Sangue inocente.

94 10 2
                                    

- Será que alguém além de nós, conseguiu fugir? Perguntei prestando atenção na estrada.
- Talvez... Disse Roger no banco passageiro. Podíamos ter ficado e ajudado as pessoas, mas preferimos fugir, como sempre fazemos!
- Olha, o que importa é que estamos aqui! Disse Sabrina no banco de trás. Estávamos em 5 pessoas, Roger, Sabrina, Carlos, Senhora Elvira e o Senhor Kenny. A gasolina estava acabando e não sabíamos para onde estávamos indo.
- Olhe, conheço este lugar aqui era o antigo L.D.P.B! Disse Carlos olhando pela janela do carro.
- O que siginifica? Perguntou Elvira curiosa.
- Laboratório de pesquisas biológico. Falou Carlos. Continuaram conversando enquanto dirigia, tinha que prestar atenção na estrada, mesmo não tendo obstáculos, trânsito, mas ainda sim, ter cuidado é o mínimo para sobreviver hoje em dia.
- Rafael estamos perto do centro da cidade, acha seguro? Perguntou Roger afiando uma faca de açougueiro.
- Nada é seguro hoje em dia.. Falei sem pensar. Todos ficarão em silêncio por alguns minutos.
- Talvez aqui não tenha sido tão afetado assim como a gente pensa meus queridos! Disse Elvira olhando para Roger.
- Não temos escolha, vamos ter que nos abrigar por aqui mesmo, a gasolina está acabando e logo logo vai anoitecer. Disse claramente. Já de tarde, estávamos andando pelas ruas do centro, estavam desertas.
- Temos que nos abrigar, já está ficando de noite! Disse Roger observando as lojas.
- Vamos nos abrigar naquele bazar de móveis usados! Disse Elvira com a mão nas costas.
- Fiquei sabendo que a antiga dona do bazar era Laura. Disse Kenny.
Abrimos a porta do bazar, estava limpo com várias mobílias velhas, lembro da casa dos meus pais quando vejo os quadros nas paredes.
- Vamos ficar aqui mesmo Rafael? Disse Carlos sentando em um dos sofás no meio do bazar. Fiz que sim com a cabeça.
- Não façam barulho, não estamos seguros aqui, lembrem. Falei baixinho.
- Vou procurar comida nas lojas volto daqui algumas horas! Disse Sabrina saindo pela porta.

..........................

- Me sentei perto do balcão do bazar, coloquei a arma no chão, E me apoiei na parede. Não entendia o porque de tudo isso está acontecendo, essas coisas, minha irmã está morta e agora só sou eu. Talvez isso sege um novo começo, talvez uma mensagem de Deus. Rafael se aproximou de mim e falou o mais baixo possível :
- Fique em alerta, quando estiver de manhã vamos para o outro lado da cidade, onde fica os supermercados. Olhei para ele, mesmo estando escuro dava para ver seu rosto, fiz quem sim com a cabeça e abaixei a cabeça.
Carlos estava observando os quadros enquanto Kenny e Elvira conversavam, Rafael estava sentado no sofá, todos em silêncio, é o momento perfeito para pensar na vida. passou 1 hora e já estava escuro, pensei sobre tudo o que aconteceu, e tenho quase certeza de que este mundo não pertence mais a nós. Todos têm que morrer, e apenas os mortos ficarão. Peguei a arma e me levantei. Kenny estava dormindo ao lado de Elvira. Dois velhos patéticos que não vão durar sozinhos lá fora. Se eu atirar, Carlos e Rafael podem acordar e será um problema para mim. Peguei a faca que estava na minha mochila. Cheguei por trás de Kenny, ele estava dormindo. Coloquei a mão na sua boca e segurei com força, ele acordou e tentou gritar, Fui mais rápido e cortei sua garganta, Elvira acordou quando o sangue dele esguichou para todo lado.
- Mas o que diabos está fazendo. Gritou ela. Todos acordaram. Peguei ela pelo pescoço e dei várias facadas em seu peito, ela caiu no chão gritando.
- Roger o que está fazendo! Gritou Rafael. Ele estava desarmado, não podia fazer nada, Peguei a pistola que estava na minha cintura e apontei para ele.
- Esse mundo não pertence a nós... Falei engatilhando a arma.
- Isso é loucura, larga a arma e vamos conversar! Falou Rafael com as mãos mãos para cima.

...............

Estava com as mãos levantadas e tinha certeza que Roger tinha enlouquecido. A qualquer momento ele ia disparar aquela arma e eu estaria morto, tinha deixado a arma dentro da mochila que estava ao lado do corpo de Elvira. Fechei o olho e esperei ele atirar. De repente Carlos entra em uma luta corporal contra Roger, Estavam muito ocupados para prestar atenção em mim, me joguei no chão e fui até a mochila, rapidamente abri a mochila e procurei pela a arma, o sangue de Elvira e Kenny estava pelo chão , os dois estavam morto e a qualquer hora iam virar mordedores famintos. Finalmente achei a arma. Roger estava esfaqueando Carlos. Não pensei muito mirei e atirei. O tiro acertou a costela de Roger, ele gritou de dor e caiu do lado de Carlos, me aproximei dele, ele estava rindo, estava completamente maluco.
- Não precisava ser assim Roger, Esse mundo ainda é nosso! Falei com raiva. Mirei novamente nele, e dei vários tiros em sua cabeça. Alguns mordedores começaram a bater na porta do Bazar, Carlos estava sangrando tinha levado duas facadas no estômago.
- Carlos fique onde está, vou pegar algo para parar de sangrar. Falei procurando por algum pano pelo aposento.
- Já é tarde demais para mim! Disse ele fechando os olhos. Estavam todos mortos, e algo dentro de mim também estava. Os mordedores iam arrombar a porta um hora ou outra, eu tinha que sair. Deixei a pistola perto de Carlos e sai pela porta dos fundos do bazar. Sabrina estava do lado de fora, estava assustada.
- O que ouve lá dentro? Perguntou ela com alguns salgadinhos nas mãos.
- Roger matou todos, e eu matei ele... Falei olhando para baixo.

The death spaceOnde histórias criam vida. Descubra agora