Uma carta na manga (Cap - 58)

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(Alexandre)

O clima está tenso aqui na sala, achei que Cronos tivesse sido exilado após alterar algumas coisas contra a vontade de Deus... isso significa que Deus realmente está morto, e provavelmente a morte também está de volta. Agora é oficial, a raça humana corre sério risco de se extinguir. esses dois odeiam mais os humanos que todos os anjos caídos juntos, isso é um problema bem sério...

- Não vou te dizer onde ela...

- O Bruno está bem? - escuto a Erika bem atrás de mim. Mas que inferno essa garota.

- ERIKA, CORRE! PEDE PRA RAISSA TE TIRAR DAQUI! - empurrei ela para fora do quarto e fechei a porta. Ele deu risada.

- Uma porta fechada, muito útil para me parar! Você me faz rir Alexandre! - ele saiu de cima do Bruno e veio andando em minha direção, senti meu coração acelerar, como é horrível este corpo humano. Dei um sorriso de deboche.

- No tempo que eu estive ao lado do Luci eu aprendi alguns truques bem legais, quer ver? - ele parou.

- Me mostre, vamos ver se você aprendeu direito esses truques.

- Sabe como é... sempre tenha uma carta na manga. - puxei da manga do meu terno um papel do tamanho e formato de uma carta, virei a parte que estava escrita para ele. - Reconhece isto? - O sorriso em seu rosto sumiu em uma fração de segundos.

- Você não se atreveria... - nesta carta estava uma magia em escrita antiga, uma escrita que apenas os três irmãos, os anjos mais velhos e eu conheciam, eu apenas a conhecia por ter aprendido com o Lucifer. Esta era uma magia de banimento, todos os seres considerados divinos que estiverem próximo a escrita quando ela for ativada seria banido da terra por tempo indeterminado, este banimento tem um destino, o purgatório.

- Ana, Bruno... me perdoem. - Fiz um leve corte na mão e pinguei meu sangue na carta.

- NÃO! - tudo ficou escuro, após alguns segundos meus olhos se acostumaram a baixa luminosidade.

- Bem vindos ao purgatório. - olhei para ver de onde vinha essa voz meio rouca e cansada, e lá estava um senhor com um manto meio rasgado, não dava para ver seu rosto. Quem é esse velho?

- Eu te mato seu... - o velho entrou na frente de Cronos antes de ele me atacar.

- Não se atreva Cronos... - Não acredito, velhote... Eu sabia, ele não podia estar morto! senti uma lágrima de felicidade escorrendo pelo meu rosto, abri um grande sorriso. Talvez nós tenhamos uma chance de vencer essa guerra.


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