◇ Capítulo 19 ◇

259 16 3
                                    


P.O.V. Louis Tomlinson

Estuprada.

Estuprada.

Estuprada.

Meus braços em nenhum momento á soltaram, na realidade eu á apertei contra mim.

- Oo-- que? -disse Aisha agora de olhos arregalados e lágrimas descendo, Ally se virou em meu aperto e ficou de frente para á prima, antes de se virar vi em seus olhos lágrimas de dor e raiva, seu olhar carregado da mais pura agonia, não combinava com a menina irritante, mas linda que ela tem me mostrado nesses dois meses.

- Você me ouviu. - disse Ally.

- É mentira! - gritou Aisha. - você tá fazendo isso pra eu me sentir mau, mexendo com uma ferida minha! Você sempre tem que ter o que quer não é Alice? Todos ao seu redor!
Quem faria isso com você? Por que? Você abre as pernas fácil, quem precisa disso?

- Sua vaca! - tenta se soltar dos meus braços, porém é impedida e desisti logo. - Eu nunca faria algo assim! Eu não sou baixa! E porra você ainda se diz minha amiga? Precisa essa merda de cena toda porque voltei á falar com minha irmã? E se te interessa saber mesmo o que me aconteceu, pergunte a Nana ou Catarina, porque agora eu não quero mais te ver, ou ter que trocar palavras contigo.

Ela tenta de novo sair dos meus braços para ir embora, não deixo de novo e a puxo para um abraço, por cima de sua cabeça olho para Aisha.

- Sai da minha casa por favor. - digo em um tom frio.

- Sério isso Louis? Tá acreditando nela? - me diz, mas sei que é por raiva. Ela também acredita.

- Sai Aisha, não vou falar de novo. - digo ela me observa e vai para porta, abre ela e fala de costas enquanto está saindo.

- Cuidado pra não ser só mais um na lista dela viu? - diz e fecha a porta.

Não vou dizer que o que ela disse não me afetou, seria mentira. Mas logo toda dúvida passou quando sinto suas lágrimas molharem minha camisa.

- Calma, calma. Eu to aqui Ally. - digo a abraçando mais forte, como se fosse possível.

Ela foi parando de chorar, aos poucos relaxou nos meus braços, respirou fundo e levantou a cabeça e me olhou nos olhos com seus olhos cinza, ali eles pareciam mesmo uma janela para alma dela, podia ver, decepção com sua melhor amiga e prima, dor de lembrar tudo isso, e medo, mas não sabia do que.

- Você, hum. Você quer saber, da. Da - ela não conseguia, por isso acenei com a cabeça de leve fazendo que sim. - Podemos sentar?

- Uhum. - digo e a solto, em um gesto inesperado, ela fica na ponta dos pés e deixa um pequeno e rápido beijo na bochecha.

- Obrigada. - diz ela e cora de leve vejo suas bochechas ficarem rosadas, ela me puxa pela mão e me leva para o sofá. - É uma história longa, e com vários "personagens" então tente não se perder okay?

- Okay. - digo quando me sento no sofá e ela em cima da mesinha de centro ficando assim de frente pra mim.

- Vamos lá então. - diz ela e respira fundo - quando éramos mais novas, eu e Aisha sempre fomos grudadas, e eu e Catarina também éramos até minha mãe falecer - uma lágrima solitária escorre no rosto dela - com o falecimento da minha mãe, meu pai ficou muito duro comigo, porque além de parecer fisicamente com minha mãe minha personalidade é quase que a mesma, meu jeito de falar, meu jeito insolente - uma leve risada - ele me odiava, por lembrar á ele á mulher que ele amou e não estava mais aqui, então eu me apegava as outras formas de carinho, a popularidade era uma dessas, eu sorria pra todos, era amiga de todo mundo, mas eu não era feliz, nem um pouco para falar a verdade, só que era o que eu tinha - um suspiro - além é claro, da Nana e da Aisha, como ele me odiava, sua favorita era Catarina. Ela se aproveitava disso, fazia coisas erradas e colocava a culpa em mim, ele é claro nunca questionava a palavra dela. Eu era á errada. A ovelha negra. Até que ela estava fumando. No meu quarto. Era óbvio que tava fazendo pra culpa cair em mim, então com cuidado eu filmei tudo, e esperei pacientemente, até que de noite meu pai chamou nós duas em seu escritório. Na porta antes de entrar, ela sorriu pra mim e disse, "você tá ferrada." no que eu rebati, com um "veremos", entramos, meu pai estava sentado em uma poltrona de lá e falou para ficarmos em sua frente.

Sweet Woman [L.T.]Onde histórias criam vida. Descubra agora