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-Sebbastian? -Arregalei os olhos pra ele, que sorri com um sorriso estranho e um olhar estupefato.

-Euzinho. Por acaso brigou com o namorado? -Sorri fracamente e olhei pro chão.

-Quem dera. Eu nem... tenho um.. namo-namorado. -Sorri sem graça. -Eu meio que estou fugindo dos garotos. Minha cabeça já era.

-E por quê ? -Ele colocou as mãos nos bolso de sua calça jeans cor vinho. -Te machucaram? E esse corte aí?

-Não, nada a ver. É que...

-Por causa das confissões? -Ele me interrompeu e me olhou um tanto... "Eu sei o que você fez" -Muita coisa pra sua cabecinha? -Ele acariciou meu cabelos como se eu fosse um gato. Mas hein!

-C-omo você sabe disso...? -Me afastei um pouco e ele tirou as mãos.

-Tem que ser muito idiota para não ver, Lyszinha. - Ele se aproximou e dei três passos pra trás. -Como quatro caras incrivelmente populares amam você? E ao mesmo tempo?

-Eu... não sei... -Continuei indo pra trás. -... o que você quer?

-É simples, só precisa contar o que você o que fez. Ninguém se machuca. -Ele sorriu, mas não foi um sorriso agradável.

-Não fiz nada... -Franzi as sobrancelhas, profundamente confusa. Era só o que me faltava! -Agora pode parar...

-Hm... -Ele fechou a cara me dando arrepios. -Parar com o quê?! -Gritou e colocou as mãos nos meus ombros, com força.

-Não grite co-comigo... -Lágrimas se formaram. Eu odeio quando gritam comigo. -Eu não... te fiz... na...

-Como não gritar com você?! -Ele me empurra com força na parede, contribuindo com a dor das minhas costelas e a minha frustração. -Olha, sua imbecil lerda... -Ele suspirou. -Só me diga o que fez. Assim eu não te machuco, Lyszinha. -Ele sorriu

-Eu. Não. Fiz. Nada. -Digo, pausadamente para ele entender. Tiro forças e coragem de algum lugar e o empurro. O que só foi efetivo em sua raiva.

-Escuta, sua vadiazinha.. -Arregalo os olhos e passa as costas da mão em meu rosto. Sua mão era fria e me deu muitos arrepios no corpo. -Sabe o que acontece quando eu não consigo o que quero? -Ele deslizou sua mão até meu pescoço e me ergue no ar, me enforcando. -Aviso que não é nada bom. -Ele sorriu enquanto eu lutava pra respirar. -Agora conta, ou não volta pra casa hoje.

-Or...por favor... -Tentei chutar ele, mas ele me apertou com mais força. -Eu... n-não sei, é... -Meus olhos foi pra cima, por um momento não senti meu corpo e nem enxergava, como se eu estivesse morta.

-Ok. -Ele me solta e eu sinto o chão incrivelmente frio. Tossi muito e senti minha garganta arder e minhas costas também. Lágrimas caíram e eu me encolhi, com desespero. Ele vai me tocar de novo. Ele se abaixa e vejo seus olhos. -Da próxima vez que conversarmos sobre isto... -Ele sorri. -Não vou só fazer esta marquinha aí E NÃO SAIA DAQUI. -Ele se levantou e foi embora.

Chorei de desespero. Por que estas coisas só acontecem comigo? Droga, droga! Passei a mão na garganta, sentia a mão dele ali. Rápido, preciso sair daqui!

Corri pra fora da praça e vi Sebbastian voltando e corri pra outra direção. Me escondi atrás de uma árvore e respirei. Olhei e Sebbastian me viu e veio correndo em minha direção. Corri de novo e não parei e nem olhei pra trás. Me escondi atrás de uma parede e caí no chão, ofegante. Acha que nunca corri tanto na vida.

Olho em volta e percebo que esta anoitecendo. Oh, não. Me levanto e olho em volta e não conheço essa rua.

-Onde eu estou? -Andei meio hesitante, vai que eu via ele.

Perdida Em Mim MesmaOnde histórias criam vida. Descubra agora