Does it make you feel alive?

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Assim passou a missa toda, Harry se controlando para não sair dali e Louis se xingando mentalmente porque não prestava atenção e isso era quase um pecado, ir à missa e não prestar atenção na palavra do senhor.

- Anne, porque não vamos à minha casa para o almoço?- Perguntou Johannah.

- Nossa querida, acho uma excelente ideia! – disse Anne com um sorriso no rosto.

- Seu filho vai? - disse a mãe de Louis

Anne ficou meio apreensiva. Será que Harry iria? Não importa, ela não daria o dinheiro se o mesmo não fosse.- Claro que sim querida, eu vou ali dizer a ele que vamos até sua casa.Harry estava de cabeça baixa mexendo no seu celular. 

Zayn sms:Já virou santinho? 

Harry sms: Parou de dar a bunda?

Harry sabia que Zayn era bi, por isso fazia estas brincadeiras com seu amigo. Quando ele disse que também pegava homens Harry ficou semanas sem conversar com o mesmo, mas depois que pensou melhor viu que ele sempre seria seu amigo, independentemente das escolhas sexuais dele. Se o pai de Harry soubesse que ele está andando com alguém gay ou bi, ele enlouqueceria! O pai de Harry era aquele típico machão que tinha nojo de pessoas assim, por isso o garoto nunca mencionou aquilo para o pai, e ele não tinha medo, era realmente decidido com sua sexualidade e com certeza era hétero.

"Como dizem por ai: não temos certeza de nada, a única coisa que se tem a certeza é da morte."

Quem sabe aqueles grandes e inocentes olhos azuis faria com que a certeza dele virasse duvida.

Zayn sms: Você sabe Styles que isso é uma mentira, LOL

Quando Harry ia prosseguir com o sms, sua mãe lhe chamou.

- Harry querido, vamos almoçar na casa de Johannah, mãe de Louis, e eu espero que goste. Vi que vocês se deram bem. – Comentou, sorrindo tensa.

- O que você acha que está fazendo mãe? Você foi bem clara, só ir à igreja que eu teria meu dinheiro em mãos! - disse Harry com certa raiva na voz.

- Você vai almoçar lá ou nada de dinheiro. – Impôs Anne meio apreensiva.

- Aff – revirou os olhos- okay então Anne, eu vou. Vamos logo à merda desse almoço.

- Mocinho nada de palavras assim.

- Eu sempre disse estas palavras e não é agora que você vai me impedir de usá-las. Meu pai que me ensinou, não se lembra?- Riu sínico.

- Meu filho, só vamos ao almoço.

E assim eles foram andando até Louis e Johannah.

Louis estava perdido em seus pensamentos. Por que os belos olhos verdes fizeram tanto efeito nele? Louis se convenceu que o motivo real era o fato de querer ser amigo de Harry.

-Filho, porque está tão calado hoje? – perguntou Joahannah - você sempre sai dizendo o quanto amou a missa e comentando as passagens bíblicas que mais gostou.

- Nada mãe, eu estou apenas cansado, não sei o porquê. – disse Louis delicadamente, para sua mãe não se aborrecer.

- Mas quando chegar lá em casa nada de dormir, entendido? Você vai fazer sala para o filho de Anne.

-Okay.

Os dois se calaram, os Styles tinham chegado.Eles foram para casa de Louis, com as mães andando na frente e dizendo o quanto aquela missa tinha tocado elas. Harry resolveu puxar assunto com Louis já que estava com tédio.

-Louis, e seu pai? Não vem a igreja, não?- perguntou Harry.

- Desculpa Harry, mas não quero falar sobre este assunto. - Disse com tristeza na voz.

-Desculpe baixinho, não sabia que não podia perguntar sobre isso. - Retrucou Harry, irônico como sempre.

 Louis resolveu não dizer mais nada e Harry também preferiu ir em silêncio.

Chegando à casa de Louis, Harry tirou seu paletó, o colocando em um cabideiro que tinha ali, só com a blusa de baixo e como estava com um pouco de calor, desabotoou dois botões. Sem ninguém lhe convidar para sentar, ele se sentou no sofá todo largado.

 Johannah e Anne foram para cozinha fazer o almoço.

 Louis se pegou observando algumas tatuagens de Harry, que antes estavam coberta pelo terno. Lembrou-se de uma passagem na bíblia:

 "Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o Senhor" (Levítico 19:28)

Louis logo pensou em como ele pôde marcar o próprio corpo, achava isso tão errado, pensava no corpo como um templo de Deus, e não entendia como ele tinha tamanha coragem de se marcar desta forma.

 Louis pensava assim agora, mas num futuro não muito distante, imploraria para tocar em cada tatuagem feita naquele belo corpo.