Mesmo estando maravilhada e incrédula por estar em Londres, não podia negar o desespero que havia crescido em meu corpo. Não sabia o que fazer, ou a quem contatar quando chegasse aqui, meu pai não houvera falado nada. Procuro deseperadamente por alguma coisa, olhando para todas as pessoas ao meu redor torcendo para que, alguma delas, pudesse me ajudar.
- Senhorita Hills. - Uma voz grossa ecoa atrás de mim, viro-me e vejo um homem alto à me olhar. - Me chamo Christopher, sou o motorista que vai levar você pra casa. Deixe-me ajuda-lá com as malas. - Diz pegando minhas malas. - Vamos?
- Sim. - Digo pegando atrapalhadamente a mala que faltava, mesmo sentindo um certo alívio por ter achado alguém, não deixei de perceber o arrepio que espalhou-se no meu corpo. Talvez ocorreu por ter sentido o vento frio bater em minha pele, assim que passamos pela porta. Passo as mãos em meus braços para me aquecer,enquanto Christopher coloca as malas no carro. Ele percebe que estou com frio e pega um sobretudo.
- Ele me pediu para te entregar isso. - A peça de roupa foi entregue em minhas mãos e logo sinto o tecido aquecer minha pele. - Entre senhorita. - A porta é aberta para mim e sem hesitar entro no carro. Protegida do frio, olho pela janela a paisagem da cidade, reparando em cada detalhe, e aprofundando em meus pensamentos. Lembro da minha família, meus amigos e todos os bons nomentos, que vivemos juntos. Não acredito que deixei tudo para trás, mas foi necessário para conseguir ter vida que sempre quis. Obviamente terei que lidar com a constante tristeza de ter os deixado, mas creio que poderei vê-los em um futuro próximo, assim espero.
- Chegamos. - Diz Christopher. Sua inesperada fala, fez com que eu saísse da minha hipnose e voltasse para o mundo real. - Vamos? - Ele diz carregando as malas para dentro do prédio e chamando minha atenção novamente, já que fiquei parada olhando para o grande edifício na minha frente por uns minutos. Talvez ele deve ter me achado uma doida olhando para o nada, esse meu pensamento fez com que um pequeno sorriso formasse em meus lábios.
Observando os números que mostravam na pequena tela do elevador, ficava cada vez mais nervosa quando via que estávamos chegando, inesperadamente as portas se abrem. Estranho quando vejo apenas uma grande porta no final do corredor, mas sigo o homem que andava rapidamente.
Quando entramos tinha um mini corredor com um pequeno armário com uma flor em cima, andamos um pouco e viramos, vejo um grande espaço todo pintado de branco. Era deslumbrante o lugar desde a sala na minha frente até a cozinha do outro lado do grande cômodo, poucos móveis haviam mas eles exibiam grande conforto e riqueza ao local e sua grande parede de vidro deixava tudo mais claro e bonito. Christopher anda até a cozinha e uma velhinha aparece, ela tinha cabelos brancos, usava um vestido e um avental branco, eles começam a conversar e vou me aproximando deles.
- Ah então você é a Jhulie! - Diz a velhinha vindo até mim e me abraçando. - Sou a Mariane! Mas me chame de Mary! - Timidamente correspondo o abraço e lanço um pequeno sorriso. - Vem ver seu quarto!- Diz subindo as grandes escadas que estavam na cozinha, sigo-a. No segundo andar havia um corredor com apenas quatro portas, a velhinha que se chama Mary, informa-me sobre todos os lugares, desde a entrada, até a varanda.
- E aquela porta no final do corredor? -Digo apontando para a porta do outro lado do corredor, estranhamente ela não me falou nada sobre esse quarto, o que poderia estar ali? Pois estava distante das outras e tinha um aspecto assustador.
- Você está proibida de ir para lá. - Ela diz seriamente, estranho sua rápida mudança de humor. Mary vê minha reação e troca de assunto para não haver mais perguntas sobre aquele lugar.- Bom vou deixar você em paz, vou estar na cozinha, qualquer coisa me chame. - Diz descendo as escadas. Olho novamente para aquela porta e pergunto-me o que poderia ter ali, oh santa curiosidade Jhulie.
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The Proposal
Fanfiction" Sou apenas um egoísta filha da puta, que não se importa com ninguém. E que fez uma proposta para ter você." Ele se aproveitou da fraqueza da minha família, para conseguir o que ele queria. Se ele é egoísta? Pode apostar que sim. Um filha da puta? ...