Capítulo 8: Fadas existem

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Me acordei as 20:39, sem duvidas estava bem melhor, o ombro já nem doía e minhas forças estavam renovadas, me levantei da cama de Kimberlyn e peguei minha bainha que também serve como mini mochila do chão junto com minha espada, desci as escadas e passei pela cozinha, tudo estava calmo, corri para a sala e mamãe ainda dormia da mesma forma, fui a varanda e o sofá estava repleto de flechas, mas não eram as flechas de Kimberlyn, eram flechas mais curtas e menos pontiagudas que a dela. Na varanda não havia ninguém, Alicia, Alex, Kimberlyn, Albertos ou Altamir, nenhum deles estava La e eu já estava preocupado. E quanto aos goblins haviam muitos mortos pelo chão, cerca de 80 a 100, muito extrato de tomate espalhado pelo chão, e muitas flechas encravadas em goblins. Oque mais me assustava eram as casinhas feitas com gravetos, dentro do bosque quase na nossa casa, os goblins estavam La, eu podia ver alguns comendo carne, e outros acendiam outras fogueiras, mas em geral nenhum olhava para a casa ou vigiava, meus amigos poderiam estar La sendo prisioneiros, ou poderiam estar em algum outro lugar, mas eu precisava ir La, eu precisava ver oque estava acontecendo. Varias pedras estavam espalhadas pela varanda, mais do que as que já haviam antes, a porta da frente de madeira tinha alguns buracos e rachaduras devido as pedradas, eu me cansei e sai das barreiras que me protegem, me abaixei entre a grama e fui andando silenciosamente e rapidamente.

Cheguei próximo ao posto temporário criado pelos goblins, havia no total 3 fogueiras e cerca de 10 casinhas de gravetos, vários goblins estavam deitados, dormindo, sentados e até brincando de lutinha com outros, os menos burro estavam sentados em um tronco de madeira conversando cerca de 15 menos burros incluindo Barlak, eles comiam a carne dos companheiros antes mortos como se fosse um churrasquinho num dia de domingo.

Andei um pouco mais pelos matos até estar quase atrás dos goblins grandes, fiquei entre os matos, para tentar ouvir a conversa deles e por sorte deu certo.

- Avarat vai ficar muito bravo - disse um goblin com chapeuzinho de pirata

- ele não vai - respondeu Barlak- vamos tomar a casa

- e quanto às barreiras mágicas? -perguntou outro goblin

- uma hora terão que sair - respondeu Barlak novamente - não vão passar a vida toda La dentro, logo precisarão de suprimentos

- genial - disse o goblin de chapéu

Ok eu já não precisava mais ficar ali, já sabia que todos que eu me importava estavam a salvo e não eram prisioneiros. Quando eu me preparava para sair senti uma forte pancada na cabeça e minha visão escureceu aos poucos, ainda pude ver um goblin atrás de mim, com um grande pedaço de madeira na mão, ele chamou os outros e nesse momento eu apaguei, fiquei muito feliz em ter deixado o guia em casa.

Ao acordar minha cabeça doía, e meus braços pareciam estar amarrados, abri os olhos e realmente, meus braços estavam amarrados e com certeza um galo se projetava em minha cabeça. Olhei a diante e eu estava no posto temporário deles, dois goblins me vigiavam do tipo menos burro, saia um pouco de sangue pelo canto esquerdo da minha boca e meu ombro latejava.

Minha espada ainda estava no mesmo lugar, esses goblins eram realmente burros, no guia de campo diz que os ogros são burros, mas os goblins não devem ficar muito atrás. A bainha estava no mesmo lugar, provavelmente eles haviam revistado-a, mas por burrice deixaram minha espada La. Eu não sabia ao certo que horas eram o céu não estava nem tão escuro nem tão claro, era um daqueles tempos, que nem é dia nem é noite, é um estado próximo ao nascer do sol e próximo à noite. Não pude deixar de sorrir ao ver Altamir na laje da minha casa, do local onde eu estava podia ver parte do telhado da casa e parte da laje. Eu fui realmente burro ao achar que poderia entrar e sair dum local tão hostil sem ser visto. Barlak veio caminhando lentamente e sorria com seus dentes quebrados e seu rosto feio.

As aventuras dos Martson'sOnde histórias criam vida. Descubra agora