O Labirinto

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    Eu vejo saudades como um labirinto. Onde você procura, procura e procura a pessoa, mas não consegue achá-la.
    Conheço bem a sensação. Minha vida inteira eu tive que me mudar muito, então saudade virou algo cotidiano para mim.
    Acontece que hoje eu senti uma saudade de algo que estava perto.
    Era como se estivéssemos perdidos no labirinto, procurando um ao outro, mas nos distanciando cada vez mais.
Era como se ele estivesse do meu lado, mas tivesse uma parede nos escondendo.
    Era como se a dor do meu peito não tivesse fim.
    E eu andava, andava e andava pelos corredores do labirinto, chamando-o. Mas ele não aparecia, como se fosse invisível.
    Mas um dia isso tudo teve um fim. Eu o procurava, olhava para os lados pensando que talvez ele simplesmente aparecesse, de repente. Ideia de maluco? Essa é minha especialidade.
    Quando eu vi a sua sombra passar, e corri atrás daquilo que nem sabia o que era, mas que sempre desejei.
    Finalmente o achei, e não me importava mais em estar perdida, pois já tinha me achado, já tinha achado ele, e não precisava de mais nada.
    O labirinto já não tinha forças, e suas paredes cairam, revelando o lugar mais lindo que já vi, florido e com o céu mais azul que se pode imaginar, mas nada me parecia tão belo quanto o sorriso dele, que era o retrato de tudo que é bom, de tudo que é feliz.
    Apenas algumas pessoas conhecem esse lugar, você é uma delas?

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