Mary Bell parte 2/3

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(Na foto acima, Norma Bell)
Brian Howe - Segunda vítima

Dois meses depois, no dia 31 de julho Pat Howe procurava seu irmão, Brian de 3 anos quando Mary perguntou “Você está procurando o Brian?” e ofereceu-se para ajudar nas buscas. Mary,Pat e Norma seguiram para um terreno baldio cheio de blocos de concreto, pois Bell disse que o menino poderia estar brincando ali. O corpo de Brian foi encontrado às 23:10, Mary Bell conduziu Pat até ali para ver qual seria a sua reação.

Mary Bell estrangulou até a morte Brian Howe, de 3 anos. Além de estrangulá-lo, a pequena Mary Bell ainda fez cortes em suas pernas e furou seu abdômen marcando um M. O corpo do menino estava coberto de grama, e uma tesoura foi encontrada ao lado do corpo.

Começam as Investigações

No verão de 1968 a polícia começou a interrogar os moradores de Scots Wood, principalmente as crianças. No total, mais de 1200 crianças foram ouvidas. O primeiro ponto da polícia foi o depoimento de Norma Bell, ela disse ter estado presente quando Brian foi morto, e disse que um menino matou o garoto.

Mary também disse que no dia do crime viu um menino agredindo Brian aparentemente sem motivo, ela também alegou que viu o menino com uma tesoura quebrada. Estava claro que as duas meninas haviam visto Brian sendo assassinado. Antes do enterro de Brian, os policiais interrogaram Norma novamente; dessa vez ela entregou Mary, dizendo que ela havia matado Brian e que levou ela e Pat para o local do crime. Mary e Norma foram presas no mesmo 7 de agosto, durante a noite.

Mary era uma menina inteligente, divertia-se esquivando das perguntas dos policiais. Durante o seu julgamento Mary chegou a declarar: "Eu gosto de ferir os seres vivos, animais e pessoas que são mais fracos do que eu, que não podem se defender"-, influenciando para que a mesma fosse condenada a prisão por tempo indeterminado, mediante avaliações psiquiátricas. “Ela não demonstrou remorso, ansiedade ou lágrimas. Ela não sentiu emoção nenhuma em saber que seria presa. Nem ao menos deu um motivo para ter matado.

É um caso clássico de sociopatia,” disse o psiquiatra Robert Orton em seu laudo psiquiátrico. Sociopatia e psicopatia são termos equivalentes na psiquiatria. Alguns especialistas defendem que ambos são transtornos diferentes, já outros dizem tratar da mesma coisa. Mary e Norma foram a julgamento pelas mortes de Brian Howe e Martin George Brown no dia 5 de agosto de 1968, o julgamento durou dias.

O promotor de acusação Rudolf Lyons comentou sobre o comportamento mórbido de Bell de caçoar da dor dos familiares da vítima; citou também o conhecimento de Bell sobre o estrangulamento de Brian, pois não foi publicamente comentado a causa da morte do garoto.

Peritos encontraram fibras de lã cinza nos corpos de Brian e Martin que eram compatíveis com uma blusa de lã pertencentea Mary, e fibras marrons de uma saia de Norma foram encontradas em um dos sapatos de Brian. Peritos em caligrafia também analisaram os bilhetes deixados na creche vandalizada, e eles confirmaram que Norma e Bell escreveram os recados.

A promotoria culpou Mary de influenciar norma nos atos ilícitos. O veredicto saiu em 17 de Dezembro de 1968: Norma foi inocentada de todas as acusações; Mary Bell, culpada foi condenada por assassinato em função de redução de responsabilidade.

Mary Flora Bell foi enviada para a Red Bank Special Unit, uma clínica altamente segura e de certa forma confortável. Ela ficou sob os cuidados de James Dixon, que de certa forma lhe serviu como um pai. Ela também recebeu visitas da mãe, Betty; que ao perceber a aparência masculinizada de Bell disse: “Jesus Cristo, o que ainda vai ser? Primeiro assassina, agora lésbica?"

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