4° Capítulo

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Camila P. O. V.

Nessas últimas duas semanas, eu tenho saído com frequência, vários bares, festas, shows, entre vários outros lugares, fiquei com alguns rapazes, mas nada muito sério, não vou poder fazer isso por um bom tempo, então tive que aproveitar. Senhora Michele não deixou que eu trabalhasse na minha última semana de "solteira" e seus motivos eram: "Noivas de verdade tem que ter um bom descanso e sem preocupações de trabalho". Hoje vou sair com ela, a mesma disse que vai me levar em um salão de beleza e comprar algumas roupas para mim, roupas que me dê um "ar de esposa" e não apenas mais uma solteira da cidade.

Meu casamento é amanhã, Austin me falou que vou ter que morar com ele e a mãe dele. - Meu deus, me ajude a não querer matar ele no primeiro dia de casados... - pensei. As vezes Austin é um ogro e é todo ignorante, mas ao mesmo tempo é um homem lindo, confesso, mesmo assim ele não tem o direito de me faltar com o respeito e ser um grosso comigo.

Descobri que ele tem 21 anos, se apaixonou apenas uma vez à alguns anos, mas a garota pisou em seu coração. Descobri também que Alex é seu melhor amigo desde crianças (sabia metade da informação) e está sempre com ele assim como o Zach e o Robert, realmente sua vida parece ser tediosa, apenas amigos, sem sair muito.

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Me arrumei apenas com um macacão curto de alcinhas finas (estava muito calor), leve, exatamente para a estação do verão, na cor azul marinho, mas com corações brancos em sua estampa. Calcei sandálias pretas sem salto e pus um pequeno laço em meus cabelos, também na cor azul marinho.

Fiz uma maquiagem leve, de sempre, peguei minha bolsa preta e meu celular, então resolvi ir para a sala principal da pensão, Senhora Michele estava conversando com a Dona Maria, que queria saber de tudo sobre esse casamento repentino, mesmo não concordando, ela está me dando o maior apoio por causa das minhas condições.

D. Maria- Oh filha, está linda! - sorriu ao me ver descer as escadas.

Eu- Obrigada, Dona Maria! - sorri.

S. Michele- Vamos, Camila?

Eu- Sim! Tchau, Dona Maria! - dei um abraço e um beijo nela, logo depois fui com a senhora Michele.

S. Michele- Até! - se despediu de Dona Maria.

Saimos da pensão, entramos em seu carro luxuoso, que contia um motorista e ele deu partida.

S. Michele- Ela é como uma mãe para você, não é?

Eu- Sim! Dona Maria foi a única que não me olhou como uma marginal que tinha saido do orfanato e ido morar em um abrigo, ela me acolheu.

Michele- E como parou na empresa? Me conte mais sobre você!

Eu- Bom, depois de ir morar com eles, comecei a trabalhar para vocês e passei a ajudar nas despesas da casa assim como todos os hóspedes de lá.

S. Michele- Mas como você foi parar lá?

Eu- Minha melhor amiga desde a escola, Ally, filha da Dona Maria e do tio Hernández, me ajudou nisso e então eu fui morar lá. Faz quase 3 anos. - ela assentiu.

S. Michele- E você não quer mesmo esse casamento, não é?

Eu- Não! - falei sincera e suspirei. - Não era isso que eu queria para a minha vida.

S. Michele- E o que era?

Eu- Não tinha planos de me casar nunca, odeio o fato de ter alguém. Não confio em homens, bem, nem todos... - mordo meu lábio inferior. - Austin parece ser ótimo, mas não para mim. - me expliquei.

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