter a mínima noção de onde Rose pudesse ter ido – ele puxou o aparelho celular que sua esposa lhe dera no Natal e buscou o número tão conhecido de Albus Potter.

Enquanto encarava uma última vez a garagem vazia e ouvia, ao longe, o som do motor da BMW, ele cogitou a idéia que o melhor amigo havia lhe dado ainda nas vésperas do seu casamento. É. Talvez instalar um rastreador via satélite em Rose não seja uma ideia tão ruim assim.

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N/A: Vou atualizar a fic em breve, espero que gostem :) Estou com os capítulos prontos, só depende de vocês :) E então, pra onde acham que a Rose foi?

Beeijo


MotherOnde histórias criam vida. Descubra agora