Capítulo 1 - O Inicio

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Acordo com um barulho muito forte no andar de baixo e escuto mamãe gritar, levanto assustada e vou ate a porta para ver o que esta acontecendo, mas ante que consiga fazer alguma coisa papai aparece e manda eu me esconder saindo logo em seguida e trancando a porta do meu quarto, vou correndo para trás do guarda roupa. Escuto um som estranho e forte, sei que nunca vou esquecer ele, seguido por um choro que sei que é de papai. Mesmo assim não ouso sai do meu esconderijo. Depois de um bom tempo papai aparece e me chama, ele me conta que alguns homens maus invadiram nossa casa e machucaram mamãe, com lagrimas no rosto pergunto se ela vai ficar bem e ele responde que ela esta no céu agora com os anjinhos. Eu choro e grito pedindo par ela voltar, que ela não pode me deixar, que eu a amo muito e a quero comigo...

Sinto alguém me sacudir, abro meus olhos e vejo meu pai. Relembro isso quase todas as noites. Tinha cinco anos quando mataram minha mãe e desde então sou atormentada com esses pesadelos, às vezes sonho que os assassinos dela estão atrás de mim, essas são piores sempre acordo com ataques de pânico. Já fui a vários psicólogos e fiz muitos tratamentos, mas nada funciona, nada faz com que pare e me traga paz.

- Oh minha querida, tente ficar calma e voltar a dormi você não descansa a um bom tempo. - diz meu pai, que aparentava estar acordado a noite toda.

- o senhor sabe que não vai funcionar, mas já esta quase amanhecendo vou me trocar e me exercitar um pouco. - falo com um sorriso fraco.

-tudo bem, mas não demore preciso falar com você.

Depois dele me deixar sozinha, coloca uma roupa de ginástica e meus fones de ouvido e começo a me alongar, logo já estou correndo. 45 minutos depois corro de volta para casa e vou para garagem, onde esta meu saco de pancadas pego minhas luvas de boxes e começo a socar e chutar com tudo colocando toda a apreensão para fora. Volto para casa tomo um banho e coloco uma calça jeans e uma blusa escrita "um bom livro pode mudar uma vida". Pego minha mochila e vou para cozinha.

_bom dia pai, podemos conversar depois ? É que tenho aula agora.

-tudo bem, não vou atrapalhar seus estudos. - ele sabe que não gosto de deixar a escola de lado. Podemos dizer que sou uma nerd, mas para minha defesa sou uma nerd descolada.

-obrigada - dou um abraço nele, e pego meu copo térmico com estampa de Londres onde coloco meu café e saio.

Pego minha bicicleta, pois é mais econômico e ajuda o planeta, saio de casa e reparo que tem alguns carros meio suspeitos, todos pretos com películas escuras, mas não dou bola e vou para escola. Sorte que a minha escola ficava perto de casa eu demoro dentro de 15 a 20 minutos para chegar.

Assim que chego vou me sentando no banco de sempre onde fico com meus amigos, mas como sempre sou a primeira a chegar então resolvo fazer alguns exercícios de matemática. Todos acham que sou uma gênio ou coisa do tipo, mas para ser sincera eu não gosto tanto assim de calculo, eu estudo bastante para conseguir sempre notas boa mas não vou ser hipócrita, eu tenho um pouco de facilidade sim mas números não são minha praia.

Minha verdadeira paixão são livros, tenho uma pequena biblioteca em casa. Claro que ter um pai juiz respeitado, ajudo muito na hora de manter ela atualizada, sou viciada em series e filmes também sou uma, como se diz mesmo¿¿, ah é geek. Mas apesar de sempre usar camisa com referencia de livro e series ninguém parece notar esse meu vicio, eu acho que é por que ninguém entende o que as estampas querem dizer isso que se paga por estuda com um bando de patricinhas.

-MARI!! - Babi minha melhor amiga, chega gritando e se senta ao meu lado.

-A própria, tem hora marcada? - falo brincando.

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