Capítulo Dois

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Quando foi no outro dia, cheguei na escola e já estava Tália e Bianca me esperando, e foram logo perguntando pra onde eu teria ido com Arthur, logo respondi, que a gente havia ido para uma rua bem linda e iluminada. Elas tavam putas comigo, pois não viram eu ficando com ele, o que era um alívio pra mim, pois passei a noite pensando se ele teria achado tão bom quanto eu, fiquei com medo de quando ele me visse novamente, fosse diferente comigo.
Eu contei tudo para as meninas, como foi perfeito e como ele era perfeito. Até então a escola toda já sabia que eu tinha ficado com ele, e o pior de tudo, foram as meninas que contaram, fiquei com raiva, mas relevei, tava feliz demais e nada poderia estragar minha felicidade.
Quando o sino tocou, corri pra casa, chegando lá me arrumei por que ia sair de novo com as meninas e os meninos, logo avistei meu irmão gritando:

-Mãeeeeee, não deixa Emilly sair, fiquei sabendo que ela estava com um garoto ontem.

Ele era o mais velho, porém as vezes agia igual uma criança, quee raiva.

-Oushe Ruan, deixa a menina, você pega no pé dela, mas que o próprio pai, vai arrumar o que fazer vai.

Ruan sai resmungando da sala, eu fico rindo e dou um abraço em minha mãe e saio.

Chegando novamente na praça, eu fiquei novamente com Arthur, a gente conversou sobre várias coisas, tiramos várias fotos juntas, ele começou elogiar meus olhos, meu sorriso, eu era tão comum, mas ele me achava diferente de todas, apesar de eu não ter aquele corpão, o cabelo comprido, ele dizia que nunca tinha conhecido alguém como eu, então ele falou:

-Emilly, queria te dizer que apesar de nos acabar de conhecer, eu to super feliz, por que você simplismente está fazendo as minhas férias ser maravilhosas, eu nem queria voltar, mas as greves vão acabar daqui duas semanas.

Fiquei olhando pra ele, e pensando, se aquilo realmente estava acontecendo, EUUU, Emilly Drummond, estou começado a gostar de um garoto, que horrrooor.

-Saiba que fico muito feliz de ouvir isso, você está sendo um fofo comigo, nunca imaginei conhecer alguém como você, é uma pena que você vai voltar logo logo. Respondi eu.

Demos um abraço apertado e um beijo longo, sabe aqueles beijos de cinema, cheio de amor? Então, parecia com eles, ele sempre puxando minha cintura pra perto dele, podia sentir a aceleração do seu coração, tão rápido quanto o meu.

Logo em seguida, apareceu Renan, Tália, Bianca e Danilo, nos chamando pra ir embora, por que tínhamos que voltar cedo, dessa vez os meninos foram nos deixar em casa e eu fui abraçada com Arthur, eles se despediram e saíram.

E assim foram por duas semanas, cada encontro era um novo encanto, podia sentir que eu simplesmente poderia morar no abraço dele, que ali era o melhor lugar do mundo. Mas quanto mais dias passava, eu ficava triste, pois sabia que estava aproximando o dia dele ir embora.

Dos dias que Arthur estava aqui, eu fiquei apenas um sem vê-lo, o que foi horrível, eu já não conseguia ficar longe dele, longe do seu cheiro, abraço, dos seus beijos, MEUU DEUUUUS, O QUE É QUE ESTÁ ACONTECENDO, O QUE É QUE EU TO FALANDO.

Foi então que percebi, eu estava apaixonada, completamente apaixonada, isso é tão novo pra mim, tão estranho, não podia ser verdade, não era verdade. E parecia que ele sentia o mesmo por mim, e foi se aproximando o dia dele ir embora, eu não queria ver ele indo embora, não queria, como queria prender ele aqui, ele não podia me deixar aqui, não podia.

Chegou o dia de Arthur ir embora, um dos piores dia da vida de Emilly.

-Filha acorda, seu pai quer que você vá comprar umas coisas pra ele no mercado. Falou minha mãe Edna, me acordando suavemente.

-Ta bom mãe, vou me ajeitar e vou.

Me arrumei, tomei café e fui no mercado, comprei as coisas que meu pai pedi e logo depois fui na loja deixar pra ele, cheguei lá ele tava tomando uma (Cachaça), fiquei puta de raiva, essa hora e ele bebendo, ia esquecendo de contar isso pra vocês, meu pai era alcoólatra. Dei a bença a meu pai, entreguei as coisas a ele e sai com cara feia.
Chegando em casa arrumei as coisas, fiz minhas tarefas da escola e depois me arrumei pra ir pra aula. Chegando na escola Renan me fala da despedida de Arthur e seu irmão, eu tinha esquecido que eles iam embora, fiquei mal, fiquei contando pra aula terminar, enfim acabou.
Sai correndo pra casa igual uma louca, joguei minha bolsa em qualquer lugar e fui me arrumar, vesti um vestido solto preto, deixei o cabelo solto, passei uma maquiagem básica e fui. Chegando no lugar marcado, me deparei com Arthur, lindo, com um jeans um pouco apertado, uma camisa solta e o cabelo bem arrumado, senti seu perfume de longe e corri pra abraça-lo, era um dos nossos últimos abraços, saímos, tomamos sorvete e depois voltamos pra velha praça e lá passamos o resto da noite, ele tava fofo comigo e ao mesmo tempo triste, ficava sempre repetindo "Eu nunca vou te esquecer" e eu respondia que também não esqueceria, era impossível esquecer.
Arthur me puxou pra perto dele e pediu que eu olhasse nos olhos dele.

-Emilly, você não foi mais uma garota na minha vida, você realmente se tornou especial, e eu não imaginava chegar aqui e encontrar alguém como você, eu não sei como te deixar, eu não sei com partir.

Então ele começou a chorar, isso mesmo, ele chorou na minha frente, aquela cena foi linda e triste ao mesmo tempo, e eu já chorando falei:

-Arthur, eu não sei como te dá um tchau, eu não quero que você vai embora, eu não vou conseguir ficar longe de você, você se tornou importante demais.

Ele me puxa sem falar nada e me beija, o beijo mais incrível, mas apaixonado e mais triste do mundo, era a última vez que eu iria perder a respiração perto dele, que eu iria sentir o seu coração acelerado, como, porque, eu não queria que ali fosse o nosso último momento, mais infelizmente foi, e sem demora, ele se distancia de mim e vai embora.

Chego em casa e sinto meu mundo desmoronar, e agora, o que vou fazer, eu não vou mais ver ele, choro até dormir. Então é ai que tenho meu coração pela primeira vez quebrado por um garoto, pior que não foi por que ele quis, foi a vida, foi o destino, simplesmente quis nos separar. Descobri que é sempre assim, as pessoas chegam, te fascinam e depois vão embora, primeiro Manu, logo depois Arthur. Será que minha vida será resumida em chegadas e partidas.

Um Outro LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora