II
Pude sentir o toque de suas mãos aveludadas acariciando meu rosto, e logo depois sua voz suave soando pelo meu quarto.
- Acorde filha, vai se atrasar para escola. Venha seu café já está pronto. - Disse Bree.
- Tem certeza que é a hora? Não posso ficar mais um pouquinho... -Respondi.
- Vamos sua dorminhoca, vai perder a carona com o Brian. -Falou-me puxando meu edredom, e fazendo cócegas em meus pés.
Ela sabe muito bem meu ponto fraco, não aguentei e dei muitas gargalhadas, quando ela se jogou em mim, como uma luta corporal de MMA. Minha mãe é uma verdadeira mulher com alma de criança, é umas das qualidades dela que eu mais me admiro, outra qualidade a que eu herdei dela é a vaidade. Como ela conseguia está tão perfeita, arrumada e perfumada as 06:00 da manhã? Isso é um mistério ou um dom.
- Tudo bem, ok. Você venceu mãe. Já levantei, pronto. Pode parar de se jogar encima de mim. E de fazer cócegas - Falei quase sem ar de tanto rir.
- Ok, eu venci mais uma vez! Ha-Ha-Ha. Ninguém me supera! Sou a Mister Bree! - Gritou em pé na minha cama, com as mãos na cintura, como uma heroína. -Quem mesmo tem 16 anos? - Deu um pulo da minha cama com um sorriso largo no rosto. E desceu as escadas, dizendo que o café iria esfriar. Levantei com toda preguiça do mundo. Fui ao banheiro, tomei uma ducha bem quentinha, troquei de roupa e desci, para tal café da manhã feito pela Mister Bree.
A mesa estava recheada de comidas que eu amo, mas não tinha tanta fome afinal era 06:00 da manhã. Mas sentei e belisquei umas torradas, tomei um suco de maracujá com leite, o meu favorito. Enquanto a Bree se entupia de torradas, bolachas com requeijão, frutas e sua xicara de café, ela é viciada na cafeína. - Como uma pessoa consegui comer isso tudo pela manhã?
- Estou indo, o Brian deve estar por perto. Falei enquanto colocava meu prato e copo na pia.
-venha aqui me dar meu beijo- Bree falou, já esticando os braços, não me deixando nenhuma hipótese de escapar.
- Sério mãe? Já tenho 16 anos, não podemos dizer: Tchau e tenho um bom dia? - murmurei enquanto ela já estava pendurada no meu pescoço.
- Que mal faz eu te dar um beijo? - Respondeu ela, me olhando nos olhos.
- Nada mãe, desculpe. Te amo. - Abracei novamente e beijei-la. Seu olhar mudou e um sorriso meigo surgiu em seus lábios.
-Também te amo muito filha. Tenha cuidado na rua. -Complementou Bree.
Peguei minha bolsa, e minha chave de casa. Quando estava perto da porta ouvi a buzina do carro de Brian. E logo depois meu nome soando na frente casa.
-Zoe Kepter! - Gritou Brian. - Vamos senhorita, entre na sua limusine. -Ele riu debochadamente.
- Até quando você será tão infantil? -Sempre fui sincera demais- Mas até que está "limusine" está limpinha hoje, provavelmente dormiu em casa, se não haveria latinha de cerveja em todos os lugares do carro, e sem esquecer de roupas intimas femininas em lugares inesperados...
- Sabe como é ne zoe, ao contrário de você, eu gosto de me divertir, não fico por ai julgando as pessoas que sabem se divertir...
- Cala a boca seu insuportável! -empurrei sua cabeça, rindo de suas caras e bocas- Eu não julgo ninguém... só você, quem manda ser meu melhor amigo. Agora vai ter me aturar.
Entramos na Mazda3, não era uma limusine mas bastante confortável, e altamente seguro. O Brian amava alta velocidade, agradeço a Mazda por todo equipamento de segurança, porque se não, já era pra eu ter morrido das maluquices do Brian.

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The end light
Mystery / ThrillerZoe continua em busca de uma vida simples, mas o destino sempre coloca peças....