Cap.2 - Quando o Sol se foi

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De repente uma paz nos invade, apenas ficamos ali, imóveis, admirando aquela maravilha de criação...
Quando o Sol enfim desapareceu por inteiro todos começaram a gritar e a festejar, senti uma leve lágrima percorrer meu rosto, então corremos juntos em direção à piscina  e mergulhamos nas águas que refletiam o céu rosado.
Naquela noite nada mais importava, nada, apenas pude sentir o incondicional amor de Deus sobre mim me trazendo paz.

 Foi ficando tarde e o tempo foi esfriando mesmo assim alguns dos meus colegas de classe permaneciam na piscina; com exceção aqueles que estavam se pegando em baixo de alguma árvore.  Esfreguei minhas mãos em meus braços na tentativa de aquecê-los, e no mesmo segundo levo um susto com Dylan O'Brien, um garoto lindo, alto, cabelos escuros, olhos castanhos claro:
- Tome, se não irá congelar - diz ele, me entregando sua blusa de moletom cinza azulada.
- Não precisa - solto um risinho para disfarçar o nervosismo - estou bem, pode deixar.
- Não posso deixar você aqui no frio, nunca me perdoaria.
 Ainda não conhecia Dylan pessoalmente, já ouvi falar dele pois minha prima estuda no mesmo colégio que ele, e sempre vou para a casa dela nos fins de semana e saímos bastante com os amigos dela, incluindo Dylan.
 Enfim pego a blusa e agradeço, começamos a conversar assuntos aleatórios e minha barriga parecia conter um enxame de borboletas destinadas a me matar de nervosismo, ele me fazia rir, gostei de conversar com ele.
 Ficamos lá papeando noite à dentro, e então eu avisto Tay, Toris, Bibi e Augusto correndo em nossa direção, quando enfim viram que eu estava com Dylan pararam de correr e se sentiram um tanto envergonhados, mesmo assim disseram nervosos:
- Britt, você têm que nos ajudar! - diz Tay em um tom angustiante de desespero.
- O que houve?! - disse, assustada pelo que poderia ter ocorrido.
- Regina sumiu e não conseguimos encontrá-la!
De repente tudo parou por um segundo, o olhar de desespero nos olhos de Augusto foi de dar dó, onde estaria sua irmã!?
Saímos em disparada para todos os cantos em busca da garota, nos separamos para cobrir um território maior, Toris e Taylor foram na área da piscina caso ela estivesse lá, mas nem sinal dela. Bibi e Augusto, que estava completamente desesperado, foram procurá-la dentro dos chalés caso Regina estivesse apenas se trocando ou até mesmo em um cochilo, já que não atendia o celular. Eu e Dylan aproveitamos já estarmos perto do campo de futebol e fomos procurá-la em um local da chácara que era mais afastada da festa, nas arquibancadas, caso estivesse em um passeio. Aquela área era escura e não tínhamos muita visão, de repente ouvimos algo, não soube identificar de onde vinha, mas Dylan sim! No mesmo instante ele entra na minha frente e me pede para esperar ali:
- Mas de jeito nenhum, eu vou com você, primeiro que não vou ficar aqui nessa escuridão sozinha, segundo que pode ser minha amiga em perigo! - digo e agarro seu punho.
- Esta bem, mas tome cuidado. - Ele diz, girando o pulso e segurando minha mão.
 De repente vimos duas sombras, chegamos um pouco mais perto e levamos um susto:
- Ai meu Deus do céu!!!
- O que vocês estão fazendo ai? - Pergunto em seguida do susto de Regina.
- É...estávamos...é...conversando!
- CONVERSANDO E NÃO ATENDE ESSA MERDA DE TELEFONE!? - digo brava, depois de encontrá-la e, aliviada por estar bem, fiquei com raiva por ter nos feito passar tanto nervoso e ansiedade.
- Ah droga...acabou a bateria! Não tinha notado.
- Okay, mas precisamos ir, você simplesmente deixou seu irmão branco papel por medo do que poderia ter acontecido contigo.
- Ai meu Deus, com certeza ele vai contar pro meu pai e vou ficar o resto das férias de castigo.
 Nisso, David Henrie, garoto que morava perto da casa de Regina segurou em sua mão com seus dedos entrelaçados, foi quando notei que estava exatamente assim com Dylan, então soltei rapidamente, e quando íamos retornar levamos um susto com Taylor, Ansel (namorado de Tay), Bibi, Augusto, Toris e... Não soube dizer quem era pois estava escuro, porém quando se aproximou pude ver...era Gustavo, "Guxtavo" como chamava carinhosamente Toris. Ela era apaixonada por ele já fazia um tempo, porém ela não tinha coragem de dar o primeiro passo e dizer isso para ele. Era linda a minha visão deles, estavam bem na frente da única luz que vinha da festa e que alcançava o campo, suas sombras caminhavam juntas em nossa direção.
Então quebrando o silêncio Augusto diz muito irritado:
- O que diabos você está fazendo aqui perdida no escuro com esse garoto, e porque raios não atende o telefone?!
- Augusto....eu posso explicar... - diz Reh, morrendo de vergonha de si.
- Calma amor, não precisamos fazer um escândalo também né... Ela está bem, viu, esta com o David! - diz calmamente Bibi, referindo-se ao primo que continuava de mãos dadas com a alta menina.
- Não interessa, vou contar tudo pra nosso pai e você vai ficar encrencada.
- PARA AUGUSTO! Você não vai fazer isso porque quando você está de castigo e quer sair comigo sua irmã te da cobertura e mente por você, pare de ser assim!
 Antes que qualquer um de nós pudesse dizer algo o relógio de pulso de Dylan apita como um despertador. Levamos um susto com fogos de artifício que cortavam o céu de maneira magnífica. Ficamos todos deslumbrados com as luzes e cores lindas que cortavam o céu escuro do campo de futebol nada iluminado. Depois apenas ficamos lá, parados em fila, um do lado do outro; Taylor e seu namorado estavam abraçados, igualmente como Bibi e Augusto. Toris e Gus estavam duros como estátuas, sem reação, corados de vergonha. Regina e David não queriam dar muito alarme sobre a suposta relação, então ficaram apenas de mãos dadas. Eu e Dylan estávamos bem perto, imóveis, sem saber o que pensar um do outro, então finalmente sinto sua mão tocar a minha a seus dedos se entrelaçarem nos meus. As luzes no céu pareciam explodir exatamente para todos nós.

Depois que todos voltaram à festa ficamos eu e O'Brien em uma mesa circular.
- Por que nunca conversamos antes?
- Porque nunca tínhamos sobre o que falar. Éramos estranhos um para o outro.
- Mas eu devia ter tido coragem de ir falar com você antes. - diz Dylan olhando pra baixo com um sorriso bobo.

Voltamos para junto de todos. E então bateu 02:00 horas da manhã no relógio de Dylan, novamente apitando. Pegamos nossas coisas e fomos em direção ao carro de Augusto. Toris foi pra casa de Gus com o carro dele, Taylor com Ansel de moto, Bibi, Augusto e Regina foram juntos, Reh se despediu de David e ele ficou observando o carro sair.
 Dylan se ofereceu para me levar em casa. Aceitei, ele era um cara legal. Quando chegamos ele desceu e me levou até a porta:
- Então é aqui que mora? Um pouco longe da casa de Shelley, não? 
- Sim, por quê? Achou que eu morava perto da Shell?
- Sim, mas sabe de uma coisa: eu também não moro perto da casa da Shelley. Moro mais perto do seu bairro mesmo. O bom é que assim posso ver mais você. - diz Dylan, logo fazendo uma expressão de arrependimento, talvez pensando ter dito mais do que deveria.
- Claro! Por quê não - digo, com um sorriso simpático.
- Boa noite Britt Robertson.

Vivendo do MEU jeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora