A Mudança

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Cecillya

Acordei as 8hrs, levantei fui ao banheiro fiz minha higiene pentei meu cabelo e sai. Vesti um short soltinho florido com uma regata cinza e fui para a cozinha, chegando lá o cheiro de café fresquinho me envolveu por inteiro.

_ Bom dia mãe. Falei dando um beijo nela.

_ Bom dia minha linda, dormiu bem?

_ Dormi sim. Respondi me sentando.

Depois que tomei meu café fui para sala e deitei no sofá assistindo televisão ao lado da minha irmã caçula Yara.

Depois de instantes alguém bate na porta e meu pai atende.

_ Bom dia Antônio. Meu vizinho entra falando.

_ Bom dia Rodrigo. Meu pai responde.

_Antônio. Ele fala. _Infelizmente não trago boas notícias. No mesmo instante me levantei do sofá e fiquei observando a conversa. _Dona Belinha não resistiu aquela maldita doença e faleceu está manhã.

Sentei novamente no sofá e uma tristeza me invadiu por inteiro.

Meu pai ficou um instante em silêncio, acenou com a cabeça para Rodrigo e saiu.

Dona Belinha era avó do marido da minha tia, e muito querida por todos da nossa casa. Ela já estava doente a dias no hospital com câncer e infelismente não aguentou.

Quando se mora no interior, temos amizades de todos os lados. Uma morte noticiada chega ao ouvido de todos e o conforto para a família vem da melhor forma possível.

Em instantes minha mãe e meu pai chegaram na sala avisando eu e Yara que iriam ao velório. Era visível a tristeza no olhar deles, principalmente de minha mãe, seus olhos vermelhos entregaram seu choro mancinho.

_ Cecillya você quer ir?

_ Ha mãe! manda meus sentimentos para a família, mais eu não vou. Você sabe como isso é difícil para mim.

Nunca gostei de velório, os únicos que presenciei até hoje foi dos meus avós, acho que é um pouco de medo ( eu sei que é bobo, mais sei lá ).
Yara também não quis ir. Disse que iria me fazer companhia e de certa forma eu gostei.

Ela concordou com a cabeça abraçou a mim e a minha irmã e foi se arrumar para sair. Depois de pronta ela e meu pai saíram na moto.

Quando deu 11:30 minha irmã foi fazer o almoço. Apesar de ter apenas 15 anos, a comida da Yara é maravilhosa. E eu odeio a cozinha.
Fui arrumar a casa e terminamos praticamente juntas.

Depois de almoçar minha tia chegou em casa com seu marido visivelmente abalado e minha prima Luiza de apenas 3 aninhos. Eles moram em Belo Horizonte e vieram apenas para o velório.

_ Boa tarde meninas. Ela falou

_ Boa tarde tia. Respondemos juntas.

_Yara onde estão Antônio e Lúcia? Ela perguntou para minha irmã.

_ Eles já saíram tia, ainda era de manhã. Yara respondeu.

_ Ok! Lia vamos acompanhar o enterro e vamos voltar para BH amanhã de manhã, já que você já está para ir embora pode ir com a gente se quiser.

No mesmo instante eu disse sim.
Já havia terminado meu ano letivo, e não estava mais trabalhando como babá, não tinha mais motivo para adiar a minha ida.

Assim que meus pais voltaram eu conversei com eles sobre minha partida. Eles já sabiam e estavam preparados afinal eu era a terceira filha a ir embora, mais mesmo assim ficaram muito tristes, principalmente com uma notícia dada naquela situação.

Na quarta-feira bem cedo arrumei minha coisas e fiquei esperando minha tia. Não tinha muita coisa para levar, no total foram 3 bolsas de roupa; 1 mochila grande de sapatos e mais uma pequena bolsa com a miudezas como: maquiagem, escova, etc.

Por mais que eu estivesse preparada para a partida, foi muito difícil. Não queria chorar, mais é minha mãe, meu pai, meus amigos, tudo ficando para trás.

Contei até três entrei no carro e fui. Dormi a viagem quase toda junto com minha prima. Não houve muita conversa no carro, pois o clima ainda estava triste.

Quatro horas depois cheguei ao meu destino, minha nova vida, meu novo caminho. MINHA NOVA HISTÓRIA.

Nada Que a Vida não Possa Ensinar...Onde histórias criam vida. Descubra agora