Capítulo 6.

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(Mídia atualizada. Tô triste que é 2020 e a gente não tem tanta fan art deles fetus, mas tudo bem)

"Bem, sim, definitivamente", Louis concorda, seus olhos estão fixos no chão. E por um capricho, em um momento aleatório de descuido, ele deixa escapar algo que provavelmente não deveria ter dito. "Mas há algo que eu tenho que lhe dizer. Há uma razão para ele ter feito isso."

Harry nem sequer pestaneja, apenas arrasta-se sobre a cama e senta ao lado de Louis. Suas costas encostadas contra a cabeceira da cama, seus ombros se tocando.

"Vá em frente, você pode me dizer," murmurou o menino. Louis aperta seus olhos o mais forte que ele pode. Talvez depois que ele disser isso em voz alta, ele vai acordar sozinho em seu quarto e tudo terá sido um sonho.

"Eu sou gay."

Harry fica em um silêncio calmo e profundo, não mais balançando seus pés ou passando a mão pelo cabelo. Ele se vira para fitar o rosto de Louis, e o garoto pode sentir os seus olhos sobre ele, mas Louis não consegue se forçar a retornar o olhar. Ele respira fundo.

"Não é como se eu quisesse dizer para alguém, quero dizer, minha família nem sabe, e eu-"

"Por que você não me contou?" Harry demanda amargamente, os braços cruzados em seu peito. Ele está se aproximando agora e Louis vai, realmente, explodir pela pressão. Ele sente como se estivesse em uma caixa de vidro, e o mundo inteiro está o assistindo e rindo.

"Porque é mais fácil falar do que fazer," Louis desdenha. "Já é difícil o suficiente admitir para mim mesmo."

Harry não tem uma réplica para isso, então ele apenas enlaça um braço ao redor do ombro de Louis e puxa-o para o seu peito. Eles acabam se deitando assim, Louis pressionando contra a camiseta de Harry e Harry encarando o teto.

"Você podia ter me contado," ele murmura finalmente. "Você sabe que eu não me importo com esse tipo de coisa."

"Eu sei, eu só..." Louis procura pelas palavras. "Eu não queria que você pensasse que é estranho nós fazermos coisas como isso," ele aponta para as posições atuais deles, embrulhados no calor um do outro. Harry debocha.

"Oh, por favor, Baby Louis. Eu não sou um daqueles idiotas que assumem só porque você é gay, você está atraído por mim. Me dê algum crédito."

O quão irônico. Louis diz para si mesmo tristemente. Eu estou muito atraído por você.

"Mas, de qualquer jeito, como você percebeu? Você gosta de alguém?" Harry tamborila seus dedos nas costas de Louis, e Louis franze os lábios.

"Bom, eu gosto de alguém, mas eu não acho que esse seja o motivo que eu saiba. Eu acho que sei, inconscientemente, há muito tempo. Pensar sobre ele apenas, eu não sei, me ajudou a entender completamente? Se isso faz sentido."

"Oh, okay." Harry cantarola, apertando Louis com mais força contra seu peito. Ele está menos relaxado agora, sua voz tensa e seus braços abraçando o garoto quase de um jeito doloroso. "Então... Quem é ele, afinal?"

Bom Deus!

"Você não o conhece," Louis esbraveja rapidamente. "Ele está na minha classe."

"Eu já conheci alguns dos seus amigos," Harry argumenta e Louis balança a cabeça. Ele está tão fodido. Isso é terrível. Harry está tão malditamente alheio a tudo aquilo, a como Louis está caindo aos pedaços, pedaço por pedaço enquanto ele mente pelos seus lábios.

"Esse não," ele promete a Harry. O garoto de cabelos cacheados está prestes a deixar o assunto de lado, mas ele não precisa porque a mãe de Louis espreita sua cabeça pela porta.

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