Capítulo 1 Bievenue sian Paris

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Paris. A magnífica Paris. Cidade que inspira poetas apaixonados, seduz os amantes e da uma flechada de amor nos solitários. E é claro, é onde se encontra a magnífica Torre Eiffel. Nasci aqui, no meio do amor e da paixão, e já faz exatos vinte e quatro anos que ela me acolheu.

- Ambrósia, querida, não vá se atrasar- minha mãe gritou na porta antes de sair.

- Tudo bem mãe, não se preocupe- gritei de volta enquanto amarrava meus fios louros em um coque bagunçado.

Hoje completei vinte e quatro anos e sairei com meus pais para comemorar meu aniversário. Moro em um bairro nobre de Paris, para ser mais exata no 7éme arrondissement, em um apartamento pequeno, mas o suficiente para mim, como moro na cobertura tenho um jardim exclusivo, mas essa não é a melhor parte, moro pertinho da Torre Eiffel e tenho visão exclusiva dela pela janela do meu quarto, e todas as manhãs eu já acordo a observando. Me chamo Ambrósia Meredithe Kowalczyk e sou dona de uma rede de bistrôs, para quem não sabe um bistrô é um lugar simples mas ao mesmo tempo sofisticado, onde se servem comidas, bebidas, sucos, cafés e etc, mas a característica principal de um bistrô é que existe uma relação entre o chefe e funcionários com os clientes, que sabem a preferência e gostos de cada um tornando o preparo dos alimentos e bebidas únicos para cada cliente, é o que o torna diferente dos demais estabelecimentos. Os bistrôs surgiram na França, em meados do ano de 1815 com as esposas de homens que iam para guerra, como passavam a maior parte do tempo encasuladas dentro de casa resolveram abrir suas casa para servir comidas e bebidas. Fiz um curso de fotografia, sou apaixonada por isso, mas não deu muito certo, o que não me impede de postar fotos que eu mesma tiro no flicker.

Cultivo peônias em meu jardim e gosto de cuidar delas o que estou fazendo agora. Sou apaixonada por peônias desde pequena, minha mãe tinha um jardim na frente de casa cheia delas e eu adorava cultiva- las.

- Ambrósia- Thierry Jachowicz , minha melhor amiga, gritou da sala.

- Aqui no fundo.

Logo pude ver seus fios levemente ruivos, destacados em seu rosto branco como porcelana, apontarem na porta que dava acesso ao terraço.

- Feliz aniversário- disse puxando um embrulho rosa e pequeno de dentro da bolsa- Abre- falou dando pulinhos como uma criança.

Tirei a tampa e lá se encontrava um pequeno enfeite de cabelo em formato de peônia com meu nome escrito em diamantes brancos colocados delicadamente na frente da flor.

- Thierry....não precisava, deve ter custado uma fortuna, eu amei- falei tudo atropeladamente a abraçando.

- Que bom que gostou, é um presente meu e do Pierre.

- Muito obrigada, agradeça ao Pierre por mim. Por que não veio mais cedo? Minha mãe acabou de sair.

- Me desculpe, queria ter visto sua mãe.

- Tudo bem, é uma pena você e Pierre não poderem ir jantar conosco hoje. Tem certeza que não vai dar para ir?

- Sinto muito Ambrósia, mas a festa para a posse do Pierre é hoje e não tem mesmo como a gente faltar.

- É uma pena.

- Não fique triste, vamos a nossa tradição.

- O que? Ahhh não, eu não vou assistir guardas- chuvas do amor pela..o que....nona vez?

- Ah, por favor, é nossa tradição e você não vai escapar.

- Não podemos assistir Orgulho e preconceito?- perguntei arrumando as peônias recém colhidas no vaso em cima da mesa.

- Nada disso, a gente só assiste esse filme no meu aniversário, e como é o seu aniversário vamos assistir guarda-chuvas do amor- disse me arrastando para sala de estar.

Falando francêsOnde histórias criam vida. Descubra agora