Meses depois...
Hoje depois de fazer tudo que sempre que tinha que fazer fui me arrumar, na frete ao espelho, vejo a cicatriz nos meus pulsos, me vem na cabeça á imagem do homem do chapéu. Corro até a porta quando escuto alguém bater. Quando abro a porta um sorriso de orelha a orelha aparece no meu rosto:
-Você veio!- era o homem do chapéu, abracei ele tão forte, eu já estava chorando- pensansava que não vinha mais.
- Ei? Não chora eu falei que vinha não falei?- ele fala secando as minhas lágrimas.
Pesso ele para entrar e ofereço alguma coisa para beber mais ele recusa.
-Como você está?- ele me pergunta.
-Estou indo, estou tentando arrumar um emprego.-respondo.
-Como você está se sustentado?
-Tinha um dinheiro guardado, mais já está acabando.
Ele me fica ali parado com a mão encima da mesa, alguma coisa nele me deicha tranquila, calma não sei bem.
-Você ainda faz os seus serviçinhos?- pergunto.
-Não! Depois que você partiu fui despedido.- acho que foi porque ele me buscou aquele dia.
-Desculpa- falo arrependida de verdade.
-Não precisa pedir desculpa, foi até bom.
-Como assim bom?- pergunto
-Eu ja não queria mais isso pra mim.- fala com um sorriso no rosto.
Quando ele vai embora saio para procurar um emprego. Fui em um hospital, fique na fila de vagas de emprego. Chegou a minha vez.
-Oi- falo com o homem que vai me avaliar.
-Sente-se.
-Eu vim para a vaga de enfermeira- disse me sentando.
-Seu currículo? -Falou ele com a mão esticada, pego na bolsa e entro a ele - parece bom... tudo indica que você ja está com o cargo, SE não aparecer ninguém melhor que você.
-Obrigada senhor- falei com um baita sorrisão no rosto.
-Vá para casa e aguarde nosso telefonema.
Depois que fui embora passei em uma sorveteria para comemorar, eu sei o emprego ainda não é meu mais como ele disse tudo indica que vai ser. Chegando em casa vejo o homem de chapéu na porta, vou correndo até ele.
-Adivinha?! -Dou um grito atrás dele, ele virou com susto logo que me viu mudou a expressão.
-Oi, pensei que você estava aqui dentro.
-É eu estava na entrevista de emprego.- digo abrindo a porta- e você conseguiu um emprego?
-Não exatamente.- pesso ele para sentar- é meio complicado achar uma empresa que me quisesse com o meu currículo.
-O que, que tem o seu currículo?- digo super curiosa.
Ele não me respondeu de imediato, mais por fim disse:
-Ficha criminal.
Eu fico meio encucada penso no dia que fui sequestrada, será? Estou pensando quando estou vendo a água quente do café descer pela melita, quando eu fui sequestrada ele foi me salvar foi por isso ele quer se redimir pelo o que ele fez com outras pessoas.
-Sabia!- diz ele se levantando- tchau.
-Não!- digo rapidamente- eu não quero que você vai embora, quero que você fique aqui comigo.
Ele vem para perto de mim e me abraça:
-Qual o seu nome? Não quero passar o resto do dia te chamando de o homem do chapéu.
-Maicon.-diz por fim.
Em seus braços sinto um conforto inexplicável, me afasto um pouco, mais ainda com os braços envolvidos, olho nos olhos castanhos vidrados nos meus olho a sua boca e tão rápido volto o olhar para os olhos, quando ele diz:
-Preciso ir.- indo para a porta.
-Você vai pra onde?-para ali olhando ele ir embora.
-Na verdade não sei. - ele sai e fecha a porta e eu fico ali parada olha olhando o nada.
Caio na real e percebo que estou ali parada a quase dez minutos, vou para cama e tento dormir um pouco.
