Minha tia se sacrificou por mim. Ela assumiu o papel de mãe, ela me deu carinho, ela me deu o amor que ela tinha para dar. Me amou até mais do que o seu próprio marido.
Ricardo, meu tio. Graças a ele sou o que sou hoje. Ele se mostrou uma pessoa ciumenta quando fui morar em sua casa. E eu ainda não consigo entender, que tipo de homem tem ciúmes da sua mulher com a sobrinha?
Derrubar um copo, sujar minha roupa de tinta. Eu apanhava por qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. Ele sempre encontrava motivos - por mais bobos que fossem - para descontar o ódio que sentia por mim.
E enquanto isso eu crescia. Eu não chorava mais quando apanhava, ficava em silêncio, fria. O ódio agora não parte somente dele, nosso ódio agora é recíproco.
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Pouco Importa o Que Venha a Ser
Short Story[...] Eu estava me destruindo aos poucos. "Não quero chegar aos vinte" pensava eu. E uma frase do Kurt Cobain está tatuada em meu espírito até hoje: "Morra jovem, permaneça belo." [...]