Sentindo alguém apertar de leve minha mão, tento abrir meus olhos, mas sinto dificuldades.
É como se minhas pálpebras estivessem sido coladas.
Tentando outra vez e indo contra a tentação de voltar a dormir. Consigo, mas me deparo com um teto branco um pouco embaçado por causa da claridade.
Enquanto tento piscar algumas vezes pra manter o foco uma voz masculina me chama: "Rosana?"
A cama se move um pouco e eu olho em direção da voz.
O rosto do homem não me é nada familiar, ele esta inclinado para frente em uma cadeira, seu cotovelo direito apoiado no joelho, o queixo descansando de lado em seu punho erguido.
Seus olhos castanhos quase que escondidos por seus cabelos loiros escuros me fiscalizaram, de cima para baixo, a cada centímetro de meu corpo.
Era como se procurasse algum membro meu fora do lugar.
Estranhando sua reação, olho ao redor do quarto todo branco e o cheiro inquestionável de remédio e de eter.Prendo a respiração surpresa, estava num quarto de hospital.
"Porque estou aqui?" - meu coração acelera com medo.
O homem que até então estava sentado, se levanta como se estivesse saindo de um transe tão rápido que acaba derrubando a cadeira em que estava sentado.
" Você acordou." - Repentinamente o moço se joga na cama me abraçando, me deixando sem fôlego.
"O que você está fazendo? Ficou doido?" - assustada, tento me afastar o empurrando.
"Oque aconteceu não importa, vamos seguir adiante." - ele fala me olhando nos olhos.
"Mas..." -eu olho para o lado confusa.
Do que ele estava falando?
"Esquece o passado, estamos no presente." - ele coloca sua mão em meu rosto e desce sua boca para me beijar.
Isso é sério?
"Moço, não faz isto por favor...- o pânico me instala e viro a cabeça surpresa. Fazendo-o beijar minha bochecha.
"Você poderia se afastar, por favor? - peço, assim que ele se distancia posso enfim respirar.
Eu estava apavorada, quem é esse maluco?
"Porque está agindo assim?" - ele tem a audácia de se parecer confuso.
"E como acha que eu deveria agir, quando um estranho tenta me beijar?" - cruzo os braços indignada.
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Como Te Amei?
RomanceDizem que o primeiro amor nunca é esquecido. Para Rosana Alves, essa verdade se torna um mistério. Entre os quinze e os vinte e seis anos, a vida lhe trouxe mudanças inesperadas, mas a lembrança de momentos cruciais permanece apagada em sua mente. C...