Capítulo 9

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Como dormi na casa da Gardênia, a mãe dela nos levou pra escola naquela sexta-feira.

-Vamos Gardênia, senão vocês vão se atrazar. -Falou a mãe de Gardênia.

-Estou indo mãe. -Gritou Gardênia do quarto. Katrina e eu já estávamos prontas, esperávamos Gardênia no sofá da sala.

-Pronto, vamos. -Ela chegou ofegante por descer as escadas tão rapidamente.

Katrina e eu nos levantamos do sofá e fomos indo com a Gardênia até o carro que já estava na frente da casa. A Marcela (mãe de Gardênia) já nos esperava dentro dele. Entramos e ela deu partida.

Não demorou muito para chegarmos à escola, ainda no carro liguei para a minha mãe para avisar que já estava indo pra escola, ela falou que iria me buscar hoje, depois de mandar um beijo para ela desliguei o celular.

Saímos do carro e fomos caminhado até a sala de aula, katrina, Gardênia e eu. Pusemos nosso material nas carteiras e ficamos conversando enquanto a professora de Matemática não chegava. Depois de alguns minuto ela chegou e começou a dar a aula.

Olhei no relógio, marcavam 12:00hrs, nesse momento eu espera minha mãe chegar na frente da escola. As meninas já haviam ido embora, mas ainda tinham algumas pessoas lá. Depois de alguns minutos avistei a minha mãe chegando.
Entrei no carro e sentei no banco da frente.

-Nossa mãe, demorou hoje. -Falei calmamente.

-Desculpa filha, tive que dar um "pulinho" no centro da cidade para fazer umas compras e o trânsito não estava ajudando nada.

-Não tem problema. Comprou o quê? -Perguntei já curiosa.

-Só umas jóias para a minha coleção. -Falou sorrindo.

-Mas a senhora não tem jeito mesmo. Tem tanta jóia guardada que com o dinheiro que comprou daria para alimentar a África inteirinha. -Brinquei.

-Exagerada. -Sorriu.

-Eu? Imagina! -Sorri.

Chegamos em casa e eu corri para o meu quarto, tomei um banho e vesti uma roupa qualquer depois desci para almoçar. Minha mãe já me esperava à mesa.
Sentei e me servi, estava com tanta fome que até repeti o prato.

Depois de terminar de almoçar fui procurar alguma coisa boa na TV para assistir.
Sentei no sofá com o celular no colo e controle em mãos, liguei a televisão e mudei de canal várias vezes afim de encontrar alguma coisa boa para assistir, mas não havia nada de interessante, então resolvi me destrair com o celular mesmo.

Haviam algumas mensagem não lidas então fui ver do que se tratava.
Operadora... Operadora... Gabriel!
Li a mensagem que ele havia mandado para mim...

"Mell, estou com muita saudade de você e quero que saiba (mais uma vez) que é muito importante para mim, não vejo a hora de chegar de mudança e poder te ver novamente, só faltam dois dias, mas parece que o tempo não passa. Enfim, mandei essa mensagem porquê provavelmente não poderei te ligar hoje, pois estou ajudando meu pai no escritório, ele precisa resolver várias coisas antes de nos mudarmos e pediu minha ajuda. Um beijo, te adoro!"

O respondi dizendo que tudo bem e que também estava muito ansiosa para o domingo, dia que ele chegaria aqui em Manchester. Depois de ficarmos conversando mais um pouco ele disse que o pai estava pedindo sua ajuda com uns documentos e nos despedimos.

Subi para o quarto e fiz minhas lições de casa, depois deitei na cama e fiquei ouvindo música. Passado um tempo, acabei pegando no sono.

Acordei e olhei no celular, eram 16h27min. Fui até a cozinha lanchar alguma coisa, abri a geladeira e peguei um refrigerante, fiz um sanduíche e preferi ir comer no meu quarto.

Enquanto subia as escadas, ouvi meu celular tocar do quarto.
Subi às pressas e ao chegar lá coloquei meu lanche em cima da cômoda ao lado da minha cama e atendi meu celular que tocava sem parar.

-Mellzinhaaa. -Falou Gardênia do outro lado da linha.

-Oi minha linda, o que te faz ligar pra mim uma hora dessa? -Ela não tinha costume de me ligar.

-Amiga, abriu uma balada nova no centro da cidade e a inauguração vai ser hoje, como meu primo é amigo do dono do local, ele conseguiu três ingressos pra mim, ou seja, vamos nós três, eu, você e Katrina pra esta festa hoje, o que me diz? -Ela falou sem parar, quase não me deixou responder.

-Nossa. Calma amiga. - Sorri -Bom, eu vou. Estou precisando sair um pouco mesmo. Só vou falar com minha mãe, afinal eu tenho dezessete anos, mas ainda moro com ela.

-Ôbaa! Então às 20:00h eu passo aí pra te buscar com a Katrina. -Falou toda animada.

-Está bem. Até mais tarde amiga. -Sorri.

Desliguei o celular e terminei de comer meu lanche, depois fui até o meu closet ver que roupa iria vestir mais tarde.
Optei por um vestido azul acima do joelho, sapatos de salto dourado, um colar dourado e bolsa de mão preta.

Fiquei assistindo algumas séries no meu quarto para passar o tempo, após algumas horas assistindo, resolvi sair um pouco de casa e fui à uma pracinha que ficava logo em frente.
Andei um pouco e sentei em um banquinho que ficava em baixo de uma árvore com flores rosas maravilhosas.
Aquele sempre foi meu lugar favorito na pracinha, pois era lá que eu ficava com meu pai quando ele vinha me visitar.

Fiquei lá pensando por um tempo, e nem percebi que havia alguém sentado ao meu lado, quando virei para olhar de quem se tratava mal consegui lhe dirigir a palavra.

-E então? Vai ficar só me olhando com essa cara de boba e não vai me dar nem um abraço? -Por um segundo um flashback passou pela minha cabeça e ao lembrar do sofrimento e humilhação que passei a raiva tomou conta de mim.

-Mas o que você faz aqui seu idiota? -Perguntei enfurecida -E o que quer comigo? Eu não tenho nada pra falar com voce Cauã Miller.
Já estava me preparando para sair dali quando ele me puxou de volta me fazendo cair sentada em seu colo.

-Isso que eu quero com você Mellzinha. -Ele nem esperou eu o responder e me beijou a força. Lutei contra aquele beijo com todas as minhas forças até que ele me soltou e numa ação involuntária cospi nele sem ao menos pensar nas consequências.

-Mas o que você pensa que está fazendo garota? -Ele me largou e acabei caindo de mal jeito no banco.

-Isso é para você aprender que não sou as vadias que você pega quando quer. Se toca garoto, o mundo não gira ao seu redor. -Me levantei rápido e saí dali antes que ele pudesse me responder.

Entrei em casa e subi pro meu quarto, deitei na cama e fiquei pensando no que acontecia com a minha vida nessas últimas semanas.

Conheci Gabriel a algumas semanas e por coincidência do destino ele vem morar na minha cidade, daí, do nada me aparece Cauã Miller que havia se mudado da cidade a algum tempo e agora resolveu voltar para atormentar a minha vida novamente.
Tentei afastar esses pensamentos da minha cabeça escolhendo a maquiagem que iria usar mais tarde na festa.

Destinos Traçados (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora