O plano

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– Eu tenho uma tarefa para vocês – Disse para Dapha e Thiago.

– Nós iremos fazer, é só falar – Respondeu Dapha.

– Irei contra a minha vontade – Falou Thiago com a cara fechada.

– Preciso que vocês retornem para o mundo real e recrutem umas pessoas para mim.

– Para que? – Perguntou Dapha.

– Preciso de mais servos.

– Nós seqüestramos a maior parte da resistência, pode ficar com eles. – Falou Thiago

– Isso! – Afirmou Dapha – Alias, não podemos voltar já que eles estão com o cajado.

O cajado! Tantas coisas acontecendo e eu havia me esquecido dele, onde que será que estava? Precisava de tempo com aqueles dois.

– Esse cajado aqui? – Levantou-se Thiago do chão, mostrando o cajado.

"Como ele fez aquilo, não era possível. Foi por isso que eles não foram atrás de nós quando o roubamos", pensei. "Preciso fazer algo para disfarçar, mas o que?"

– Muito bem, você pode ser útil para mim. – Disse para Thiago.

– Eu posso ser útil para tomar seu lugar! – Respondeu ele.

– Não faça isso – Disse Dapha se colocando entre nós.

– Ele não irá fazer – Respondi tirando Dapha da frente fui em direção a ele sem medo e com um olhar ameaçador, comecei a rodar em volta dele – Eu sei por que você não vai fazer isso, eu sei das suas ambições, eu sei que você quer meu poder e eu também sei o único jeito de isso acontecer.

– Bem espertinho você não é – Falou ele irônico – Que tal participar do show do milhão?

– Você sabe agora porque tem que fazer o que eu mandei.

– Vai querer arriscar tudo por causa daqueles humanos nojentos?

– Eu prometi.

– Muito que bem! – Disse ele abrindo um sorriso maldoso – Vamos Dapha, nós ganhamos.

– Ganhamos? Eu não estou gostando de ser a única que não sabe de nada aqui. Eu vou ter a minha vingança contra Mika?

– Vai ter sim! – Respondeu Thiago.

– Me entregue o cajado. – Disse

Thiago me entregou. Passei a mão na pedra do cajado fazendo aparecer dois colares feitos com a pedra do cajado. Entreguei a eles, um para cada.

– Vocês terão três dias.

– Você sabe que o nosso mundo possui tempo diferente.

– Cale-se! Eu sei o que faço – Respondi a Thiago.

Eles colocaram seus respectivos colares no pescoço, as pedras começaram a brilhar, eles deram as mãos e sumiram num grande feixe de luz.

Estava tenso, mas um pouco aliviado. Eu tinha pouco tempo, alguns minutos ou algumas horas até eles voltarem. Não sabia o tempo que tinha. Com o cajado em mãos saio correndo pela porta, descendo todos os andares em direção a eles.

Thiago sabia o que eu pretendia fazer, era questão de tempo até ele matar todos ali. Precisava descobrir qual era a fraqueza dele, pois a de Dapha eu já sabia.

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