Paulo

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Capitulo 5 •PAULO•

Onze horas da noite a companhia toca, eu estranho, ninguém bate aqui uma hora dessas. Abaixo o volume da televisão e arrumo o pau na cueca. Ando de vagar em direção à porta, a companhia toca de novo e dessa vez uma voz grossa me chama.

- Paulo, sou eu Nathan - bufo e abro a porta.

- O que faz aqui uma hora dessas Nathan? - pergunto de cara feia.

- A gente precisa conversar - ele diz entrando sem esperar eu convidar.

- Deve ser muito sério mesmo, pra você bater na minha porta uma hora dessas e entrar aqui dessa forma.

- Você realmente não se importa? - ele questiona franzindo o cenho.

- Não compreendo. Aonde quer chegar com isso? Vamos direto ao ponto. - cruzo os braços e com o dedão e o indicador, acaricio o queixo.

- A Jasmin gosta de você, isso é óbvio - ele diz e eu rio sarcástico.

- AH ela gosta de mim? - dessa vez eu gargalho - Essa garota me conhece um dia, UM único dia.

- Eu vou explicar só uma vez e eu espero que você entenda - seu tom é duro, e eu penso que talvez esteja tentando me intimidar - A Jasmine NUNCA se interessou por nenhum cara, NENHUM, NUNCA, ela é intocada. E pela primeira vez eu a vejo olhar com outros olhos para um cara, você é o primeiro, então sinta-se lisonjeado, por que ela é uma garota incrível e eu não a quero vê-la chorar de novo da forma como chorou hoje.

- E.....? Você quer o que? Que eu fique com ela a força? Ela não me atrai, meu pau não sobe pra ela, ela é muito meiguinha pro meu gosto, não dá, eu gosto de mulher, de mu-lher, não de uma garota apaixonada no meu pé. - lhe dou as costas e vou pro sofá e volto a assistir meu jogo tomando um gole da minha cerveja que já está meio quente.

- Quanto você quer? Quanto? Eu pago o preço que quiser - ele aumenta um pouco o tom. Minha cabeça gira por conta das cervejas que já tomei.

- O que? - pergunto incrédulo.

- Eu pago. Fica com ela que eu pago quanto você quiser. - ele responde rápido.

- Ela não sabe disso né? E provavelmente não vai saber quem é o tão grande amigo dela. - debocho olhando sua cara de desesperado.

- Essa parte não desrespeita a você. Você só precisa dizer sim ou não. - ele pressiona.

- Dez mil dólares - jogo na lata meu preço.

- Dez mil? - pergunta incrédulo.

- Está pouco pra você? Posso aumentar.

- Não, eu aceito. Amanhã mesmo eu te pago. Mais você precisa começar a se aproximar dela amanhã mesmo, o mais rápido possível - ele diz autoritário.

- Se você não me pagar, ela vai ficar sabendo dessa conversa. - ameaço.

- Amanhã sem falta - responde e logo tira um papel no bolso da calça e me entrega - Esse é o endereço de onde ela está. Na casa dos avós. Se você não for, eu vou saber. Espero que cumpra sua parte, por que eu vou cumprir a minha. Até uma próxima Paulo.

Ele bate à porta e eu bufo jogando a cabeça para trás, arrasto as mão na cabeça empurrando a os cabelos pra trás.

•••

São nove da manhã e eu estou quase pronto para ir a casa dos avós da Jasmine.

Visto uma calça preta, uma regata preta e um coturno preto. Saio de casa sem ao menos tomar café. Mais não me importo, qualquer coisa eu como na rua.

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