Vício

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- Essas algemas já estavam me machucando - Falo enquanto passo a mão por meus pulsos.

- Não me importa, eu quero um serviço bem feito. - Fala enquanto pega a garrafa de vinho na dega e bebe.

- Posso ir agora ou você ainda quer tirar onda da minha cara? - Falo ironizando.

- Pode ir, mas lembre, se tentar sair da cidade, você estará condenada.

- Tá imbecil. - Falo enquanto me encaminho pra pegar minha bolsa no sofá.

Lembro da faca, quando abro a bolsa, Li me pega por trás e me encosta na parede.

- Pensei que fosse mais inteligente! - Fala me olhando nos olhos.

- O que eu fiz? - Pergunto sínica.

- Você está nas minhas mãos, e ainda consegue ser sínica,parabéns. - Fala aproximando seu rosto, do meu.

- Sou Vívian Sintra, imbecil! - Falo logo após dar um beijo em Li.
Me solto dele, pego minha bolsa e meus saltos, e saio.
Fecho a porta, e no corredor do edifício, ponho meus saltos e ajeito meu cabelo.

- Ei, vai a pés? - Fala Li, após abrir a porta.

- Já ouviu falar em táxi?

- Já ouviu falar em morte?

- É o que vai acontecer com você logo, logo - Falo entrando no elevador, enquanto Li me encara.

Ligo para um táxi conhecido.
Enquanto espero, no Hall do hotel, vejo Li descer.

- Eu vou lhe levar. - Fala me puxando pelo braço.

- Oow, me larga. Já não basta o que está mandando eu fazer?

- Eu não vou falar duas vezes.

- Eu já chamei o táxi, imbecil! - Falo irritada.

- Sem problemas - fala enquanto me puxa pelo braço até a portaria. - Antônio, quando o táxi chegar aqui, dê esse dinheiro a ele - fala me puxando novamente, dessa vez em direção ao seu carro.

- Eu tenho cara de boneca, pra você tá me puxando pra lá e pra cá?

- Sinceramente? Sim. - Fala enquanto me enfia no banco do passageiro.

- Você é um cavalheiro! - Falo dando um sorriso falso.

- Sei que sou. - Li fala, ligando o carro e saindo do edifício.

- Sério, eu vou fazer esse trabalho, e também não vou fugir. Por que tá me levando em casa?

- Só tô afim.

- Ah, e você acha que é assim? Acha que pode fazer o que quer?

- Com certeza, sou Jiang-li.

-" Grande coisa "- Falo rindo.

- Está me provocando, Vívian? - Fala olhando pra avenida.

- Provocar o que? Não tem nada.

Nesse momento, Li, entra em uma rua esquisita e freia.

- Está duvidando? - Fala intimidador,enquanto solta seu cinto de segurança .

- D U V I D O - Falo soletrando.

Então Li, me puxa pela nuca e me beija.
Entrelaça seus dedos por meus cabelos, enquanto a outra mão solta o meu sinto,logo após ele puxa meu corpo próximo ao seu.

- Realmente, você é um vício! - Fala entre os beijos.

- Acho que você não é mais o dono da situação - Falo cravando minhas unhas em suas costas.

- Mulher,sou estou me divertindo com você.

Sinto meu sangue ferver.
Mordo seu lábio inferior com tanta forçar, que consigo sentir o gosto do sangue em minha boca.

- Ai, sua louca - fala estridente.

- Se diverte agora imbecil!

- Você não tem medo de morrer?

- Até parece que vai me matar - Falo gargalhando.

- E por que não mataria? - Pergunta debochando.

- Porque já está louco por mim.

- Enlouqueceu! - Gargalha.

- Então por que, quis vir me trazer?

- Porque eu estava afim de uma transa!

- Só por isso? - Solto uma risada.

- Claro! - Fala enquanto me olha.

- Eu não era uma vício, nesse instante?

- Falei isso, porque... - E fica em silêncio.

- Vívian Sintra, enlouquece qualquer um, você não seria diferente. Agora ou me leva pra casa, ou me deixa num ponto de táxi.

- Senta essa bunda aí, vou te levar - fala ligando o carro.

- Obrigada - Falo sínica.

Após dez minutos, chegamos em frente à meu prédio.

- Pode destravar as portas, ou tá difícil?

- Tá difícil.

- Puta merda, cara tu tem demência?

- Tá falando a psicóloga.

- Tá falando um ser normal, na qual vê sua total irracionalidade.

- Sai do carro logo, antes que eu me estresse!

- Destrave as portas, que saio com o maior prazer do mundo.

- Destravei, agora sai logo.

Abro a porta, e saio. Assim que fecho a porta do carro, ele arranca com tudo.

- Imbecil - Falo levantando o braço e dando dedo.

Subo para meu apartamento, e constato que Clara já chegou, pois o tênis dela está jogado no meio da sala.

- Chegou a turista - fala Clara feito uma demônio.

- Que susto, tu és o que, em? Parece assombração, do nada aparece.

- Você que parece uma assombração, vem de vez enquando.

- Caramba, você é muito engraçada. Ha ha ha - Falo enquanto me encaminho para o quarto.

Entro no quarto e fico só de calcinha e sutiã , e vou pra frente do espelho.
Olho que meu corpo está cheio de marcas. Marcas de dedos na minha cintura, algumas manchas vermelhas por minha nuca.

E não é, que o ching ling tem pegada.

Pego minha toalha e vou para o banheiro.

Tomo um banho de uns dez minutos, e visto uma camisola curtinha.

Deito na cama e me cubro, até que escuto uma menssagem em um dos meus celulares.

Confirmei com alguns contatos meus, você entrará como psicóloga estagiária, da empresa.

PS: Que beijo!

Por algum motivo, um sorriso surgi em meus lábios, que trato logo de desmanchar.

E com o celular na mão, acabo caindo no sono.




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