4 - Desculpa Johnson

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Johnson e Gilinsky estavam especados a olhar para o Matt. Eu não percebia o que se passava então perguntei:
"Vocês conhecem-se?"

"Lembras-te daquele Matt que eu te falei é este mesmo" - disse Johnson sem desviar o olhar de Matt.

"Foste-lhe contar mentiras a meu respeito é isso?"- disse Matt com um olhar frio fixado no de Johnson.

"Apenas a verdade. Contei-lhe que não sabes respeitar as mulheres. Usas-as e depois esqueces-te delas. Até é bem provavel que tenhas filhos que desconhessas"

Ao ouvir isto vindo da boca de Johnson, Matt dá um murro numa das faces de Johnson. Johnson começa a sangrar do nariz mas defendesse retribuindo o murro. Gilinsky aflito chama o gerente do restaurante, este chama uns seguranças que acabam por separar estes dois. Pediram-lhes as identificações e visto que Johnson é mais velho que Matt, aqueles atos podem ser considerados por agressão de menor.

"Não é preciso chamar polícia" - disse eu precupada

"Menina este caso não tem nada haver consigo retire-se com o seu amigo" - informou o segurança

"Você não me pode obrigar, eles são meus amigos, isto é tudo culpa minha!!"- quase grito no meio de um choro.

Gilinsky pega-me ao colo enquanto eu esbracejo, choro e pesso desculpa ao mesmo tempo. Não sei para onde o Gilinsky me ia levar mas nada neste momento me faria melhor.
Ele leva-me até um banco que existia perto do restaurante. Eu sento-me, ainda mergulhada em lágrimas e ele senta-se ao pé de mim.

"Eu sei que te sentes culpada mas nada disto aconteceria se o Matt não nos tivesse provado o quão estúpido ele é."

"Nada disto teria acontecido se eu não tivesse vindo ao encontro com ele" - corrigi

"Não tiveste culpa, não sabias quem ele era realmente"

"Também é verdade... Mas..." - deixei cair uma lágrima.

Gilinsky limpa-me a lágrima com o polegar, olha para mim fixamente e depois diz:

"O Johnson só te queria proteger"

"Eu sei"- afirmei

Gilinsky coloca o seu braço á minha volta e fica a olhar para o céu. Também fico a observar o poder que a beleza do céu tem sobre mim, fez-me esquecer todos os problemas. Mas depois lembrei-me do Johnson, decidi mandar-lhe uma mensagem. Peguei no meu iPhone e digitei:

"Desculpa ter-te posto nesta situação, não mereces nada do que está a acontecer, percebo se estejas chateado. Quando tiveres notícias avisa"

Cliquei no botão "enviar" e esperei, esperei, esperei até que oiço o telemóvel do Gilinsky a tocar. "Desconhecido"
Ele atende e diz alguma coiso sobre ir buscar o filho á esquadra.
O Gilinsky tem um filho? O que é que se estava a passar?
Ele desligou a chamada, olhou para mim e disse:

"Parece que vou buscar o Johnson á esquadra. Ele vai sair de lá apenas se o pai ou a mãe o forem buscar"

"Então porque vais tu?"

"Achas que os pais do Johnson não se iam pasaar ao ter o filho na esquadra? É óbvio que o Jack lhes deu o meu número para ir lá fingir que sou o pai dele"

"Mas tu tens quase a idade dele"

"Por isso é que vamos passar por minha casa"- disse apontando para o outro lado da rua. Caminhamos até á tal casa e eu disse que esperava ali fora porque afinal ainda não me sentia muito á vontade para entrar na casa dele.

Passados uns longos minutos de espera Gilinsky voltou com uma tinta para o cabelo de Hallowen e de um bigode com a mesma cor.

"A sério que tinhas isso em tua casa?" - disse meio a rir.

"Nem imaginas há quanto tempo eu estou para dar uso a isto"

Sentamo-nos no mesmo banco em que estavamos sentados momentos atrás e ele sentou-se e disse:

"Pinta-me o cabelo com isto" - disse entregando-me uma lata para as mãos. Agitei-a e depois pressionei um botão continuamente. Pintei-lhe todo o cabelo de cinzento enquanto isto ele colocava o bigode falso.

"Já pareço velho o suficiente?" - perguntou fazendo-me rir.

Dirigimo-nos até á tal esquadra onde Johnson se encontrava. Eu esperei lá fora pois me podiam reconhecer. Passado uns bons dez minutos. Vejo Johnson a sair dali de dentro. Saltu-lhe para cima dando-lhe um abraço.

"Desculpa" - sussurrei no seu ouvido

"Não tives-te culpa" - sorriu-me ele, acariciando a minha cara enquando olhava para fixamente para mim.

Eu acenti com a cabeça e logo a seguir recebo um beijo na testa. Encostei contra o seu tronco, quando ouvimos Gilinsky:

"Ainda estou aqui.."

Ambos nos rimos da cara de Gilinsky.
Logo Johnson desvia o olhar de mim e diz para Gilinsky:

"Obrigado, mesmo"

"De nada, filho"

Todos nos rimos e logo depois eu exclamei:

"É oficial vocês sãos os meus Jacks favoritos"

"Eu sempre soube"- disse Johnson na brincadeira.

Todos nos rimos outra vez e passámos o resto do caminho até casa assim, a rirmo-nos uns dos outros. Até que me lembrei do Matt.

"O Matt desiludiu-me muito" - desabafei

"Não te preocupes agora tens nos a nós e nós nunca te vamos desepcionar"

"Obrigada rapazes"

Avistei o prédio, e então eu e Johnson despedimo-nos do Gilinsky dando um abraço e soltanto um agradecimento por esta noite. Ele acentiu e continuou o seu caminho.

"Uau que noite!"  - soltei

"A quem o dizes"

Entramos em casa e tentamos não fazer barulho visto que estavam todos a dormir. Fui para o meu quarto, vesti o meu pijama e ia me deitar quando oiço alguém bater á porta:

"Alguém fechou a porta do meu quarto! Posso dormir aqui?" - perguntou Johnson fazendo beicinho.

"Como assim alguém fechou a porta do teu quarto?"

"Não sei Kylie, está trancada. Agora posso ficar?"

"Sim podes"

"Obrigadooo" - disse me pegando-me ao colo e logo me pousou na cama.

Eu deitei-me na pontinha da cama. Depois Johnson deitou-se mesmo perto de mim, e acabámos por adormecer em conhinha.

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