Acordei cedo e me sentia bem. Estava com vontade de sair para caminhar nas ruas e ver os últimos enfeites de natal e, quem sabe ver algumas pessoas já trocando para os enfeites de réveillon. Não queria fazer isso sozinho, mas estava em duvida se iria chamar algum dos meninos porque também não estava afim de sair em grupo.
Mas depois de tomar um cappuccino no café da manhã, senti um pouco de vertigem e dor de cabeça.
Fiquei um pouco preocupado com isso apesar de que eu nunca tinha passado mal logo pela manhã, pra ser sincero, faz tempo que eu não fico doente. E não podia ser o cappuccino, eu tinha feito ali, na hora, e verifiquei a validade antes. Até porque, já fiz coisas piores como beber um cappuccino de três dias e ainda colocar leite condensado para adoçá-lo. Me arrependi alguns minutos depois por ter criado a bomba de glicose, mas aqui estou eu, não morri.
Antes de voltar pra cama, tomei um remédio para a minha dor de cabeça e peguei Hamlet na minha prateleira para estudá-lo, já que era a próxima leitura da turma da 2th grade.
Mas, já deitado, não conseguir controlar minha inquietação. Eu queria ficar bem e andar pelas ruas, pela vizinhança, que fosse, e não estudar um livro estúpido! Oh, perdão Shakespeare, correção: estudar um livro que eu já tinha lido inúmeras vezes.
Eu tentava arduamente me concentrar no livro, mas estava lendo cada linha, em torno de, 5 vezes e ao final de um capítulo voltava para o começo. O que diabos está acontecendo comigo? Sem contar, as inúmeras vezes que tive que secar as mãos no edredom, pois elas estavam soando. E o nervosismo era muito maior quando eu olhava para o relógio e via que as horas passavam, mas eu não melhorava e a minha dor de cabeça não imitava o movimento das horas.
Pensei em ligar para Harry e pedir, pelo amor de Deus, para que ele me levasse pra andar, mas lembrei que não tinha seu número, então, talvez fosse um sinal para não incomodá-lo. Com isso, não ligaria para Lethicia.
- Ok, eu vou sozinho!
Disse e me arrastei para fora da cama. Vesti roupas de inverno e peguei as chaves do meu carro.
Andei até o estacionamento com as mãos apoiadas na parede, mas me sentia seguro para dirigir, a vertigem não estava tão forte a esse ponto.
Ao entrar no carro, o painel apitava no indicador de gasolina. Simplesmente, não tinha nada no tanque. Lembrei que no dia da peça da Lethi, já tinha pouco, mas consegui ir e voltar com aquilo. Entretanto, depois disso, não me lembrei de levá-lo ao posto.
Monotonamente me arrastei de volta pra casa. Dessa vez eu teria que ligar para alguém. Eu precisava que alguém me levasse para pegar gasolina.
Sentei no sofá, e peguei o meu telefone fixo para ligar para o quarto de Liam, mas pensei em não incomodá-lo além das milhares de vezes que já telefonei para ele ultimamente.
Quer saber? Vou ligar para Lethicia e chamar Harry! Nos divertimos no orfanato não?! SOMOS amigos agora, não?! Então, pronto!
Disquei os números.
Primeiro toque.
"Vamos lá Le, atenda!"
Segundo toque.
"O que eu vou dizer?"
Terceiro toque.
"Será que "Oi Le, o Harry está ai?" é bom?"
Quarto toque.
"Não é bom..."
Quinto toque.
"Pense em outra coisa, Louis!"
Sexto toque.
"Pense Louis! Antes que alguém atenda!"
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Lost Lovers
FanfictionO que acontece após oito anos afastado da pessoa que fez seu coração bater mais forte mesmo quando o partiu? Apenas Louis Tomlinson é capaz de te contar. "Por que sabe o que seria ainda pior do que amar sem ser amado ou amar alguém distante? Sem dú...