1° Capítulo

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2 anos e duas semanas depois...

Levantei-me da cama, praticamente me arrastando. Hoje iniciarei o terceiro ano do ensino médio. Meu estômago embrulha pelo simples fato de lembrar-me que, este é o último ano e tenho que decidir qual curso farei.

Há 2 anos atrás eu cheguei nessa casa, logo de cara conheci o melhor amigo do meu irmão - Meus pais só ficaram sabendo que ele morava conosco há duas semanas atrás, meu irmão não tinha falado para eles, pois, sabia que não me deixariam vir morar com ele por ter um "desconhecido" morando na mesma casa que, sua bebê que, neste caso, sou eu -, Não foi uma experiência legal, nos implicamos desde o momento em que pus os pés aqui. Até o som da voz dele me estressa.

Coloquei a toalha em meu ombro e sai do quarto, neste momento, avistei uma figura de olhos verdes pendendo e preparada para ir ao banheiro. Apressei os meus passos.

- Sai Rafael eu vou tomar banho primeiro - o empurrei e ele me empurrou de volta, franzido a testa e fazendo bico. Babaca.

- Vou tomar banho nesse banheiro ou eu não me chamo Alicia. - murmurei ainda, empurrando-o.

- Então sai daqui, Tereza, eu que vou primeiro! - rebateu, apressando os passos, porém, sendo interrompido por um puxão que eu dei em sua camiseta.

- Se você entrar primeiro eu arranco sua cabeça filhote de Cruz Credo - o fuzilei com os olhos e trinquei os dentes.

- Alison a meio metro está me olhando estranho de novo - encarou meu irmão e o mesmo levantou as mão em sinal de rendição.

- Não tenho nada haver com isso, vou para faculdade - Alison, meu irmão, o respondeu. Hoje iniciaria na faculdade, fará medicina.

- Não me deixa sozinho com ela - Suplicou Rafael e eu revirei os olhos.

- Boa sorte, amigo! – e como resposta Alison saiu depressa e fechou a porta.

Nós nos entreolhamos e falamos ao mesmo tempo: - Eu vou primeiro

Nós dois corremos ao mesmo tempo, acabamos nos esbarrando e caímos no chão, eu por cima e ele por baixo, mas ele logo inverteu as posições. Eu comecei a me debater.

- Sai de cima de mim, baleia assassina! - falei, tentando empurrá-lo, mas ele segurou em meus pulsos.

Nos entreolharam, ele se aproximou devagar e nossas respirações se misturaram em questão de segundos, logo ele uniu nossos lábios. Seus lábios macios, já os meus estavam um pouco ressecados. Pediu passagem com a língua e eu tentei me debater, mas acabei sedendo, e nossas línguas travaram em uma batalha por um bom tempo e nos separaramos com selinhos.

Quando o beijo acabou ele me olhou e sorriu, eu fiz uma careta, dando-me conta do que havia acontecido e o empurrando em seguida, fazendo com que as costas dele batessem com força no chão devido ao impacto.

- Aí meio metro! Doeu! - resmungou, fazendo uma carinha de cachorrinho abandonado.

- E é pra doer mesmo - repliquei, ignorando sua dor e entrando no banheiro.

- VOCÊ BEIJA BEM MEIO METRO - ele gritou, deixando uma risada alta, escapar ao final de sua fala.

Um sorriso escapou de meus lábios e eu os toquei.

- Maluco - falei para mim mesma. Balancei a cabeça, tentando afastar meus pensamentos da sensação que senti ao beijá-lo. Olhei para o espelho que ficava perto da pia e percebi que estava sorrindo, desmanchei o sorriso e fui tomar banho.

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O Melhor amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora