5- O começo do fim

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Dave acorda sentindo amargo em sua boca, e muita sede. Precisava muito d'um copo d'água. Ouve uma porta abrindo, certamente, era no hospital. A enfermeira lhe disse que não poderia beber nada durante as 5hrs seguidas. E se sentiu mal. Perguntou quase sem voz, quem era a outra pessoa do carro e se ela estava bem, a enfermeira, apenas fez que sim com a cabeça e disse que era um rapaz e com ele, sua namorada, e infelizmente a garota morrera. Dave ficou desesperado via na cara da enfermeira que ela não queria ter dito aquilo, mas num cargo daquele tinha-se que aguentar tudo e ser forte. Ela desvia o olhar, e Dave não queria que nada daquilo tivesse acontecido. A enfermeira, saiu do quarto depois de dar seus remédios a ele.

Dave ficou muito magoado, com tudo. Por não saber onde estaria Jullie, por não comunicar a ninguém sobre o desaparecimento, por ter ferido o garoto e ter ''matado'' sua namorada. Dave sentia-se muito culpado com tudo, e mal poderia imaginar como estaria o garoto. Perder alguém assim, que tanto ama. Jullie veio em seu pensamento e imaginou se ela estivesse..possivelmente morta.

Nada poderia ser feito naquele momento. Não podia sair dali, e tinha muito tempo entedioso para pensar no que fez e no que faria depois de sair. Como resolveria tudo e como daria com o garoto. Tinha mais 3 dias ali e era tempo o suficiente para se decidir.

***

Dave acorda se sentindo 'bem melhor' , a enfermeira lhe dá seu último remédio e diz que o garoto está bem e que ja podia sair. Mas o garoto queria falar com ele antes, e claro, Dave tinha que falar com ele.

Era muita coisa pra sua cabeça, muitos fatos, e mesmo assim só pensava em Jullie, quando vê o garoto sentado num banco de couro do hospital, e seu braço enfaixado, seu coração aperta.

-Bom, prazer sou Dave.

-Prazer, Ben. Bom, vejo que você está bem não é. Saiu quase ileso, que sorte. -disse num tom irônico.

-Sim eu estou, você também não me parece tão mal garoto. Sinto muito pela sua namorada, fiquei pensando nisso durante meus 3 dias aqui, e sei que se sente mal, sinto-me culpad...

O garoto o interrompe em voz baixa:

-..E é.

-Enfim, estou bastante magoado com tudo isso, e sei que estava errado. Eu poderia fazer alguma coisa pela a sua pessoa?

-Não, eu estou bem, quero ver se pode fazer algo por ela. Ela, minha razão de viver, estávamos indo muito bem naquele passeio, eu dizia a ela o quanto ela é linda. E ela apenas ficava calada, tímida talvez. E num descuido de um bêbado maluco, ela esta lá estirada e veja eu, não posso fazer nada. Mas você pode? Pode fazer algo por ela? Cara, você estragou todos os meus planos. -disse chorando, com raiva no olhar.

-Não, não posso. E me perdoe. Mas eu não estava bêbado, eu estava perfeitamente sóbrio, mas me distrai pensando na minha amada Jullie, e foi aí que aconteceu. Eu não podia fazer nada também. Meus pêsames garoto. -e foi em direção ao garoto para abraçá-lo, mas o garoto reecoou.

-Segue a sua vida em paz, e me deixa cara, não quero te ver novamente. Quer fazer algo por mim? Some!

-Ok, boa sorte.

O garoto ficou lá no hospital e Dave chegou a achar que ele estava fazendo drama demais. Era apenas uma namorada, ele podia encontrar outra, ele era jovem, tinha que aproveitar. Um amor que um dia iria se acabar mesmo. Não era como o amor dele por Jullie, um casamento incrível, um amor duradouro, muitos anos acordando ao lado dela. Isso pra ele, era amor de verdade.

***

Decidiu então, que voltaria para sua cidade e faria tudo diferente. Contaria a polícia e comunicaria os jornais. Ele precisava de ajuda, e sabia que não iria conseguir sozinho. Se Jullie estivesse por aí, ele iria encontrá-la.

***

Sem carro, sem opção, Dave resolve que a melhor maneira e mais elegante de se chegar em um lugar, -principalmente na sua cidade- é de ônibus. Dave e sua distração, nem lembrou-se do garoto, e como ele iria para seu destino, ou voltaria. Pensava APENAS EM JULLIE.

Dave foi muito rude com o garoto, será que estava obcecado demais? O que aconteceria quando voltasse? E a casa dele, os policiais já não teriam revistado? Achado pistas? Será que com a ajuda das pessoas, Dave a encontraria?

Em breve...




Ele queria o mundo mas o mundo não o queriaOnde histórias criam vida. Descubra agora