Presa à um mafioso

Capítulo 17 - O fim é só o começo

Anny

Minha barriga doía. Meus olhos não abriam. Fazia força mais nada acontecia. Estava imóvel em algum lugar.

Ouvi uma porta se abrir e alguém pegar na minha mão. Senti um calor percorrer o meu corpo.

Kalb...

- Amor...fique bem...Por favor...-Ele soluçava como uma criança. Eu quis me mover e acalmá-lo mas não consegui. - Por mim e pelo nosso filho...

Filho...

Deus...

Eu ainda tenho o meu bebê?

A escuridão tomou conta de mim.

[...]

-Minha filha. O que eu fiz? Por que te deixei aqui?-Meu tio estava falando.

Ainda não consegui abrir os olhos e nem me mexer. Queria muito falar com ele e contar o que aconteceu.

-Eu te amo meu amor. Prometo que quando você sair daqui,eu vou ser mais presente.

Queria falar que tudo vai ficar bem e pra ele não se culpar. Mas a escuridão outra vez me levou dali.

[...]

-Amiga. Volta pra gente. -Luna. Eu preciso abrir os olhos. Forcei o quanto pude,mas nada aconteceu. -Anny eu preciso de você. Eu só tenho você de amiga. Não deixe a gente.

Luna...que bom que você está bem.
Eu tentei te salvar das mãos de Marwick, mas descobri que era uma farsa.

Quando pedi para ir ao shopping era por que eu realmente precisava de um tempo para assimilar a minha gravidez.

Eu sempre fui consumista, fazer compras me relaxa. Cheguei a experimentar umas roupas. Mas logo que entrei no provador,recebi uma ligação anônima.

- Alô?
- Se não quer ver a sua amiga aparecer morta em uma vala. É melhor sair dessa loja.
- Quem está falando? - Oh meu deus! Luna não.
- Quem mais seria? O seu papai. - Escutei os gritos da Luna me chamando.
- Calma Luna eu vou te salvar.
- Venha depressa.

Maldito! Ele quer o meu sangue a todo custo. Não posso deixar que Luna pague por isso.

- Como vou sair daqui? Tenho seguranças em toda parte.
-Tem um carro te esperando no estacionamento. No fim dessa loja tem uma saída para os funcionários. Use a .
-Cretino! Eu juro que mato você se encostar em Luna. - Ele gargalhou.
- Seu tio não ensinou que deve respeitar o seu pai?
- Você nunca vai ser o meu pai. Seu vampiro bebedor de sangue.
- Gostei do apelido. Vampiro. Vampiro do petróleo. Não demore Anny. Quanto mais você fica aí, mais a sua amiga sofre.

Escutei mais uns gritos de Luna me chamando. Mas ele encerrou a ligação.

Fiz como ele me ordenou. Fui pela porta dos funcionários e desci para o estacionamento.

Tinha uma van negra me esperando. Dois homens armados estavam junto dela.
Eles me jogaram lá dentro sem delicadeza. Arrancaram cantando pneus.

Não sei aonde chegamos. Mas me puxaram do carro, fizeram eu entrar em um galpão e sentar em uma cadeira. Minha cabeça estava zonza e as minhas lágrimas embaçavam a minha visão.

Me aplicaram algo na veia.

- Finalmente a minha filinha veio socorrer o papai. - Aquela voz me deu arrepio.

Abri os olhos e me deparei com um velho. Bem acabado,sentado numa cadeira de rodas. Tinha uma bolsa de sangue conectada a ele. A mesma bolsa estava na minha veia.