Capítulo 10: Eu converso com um homem de 126 anos

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A idéia não era 100% boa, mas segundo Alex o grifo nos levaria até seu dono que era José Laranjeira, mas de qualquer forma montar uma criatura voadora que mal conhecemos e voar em busca de um homem que existiu há décadas atrás não parece ser a melhor forma de começar o dia.

Eram 7:45 da manhã agora, preparamos algumas coisas para a viagem com o grifo, Kimberlyn levava uma bolsa com relógio, um mapa da região e alguns biscoitos e água. Alex levava uma mochila com coisas que iríamos precisar, como lanternas, celular, e o livro que estava com Albertos no momento. Estávamos todos na sala agora exceto o grifo que cochilava na varanda. Combinamos que iríamos eu, Kimberlyn e Alex, Albertos ficaria tomando conta de Alicia.

- Kelvis Martson e Alexander Martson se eu morrer mato vocês dois – disse Kimberlyn rindo, eu Alex também rimos

- e se ele estiver vivo – disse Altamir – como estará?

- ele não vai estar vivo – respondeu Kimberlyn

- BIEEEAR – Aestas rugiu

- acho que ele quer que nós nos apressemos – falou Alex

- bem então vamos logo – respondi

Kimberlyn pegou a bolsa do sofá e Alex pôs a mochila nas costas.

- vão, vão – disse Albertos arrastando o livro até nos – levem e entreguem a ele

Eu peguei o livro e coloquei em minha bainha (que também servia de mochila) junto com a espada.

- esses fones são horríveis – disse Alicia me devolvendo os fones de ouvido

- não são tão ruins – a repreendi

- BIEEEAR – denovo

- ta vamos logo – disse Kimberlyn sem paciência

Encaixei o fone no meu celular e coloquei tudo no bolso da calça. Alex e Kimberlyn se adiantaram logo para a varanda, e eu fui logo atrás deles. Alex montou no grifo que pareceu nem se importar e logo depois acariciou as penas de sua cabeça.

- vamos gente – disse Alex – ele é bonzinho

Kimberlyn montou atrás de Alex e eu logo atrás dela. Alex ficou na sela e eu Kimberlyn no corpo do animal, pra ser sincero era macio, parecia pelúcia.

O grifo andou um pouco até a grama, ele andava como se o nosso peso encima dele fosse nulo.

- vamos la Aes... – tentou falar Alex, mas antes que ele terminasse a frase o grifo saltou.

O grifo deu um salto e depois bateu as asas, tudo isso numa velocidade assombrosa, e em questão de segundos já estávamos no ar. Era maravilhoso e assustador ao mesmo tempo, devíamos estar na altura da arvore dos elfos, ou seja, muito alto e Aestas não parava de subir, passamos por algumas nuvens ainda subindo.

- uhuuuul – gritei

- vamos morrer - gritou Kimberlyn na minha frente

Então o grifo desceu aos poucos até não estarmos mais tão alto, o vento mesmo assim era forte e era necessário manter a boca fechada para não entrar insetos, mesmo assim era legal.

O grifo Aestas desceu até cerca de 25 metros e foi voando nessa altura a uns 150km por hora, rapidamente não víamos mas nossa casa só o bosque abaixo de nos, e Aestas continuava. Passamos por lagos, rios, cachoeiras. Eu via muitas coisas la embaixo, alguns goblins, outros bichos que pareciam sapos, e até morcegos gigantes pendurados em arvores.

Aestas chegou a uma parte do bosque que era uma parte normal, com arvores, mato e etc. e acima de nos havia uma densa nuvem branca, como se fosse chover, mas era branca e não se movia, e ficava muito próxima do chão, muito próxima mesmo.

As aventuras dos Martson'sOnde histórias criam vida. Descubra agora