*Fernanda é a da foto.
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~>Fernanda narrando.
-Fernanda meu amor,abra os olhos!-Uma voz me chama,tocando levemente meu braço.
Tento abrir os olhos mais o sol que invade as janelas me incomoda um pouco.
Tento mais uma vez abrir os olhos e dessa vez,me deparo com Clarisse,a nossa vizinha da casa ao lado.Ela era una mulher doce e gentil,seus cabelos eram castanhos claros,olhos azuis da cor do céu, pele branca e macia.Ela deveria ter uns 40 anos,já possuía filhos e seu marido havia morrido devido a causas naturais.
Clarisse sempre me ajudou e ajudou meus pais,me viu crescer e deixava seus filhos brincarem comigo quando éramos pequenos.Para mim,ela era a minha segunda mãe.
-Você se lembra de algo?-Ela pergunta e eu faço menção de levantar, mais a mesma me impede.-Não se levante,ainda está se recuperando devido ao desmaio!
Tento me lembrar o motivo e é ai que me recordo de tudo.O policial,meus pais...
-Não, eles não podem ter morrido!-Digo,em meio as lágrimas e soluços.
-Sinto muito,minha menina!-Ela disse e veio ao meu encontro,me abraçando forte e afagando meus cabelos.
-Onde eles estão? Quero vê-los!-Informo e ela se afasta de mim.
-Estão no necrotério. Você precisa ir até lá para identificar os corpos!-Ela avisa e mais lágrimas começam a aparecer.
-Não vou conseguir vê-los dessa maneira!
-Vai sim,sabe porquê? Porque você é forte e corajosa. Vamos,eu levo você até lá!-Ela diz e me ajuda a levantar da cama.
Observo ao meu redor e constato que estou em casa,mais precisamente no meu quarto.Pego minha bolsa e logo depois,começamos a descer as escadas em direção a porta principal.
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Alguns minutos depois.
Chegamos ao necrotério e nos dirigimos a porta de entrada.Chegando lá, fui até a recepcionista e me identifiquei.Fui encaminhada até uma pequena sala junto com o médico legista.
-Irei avisar que o estado em que os corpos estão, não é o dos melhores!-Ele informa e eu estremeço.
Respiro fundo e assinto.Ele caminha até uma espécie de gaveta e eu o sigo.Logo em seguida ele a abre,me fazendo congelar com a imagem a minha frente.
Minha mãe está com a cara cheia de arranhões,sua pele branca está manchada e muito mais pálida. Seus lábios que eram rosados,estão roxos e com um corte lateral e alguns fios de cabelos pretos estão faltando em sua cabeça.
-É a sua mãe?-O médico pergunta,me tirando dos meus devaneios.
-Sim,é ela!-Sussurro,sentindo uma lágrima solitária escorrer pela minha bochecha.
Ele se afasta e vai em direção a outra gaveta, puxando-a e revelando meu pai.
Ele está do mesmo jeito que minha mãe, mais com um grande corte sobre o peito.Sua barba está mal aparada, me lembro que ele disse que iria tira-la quando voltasse de viagem.Sorriso ao lembrar dele falando isso e se olhando no espelho.
-Feche,não estou em condições de olhar para os dois!-Digo e saio pela porta.
Me encosto na parede e desabo até cair no chão frio.Choro e começo a soluçar.Isso não deveria ter acontecido.Eu precisava deles,ainda preciso deles.Como vou seguir minha vida agora? A quem foi mostrar e comemorar minhas vitórias?
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Amor De Cawboy
RomanceLucas é um cara boa pinta, divertido, que adora desafios e cavalgadas. É herdeiro de uma grande fortuna e vive com a avó na fazenda Diamantina no interior de Minas Gerais. Gosta de sair, farrear,como todo homem no auge dos seus 25 anos.Sua grande pa...